As “Racism is not getting worse, it’s getting filmed”:
Considerações sobre viralização, comoção pública e branquitude no ambiente digital
DOI:
https://doi.org/10.29146/ecops.v25i2.27897Palavras-chave:
Branquitude, Antirracismo, Comoção Pública, Viralização, Violência PolicialResumo
Este artigo tem como objetivo refletir sobre a viralização de vídeos de abordagens policiais e/ou de violência explícita em plataformas de mídias sociais como meio de denúncia ao racismo. Propõe-se, assim, analisar a repercussão dos seguintes assassinatos: do estadunidense George Floyd em 2020, do congolês Moïse Kabagambe e do brasileiro Genivaldo Santos em 2022. Investiga-se de que forma a comoção pública opera nas temporalidades narrativas por meio do ativismo digital, assim como é objetivo analisar o fenômeno de viralização de vídeos de violência à população negra e os sentimentos de indignação e revolta com a disseminação de conteúdos sensíveis. Nesse sentido, discorre-se sobre as práticas comunicacionais envolvidas na construção e interpretação dos sentidos em contextos que a presença e ausência do Estado são marcadas pela violência sistemática, pela criminalização e desumanização dos corpos negros e não-normativos.
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