A impossibilidade do consenso na cena urbana do pixo em Belo Horizonte

Autores

  • Ana Karina de Carvalho Oliveira Universidade Federal de Minas Gerais
  • Ângela Cristina Salgueiro Marques Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i3.12194

Resumo

Em Belo Horizonte, há uma intensificação do combate à prática da pixação[1] que já resultou na condenação de alguns de seus autores por associação criminosa. Paralelamente, há esforços de ampliação e fortalecimento do debate sobre o tema, com a participação ativa dos pixadores. O objetivo deste trabalho é analisar os recentes embates entre poder público e pixadores na cidade, com particular atenção aos modos de presença, participação e fala destes em contextos de debate. Para a análise, são trazidas diferentes construções de conceitos caros ao campo da Comunicação, como discurso, comunicação e política, conforme tratados por Foucault, Habermas e Rancière, e outros conceitos e autores que auxiliam na configuração do quadro que se deseja construir, como a questão da enunciação em Deleuze e Guattari, e da aparência em Hannah Arendt.


[1] Embora a grafia formal da palavra seja “pichação”, com “ch”, fazemos a opção por adotar a forma utilizada pelos próprios praticantes, com “x”.


 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Ana Karina de Carvalho Oliveira, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da Universidade Federal de Minas Gerais. Mestre e Especialista em Comunicação Social pela mesma insituição.

Ângela Cristina Salgueiro Marques, Universidade Federal de Minas Gerais

Doutora em Comunicação Social pela UFMG. Professora do Programa de Pós-graduação da UFMG. Pesquisadora do CNPq.

Referências

ARENDT, Hannah. A condição humana. Rio de Janeiro: Forense, 2007. 10ª ed. p. 211-220.

ARENDT, Hannah. A vida do espírito. Rio de Janeiro: Relume Dumará, 2000. 4ª ed. p. 5-42.

DEAN, Jodi. Politics without politics. In: BOWMAN, Paul; STAMP, Richard. Reading Rancière. London: Continuum International Publishing Group, 2011. P. 73-94.

DELEUZE, Gilles; GUATTARI, Félix. Kafka: Por uma literatura menor. Trad.: Cíntia Vieira da Silva. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.

FOUCAULT, Michel. A arqueologia do saber. Tradução de Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 1987. 3ª ed. P.23-34; 201-222.

FOUCAULT, Michel. A ordem do discurso. Tradução de Laura Fraga de Almeida Sampaio. São Paulo: Edições Loyola, 1999. 5ª ed.

FOUCAULT, Michel. Microfísica do Poder. Rio de Janeiro: Edições Graal, 2010. 4ª ed. p.1-14.

HABERMAS, Jürgen. O discurso filosófico da modernidade: doze lições. Tradução de Luiz Sérgio Repa e Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, 2000.

HABERMAS, Jürgen. Pensamento pós-metafísico: estudos filosóficos. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1990. P. 65-88; 123-135.

PELBART, Peter Pál. Poder sobre a vida, potência da vida. Lugar Comum, n.17, 2002, p.33-43.

RANCIÈRE, Jacques. O desentendimento. Política e Filosofia. Tradução de Ângela Leite Lopes. São Paulo: Editora 34, 1996.

SCOTT, James C. Domination and the Arts of Resistance. Hidden Transcripts. Londres: Yale University Press, 1990.

SOARES, F. C. Pixação em Belo Horizonte. Identidade e transgressão como apropriação do espaço urbano. In: Ponto Urbe [Online], 12 | 2013. Disponível em: <http://pontourbe.revues.org/565>. Acesso em 30 de set. de 2016.

Downloads

Publicado

18-12-2017

Como Citar

de Carvalho Oliveira, A. K., & Salgueiro Marques, Ângela C. (2017). A impossibilidade do consenso na cena urbana do pixo em Belo Horizonte. Revista Eco-Pós, 20(3), 194–214. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i3.12194