Os palcos efêmeros da cidade: arte de rua, regulação e disputa pelos espaços públicos urbanos em Montreal e no Rio de Janeiro
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i3.12409Resumen
Analisar a arte de rua e os mecanismos que a controlam nos permite entender melhor as cidades contemporâneas. Justamente por ocupar um lugar que é muitas vezes marginal e contestado, os artistas de rua e suas táticas de sobrevivência e legitimação expõem dinâmicas de poder, políticas culturais questionáveis, dificuldades de acesso aos espaços públicos, disputa pelo direito à cidade e observância das leis. As tentativas de regular a arte de rua podem nos dizer muito sobre determinados momentos históricos, as disputas da/na/pela cidade e, ainda, como as pessoas vivem juntas em ambientes urbanos complexos. O objetivo do presente trabalho é discutir brevemente como a arte de rua -- enquanto prática comunicacional -- pode evidenciar as disputas pela cidade. Apresenta-se aqui uma abordagem interdisciplinar, com foco na regulação da arte de rua e dos espaços públicos em que elas acontecem, com base em pesquisa de campo realizada em duas cidades: Rio de Janeiro e Montreal.
Descargas
Citas
AIELLO, Giorgia; TOSONI, Simone. Going about the city: methods and methodologies for urban communication research. International Journal of Communication, v. 10, p. 1252-1262, 2016.
AMSTER, Randall. Street people and the contested realms of public space. New York: LFB Schorlaly Publishing, 2004.
ATTALI, Jacques. Noise: The political economy of music. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2009.
AVENTIN, Catherine. Les arts de la rue pour observer, comprende et aménager l'espace public, dossier « Nouvelles approches de l'espace dans les sciences de l'homme et de la societé », n.119-120, 2006.
BASS, Michael T, M.P. Street Music in the Metropolis: correspondence and observations on the existing law, and proposed amendments. London: John Murray, Albemarle Street, 1864.
BLUM, Alan. The Imaginative Structure of the City. Montreal: McGill-Queen's University Press, 2003.
BOETZKES, Amanda. The Ephemeral Stage at Lionel Groulx Station. In: Alexandra Boutros and Will Straw (eds.). Circulation and the City: essays on urban culture. Montreal: McGill-Queen's University Press, p. 138-154, 2010.
BURD, Gene; DRUCKER, Susan J.; GUMPERT, Gary. Urban Communication Reader. Cresskill: Hampton Press, 2007.
BYWATER, Michael. Perfoming Spaces: street music and public territory. Twentieth-Century Music, v. 3, n. 1, p. 97-120, 2007.
CAIAFA, Janice. Comunicação e sociabilidade no metrô de Paris: aspectos de um regime de interfaces. E-Compós (Brasília), v. 18, p. 1-17, 2015.
CAMPBELL, Patricia J. Passing the hat: Street performers in America. New York: Decolarte Press, 1981.
CARR, Stephen et al. Public Space. Cambridge: Cambridge University Press, 1992.
DE CERTEAU, Michel. The practice of everyday life. Berkeley: University of California Press, 1984.
DELEUZE, Gilles. Postscript on the societies of control. October, v.59, p. 3-7, 1992.
DICKINSON, Greg; AIELLO, Giorgia. Being through there matters: materiality, bodies, and movement in urban communication research. International Journal of Communication, v. 10, p. 1294-1308, 2016.
ESCUDIER, Gaston. Saltimbanques: Leur vie, leurs moeurs. Paris: Librairie Nouvelle, 1875.
FERNANDES, Cintia S.; HERSCHMANN, Micael. Ativismo musical nas ruas do Rio de Janeiro. In: Compós, 23, p. 1-15, 2014.
FERRARA, Lucrécia D'Alessio. Cidade: meio, mídia e mediação. MATRIZes, n. 2, p. 39-52, 2008.
FOUCAULT, Michel. Of other spaces. Diacritics, v.16, n.1, p. 22-27, 1986.
______. Vigiar e Punir: o nascimento da prisão. Petrópolis: Vozes, 1999.
FOURNEL, M. Victor. Les spetacles populares et les artistes des rues. Paris: E. Dentu Éditeur, 1863.
FREHSE, Fraya. Da desigualdade social nos espaços públicos centrais brasileiros, Sociologia & Antropologia, Rio de Janeiro, v. 06.01: 129-158, 2016.
GEORGIOU, Myria. Media and the City. Cambridge : Polity Press, 2013.
GENEST, Sylvie. Musiciens de rue et règlements municipaux à Montréal: La condemnation civile de la marginalité (1857-2001). Les Cahiers de la Societé Québécoise de Recherche en Musique, v.5, n.1-2, p. 31-44.
GÉTREAU, Florence. La rue parisienne comme espace musical réglementé (XVIIe-XXe siècles). Les cahiers de la société québéquoise de recherche en musique, Société québécoise de recherche en musique, p.11-24, 2001.
GUMPERT, Gary ; DRUCKER, Susan J. Communicative Cities. The International Communication Gazette, v. 70, n. 3-4, p. 195-208, 2008.
HAEDICKE, Susan C. Contemporary street arts in Europe: Aesthetics and politics. Hampshire: Palgrave Macmillan, 2013.
HARVEY, David. The condition of postmodernity: An enquiry into the origins of cultural change. Cambridge: Blackwell Publishers, 1989.
______. Cidades rebeldes: Do direito à cidade à revolução urbana. São Paulo: Martins Fontes - selo Martins, 2014.
HARRISON-PEPPER, Sally. Drawing a circle in the square: Street performing in New York's Washington Square Park. Jackson: University Press of Mississippi, 1990.
HIGHMORE, Ben. Everyday life and cultural theory: An introduction. New York: Routledge, 2001.
JASSEM, Harvey; DRUCKER, Susan J; BURD, Gene. Urban Communication Reader: Volume 2. Cresskill: Hampton Press, 2010.
JACOBS, Jane. The death and life of great american cities. 50th Anniversary edition. New York: Modern Library, 2011.
KITCHIN, Rob. Making Sense of Smart Cities: addressing present shortcomings. Cambridge Journal of Regions, Economy and Society, 2014.
KITTLER, Friederich A; GRIFFIN, Matthew. The City as a Medium. New Literary History, v. 27, n. 4, p. 717-729, 1996.
LAWARE, Margaret; GALLAGHER, Victoria J. The Power of Agency: urban communication and the rhetoric of public art. Urban Communication Reader. Cresskill: Hampton Press, p. 159-172, 2007.
LEFEBVRE, Henri. The production of space. Oxford: Blackwell Publishers, 1991.
______. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.
______. Rhythmanalysis: Space, time and everyday life. London/New york: Continuum, 2004.
______. Critique of everyday life. One-volume edition. London/New York: Verso, 2014.
LEMOS, André; MONT`ALVERNE, Adelino. Cidades Inteligentes no Brasil: as experiências em curso de Búzios, Porto alegre e Rio de Janeiro. Revista de Comunicação Midiática, v. 10, n. 3, p. 21-39, 2015.
LOUKAITOU-SIDERIS, Anastasia, EHRENFEUCHT, Renia. Sidewalks: Conflict and negotiation over public space. Cambridge: MIT Press, 2009.
MADANIPOUR, Ali. Public and private spaces of the city. New York: Routledge, 2003.
MATTERN, Shannon. Deep Mapping the Media City. Minneapolis: University of Minnesota Press, 2015.
MCQUIRE, Scott. The politics of public space in the media city. First Monday, Special Issue #4, fev. 2006.
______. The Media City. London: Sage Publications, 2008.
MITCHELL, Don. The right to the city: Social justice and the fight for public space. New York: Guilford Press, 2003.
MORLEY, David. For a Materialist, Non-Media-Centric Media Studies. Television & New Media, v. 10, n. 1, p. 114-116, 2009.
MUMFORD, Lewis. The city in history: Its origins, its transformations, and its prospects. New York: Harcourt, 1968.
PICKER, John M. Victorian Soundscapes. New York: Oxford Univesity Press, 2003.
SANTAELLA, Lucia (org.). Cidades Inteligentes: por que, para quem? . São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2016.
SANTOS, Milton. A natureza do espaço: Técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: EDUSP, 2006.
SENNETT, Richard. The fall of the public man. London: Penguin Books, 2002.
SMITH, Murray. Traditions, Stereotypes, and Tactics: a History of Musical Buskers in Toronto. Canadian Journal for Traditional Music, v. 24, n. 6, p. 6-22, 1996.
TANENBAUM, Susie J. Underground Harmonies: Music and politics in the subways of New York. Ithaca: Cornell University Press, 1995.
URRY, John. City Life and the Senses. In: Gary Bridge and Sophie Watson (eds.). A Companion to the City, Wiley Online Library, p. 388-397, 2008.
Descargas
Publicado
Cómo citar
Número
Sección
Licencia
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.
