Experiência estética, alteridade e fabulação no cinema negro

Autores

  • Laan Mendes de Barros Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - FAAC-UNESP/Professor assistente.
  • Kênia Freitas Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - FAAC-UNESP/Pós-doutoranda

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v21i3.20262

Resumo

O tema do racismo, problematizado a partir das questões da alteridade, da experiência estética e da fabulação, é tratado neste artigo. O comentário do filme NOIRBLUE -- deslocamentos de uma dança (Ana Pi, 2017), leva a discussão ao universo do cinema negro, pensado a partir da prática fabulatória crítica e afrocentrada. A construção das imagens dos corpos negros e as tensões presentes nas relações entre colonizador e colonizado se assentam aqui na crítica ao racismo, desde uma perspectiva histórica, política e ética.  

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Laan Mendes de Barros, Faculdade de Arquitetura, Artes e Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - FAAC-UNESP/Professor assistente.

Doutor em Ciências da Comunicação, pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), com pós-doutorado pela Université Stendhal Grenoble 3. Docente da Faculdade de Artes, Arquitetura e Comunicação da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” -- FAAC-UNESP.

Kênia Freitas, Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho" - FAAC-UNESP/Pós-doutoranda

Pós-doutoranda (CAPES/PNDP) do Programa de Pós-graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista "Julio de Mesquita Filho"-UNESP 

Referências

BARROS, Comunicação sem anestesia. Revista Brasileira de Ciências da Comunicação, v. 40, n. 1, jan./abr. São Paulo: Intercom, 2017.

____________. Vozes que dão voz: mobilização, reconhecimento e alteridade na Web. In: SILVA, Maurício Ribeiro da (et al) Orgs. Mobilidade, espacialidades e alteridades. Salvador: EDUFBA / Compós, 2018.

DANEY, Serge. A Rampa - Cahiers du Cinéma, 1970-1982. São Paulo: Cosac e Naify, 2007.

DELEUZE, Gilles. A Imagem-Tempo. São Paulo: Brasiliense, 2007.

FANON, Frantz. Pele negra, máscaras brancas; tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.

FREITAS, Kênia. “Cinema Negro Brasileiro: uma potência de expansão infinita”. In: SIQUEIRA, Ana [et al]. Festival Internacional de curtas de Belo Horizonte (catálogo). Belo Horizonte: Fundação Clóvis Salgado, 2018.

GADAMER, Hans-Georg. Verdade e método I: traços fundamentais de uma hermenêutica filosófica. 9ª. Ed. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 2008.

HALL, Stuart. “New ethnicities”. In: DONALD, J.; RATTANSI, A. (orgs.). ‘Race', culture and difference. London: Sage, 1992.

HARTMAN, Saidiya. “Venus in Two Acts”. In: Small Axe, 1 June 2008.

KEELING, Kara. “‘In the interval': Frantz Fanon and the ‘problems' of visual representation.” Qui Parle, vol. 13, no. 2, 2003.

____________. “I = Another: Digital Identity Politics.” In: HONG, Grace Kyungwon; FERGUSON, Roderick A. (org.). Strange Affinities: The Gender and Sexual Politics of Comparative Racialization. Durham: Duke University Press, 2011.

KILOMBA, Grada. “A Máscara”. In: Cadernos De Literatura Em Tradução, nº 16, Maio 2016.

MBEMBE, Achille. Crítica da razão negra; tradução de Sebastião Nascimento. São Paulo: n-1 edições, 2018.

MEMMI, Albert. Retrato do colonizado precedido pelo retrato do colonizador. Tradução de Roland Corbisier e Mariza Pinto Coelho. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1967.

____________. L'homme dominé: le noir - le colonisé - le prolétaire - le juif - la femme - le domestique - le racisme. Paris: Éditions Gallimard, 1968.

MESTRE Claire, Peau claire et masques noirs : Les luttes anti-colonialistes et féministes de Françoise Vergès. L'autre, cliniques, cultures et sociétés, 2016, vol. 17, n°1, pp. 91-105. Disponível em: https://revuelautre.com/boutique/lautre-2016-vol-17-n1/ . Acesso em 20 ago. de 2018.

MOMBAÇA, Jota. “Darkness as a Non-representational Field in Ana Pi's NoirBLUE”. In: Contemporary And (C&). November 30th, 2017. Disponível em: https://www.contemporaryand.com/magazines/darkness-as-a-non-representational-field-in-ana-pis-noirblue/. Acesso em 03 de set. de 2018.

MORRISON, Toni. Playing in the Dark. Whiteness and the Literary Imagination. New York: Vintage Books, 1992.

MUNANGA, Kabengele. Negritude: Usos e Sentidos. São Paulo, Ática, 1986.

NYONG'O, Tavia. “Unburdening Representation.” The Black Scholar, vol. 44, no. 2, 2014.

PARRET, Herman. A estética da comunicação: além da pragmática. Campinas: Editora Unicamp, 1997.

PI, Ana. “NOIRBLUE: A choreographic piece by and with Ana Pi”. In: Ana Pi: Corpo & Imagens (site pessoal), 2017. Disponível em: “https://anazpi.com/noirblue-solo-piece-creation-2017/”. Acesso em 03 de set. de 2018.

RANCIÈRE, Jacques. A partilha do sensível: estética e política. 2ª ed. São Paulo: EXO organizacional / Editora 34, 2009.

SODRÉ, Muniz. As estratégias sensíveis: afeto, mídia e política. Petrópolis: Vozes, 2006.

____________. Claros e escuros: identidade, povo e mídia no Brasil. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2015.

VERGÈS, Françoise. De l'identité-prison aux “identités liquides”. In: Après-demain 2007/4 (N ° 4, NF), p. 29-32. Disponível em: https://www.cairn.info/revue-apres-demain-2007-4-page-29.htm . Acesso em 05 de set. de 2018.

Downloads

Publicado

26-12-2018

Como Citar

Barros, L. M. de, & Freitas, K. (2018). Experiência estética, alteridade e fabulação no cinema negro. Revista Eco-Pós, 21(3), 97–121. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v21i3.20262

Edição

Seção

Dossiê