"Mulher bonita é mulher que luta"

Feminismos em disputa no canal GNT

Autores/as

  • Tess Chamusca UFMG

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i3.27987

Palabras clave:

GNT, feminismo, televisão, TV paga

Resumen

Os feminismos têm sido pauta constante na construção da identidade do GNT como canal voltado ao público feminino. O artigo discute como GNT se relaciona com as lutas feministas, percurso que traz pistas das mudanças nas percepções sobre o tema no Brasil. A identidade de um canal é compreendida como resultado da interação entre discursos e práticas do campo da produção e da recepção em contextos específicos. O corpus inclui programas, vinhetas e matérias sobre o canal e depoimentos de gestoras e apresentadores. São analisadas a estreia do Saia Justa (2002), a parceria com a ONU Mulheres (2015), e a promessa de um canal da diversidade (2017). Ao transitar de uma recusa dos feminismos para a afirmação de uma mulher feminina e feminista, o GNT promove uma celebração das diferenças que avança pouco na problematização da mútua constituição dos sistemas de opressão que atingem as mulheres.

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Publicado

2024-12-19

Cómo citar

Chamusca, T. (2024). "Mulher bonita é mulher que luta": Feminismos em disputa no canal GNT. Revista Eco-Pós, 27(3), 403–423. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i3.27987