Entre a cova e o berço

Modos de significação e trabalho na Roça do Futuro

Autores

  • Bruna Távora Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
  • Marcelo Rangel Universidade Federal de Sergipe https://orcid.org/0000-0001-6462-3432
  • Vinícius Oliveira Universidade Federal do Rio de Janeiro

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i3.28348

Palavras-chave:

Comunicação, Contracolonização;, Agroecologia, Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra.

Resumo

O artigo reflete a relação entre trabalho e modos de significação, observando a metáfora Roça do Futuro e a oposição entre as palavras cova e berço, utilizadas pelo agricultor Ivanilson Leal e sua família, que vivem no Assentamento Paulo Freire II, em Estância, Sergipe. Por meio de referências epistemológicas que entendem a comunicação para além do ato de transmissão de mensagens, analisando os aspectos ético, técnico e estético. A metodologia de coleta dos dados empregada: abordagem participativa, realizada em dois encontros: registro audiovisual no formato de entrevista, e, no segundo, validação dos resultados, além de inserir conteúdos solicitados pelos entrevistados. Os resultados apontam para a vinculação orgânica entre as práticas produtivas e os modos de significação, constituindo caminhos contracoloniais para pensar o futuro, tanto para a produção de ideias quanto de alimentos.

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Referências

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Publicado

19-12-2024

Como Citar

Távora, B., Rangel , M., & Gonçalves , A. V. (2024). Entre a cova e o berço: Modos de significação e trabalho na Roça do Futuro. Revista Eco-Pós, 27(3), 183–206. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i3.28348