O aeroporto como fronteira na construção da identidade nacional: notas para uma antropologia do turismo e da mídia

Autores

  • Euler David de Siqueira UFJF
  • Denise da Costa Siqueira UERJ

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v12i1.976

Resumo

A deportação de brasileiros da Espanha e, posteriormente, de espanhóis do Brasil, em março de 2008, reabriu a discussão acerca do aeroporto como lugar ou zona do significado onde são tecidos sentidos plurais pelos diferentes atores sociais que por ali transitam. O caso dos brasileiros e espanhóis deportados nos aeroportos ganhou repercussão na mídia brasileira. A divulgação de imagens e declarações em cadeia nacional parece, simbolicamente, ter operado como um poderoso mecanismo identitário ao reunir imaginariamente milhões de sujeitos que se viram, naquele momento, pertencentes a uma nação capaz de adotar as mesmas sanções que foram adotadas contra brasileiros. Em vez de conceber aeroportos como não-lugares - espaços ou estruturas tecnológicas avessas às práticas identitárias e históricas -, apreendê-los como espaços ou lugares de significação e de rituais permite uma rara chance de conhecer como a identidade nacional pode ser tecida a partir de uma relação contrastiva conflituosa. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Como Citar

de Siqueira, E. D., & Siqueira, D. da C. (2009). O aeroporto como fronteira na construção da identidade nacional: notas para uma antropologia do turismo e da mídia. Revista Eco-Pós, 12(1). https://doi.org/10.29146/eco-pos.v12i1.976