Territórios, terreiros e geopolíticas na escuta conexa
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i3.28351Keywords:
Afropunk, Blackness, Aquilombamento, Connected Listening, TerritorialityAbstract
Pretendemos com o presente artigo trazer uma discussão preliminar sobre como a dimensão territorial e geopolítica podem ser entendidas e incorporadas nas análises da música ao vivo, a partir da noção de escuta conexa. Para tanto, propomos uma breve análise da trajetória do festival Afropunk Bahia 2022 para repensar algumas perspectivas do entendimento do território na música. Interessa-nos pensar como esta festividade parece evocar uma dimensão racializada, buscando compreender como o território pode ser atrelado aos modos de se consumir, escutar e viver o evento Afropunk Bahia.
Downloads
References
AFROPUNK. Afropunk Bahia. [S. l.], 2022. Disponível em: https://afropunk.com/festival/bahia/. Acesso em: 19 abr. 2023.
ARGÔLO, M. P. Pop Negro SSA: cenas musicais, cultura pop e negritude. Salvador (BA): Marcelo Argôlo, 2021.
BARROS, R. L de. Distortion and Subversion: Punk Rock Music and the Protests for Free Public Transportation in Brazil (1996-2011). [S.l.] Liverpool University Press, 2022.
CERTEAU, M. de. A Invenção do cotidiano: artes de fazer. 15. Ed. Petropolis: Vozes, 2008.
DIAS, G. Afropunk é quilombo ambulante onde pretos podem ser quem são sem medo. Folha de S.Paulo. Salvador, 24 nov. 2022. Disponível em: www1.folha.uol.com.br/blogs/guia-negro/2022/11/afropunk-e-quilombo-ambulante-onde-pretos-podem-ser-quem-sao-sem-medo.shtml. Acesso em: 15 ago. 2023.
GELLI, T. A relação afetiva de Beyoncé com a Bahia, onde pousou de surpresa. Veja, 22 dez. 2023.
HAESBAERT, R. Viver no limite: território e multi/transterritorialidade em tempos de in-segurança e contenção. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2014.
HERSCHMANN, M. Das Cenas e Circuitos às Territorialidades (Sônico-Musicais). Logos, Rio de Janeiro, v. 25, p. 124-137, 2018. DOI: https://doi.org/10.12957/logos.2018.35696. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/logos/article/view/35696. Acesso em: 19 abr. 2023.
HERSCHMANN, M.; FERNANDES, C. S. Territorialidades Sônicas e resignificação de espaços do Rio de Janeiro. Logos, Rio de Janeiro, v. 18, p. 6-17, 2011. DOI: https://doi.org/10.12957/logos.2011.2288. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/logos/article/view/2288. Acesso em: 19 jul. 2024.
HERSCHMANN, M.; FERNANDES, C. S. Um debate relevante envolvendo ideias fora do lugar? In: FERNANDES, C. S.; HERSCHMANN, M. (Eds.). Cidades musicais: comunicação, territorialidade e política. Porto Alegre: Editora Sulina, 2018. p. 7–15.
IQANI, M.; RESENDE, F. (ed.). Media and the Global South: Narrative Territorialities, Cross-Cultural Currents. 1. ed. [S. l.]: Routledge India, 2019.
JANOTTI JR., J. Gêneros musicais em ambientações digitais. Belo Horizonte: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG, 2020.
JANOTTI JR., J.; QUEIROZ, T. Deixa a gira girar: as lives de Teresa Cristina em tempos de escuta conexa. Galáxia, São Paulo, n. 46, p. e50973, 2021. DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1982-2553202150973. Disponível em: https://revistas.pucsp.br/index.php/galaxia/article/view/50973. Acesso em: 15 ago. 2023.
JANOTTI JR., J.; QUEIROZ, T.; PIRES, V. Um Corpo Rexistente: a gira poética de Giovani Cidreira. Revista Trilhos, Santo Amaro, v. 3, n. 1, p. 174-193, 17 nov. 2022. Disponível em: https://revistatrilhos.com/home/index.php/trilhos/article/view/93. Acesso em: 20 ago. 2023.
JANOTTI JR., J.; QUEIROZ, T.; PIRES, V. Deixa a gira girar: corporeidades musicais em tempos de escuta conexa. Belo Horizonte: Fafich/Selo PPGCOM/UFMG, 2023.
KASSABIAN, A. Ubiquitous listening: affect, attention, and distributed subjectivity. Berkeley: University of California Press, 2013.
MANO A MANO: Mano Brown. Entrevistadores: Mano Brown, Semaya Oliveira. Entrevistada: Sueli Carneiro. [S. l.]: Spotify, maio 2022. Podcast. Disponível em: https://open.spotify.com/episode/2eTloWb3Nrjmog0RkUnCPr?si=1cce47290f0a4085. Acesso em: 16 ago. 2023.
MOURA, C. Quilombos: resistência ao escravismo. São Paulo: Expressão Popular, 2020.
NASCIMENTO, A. O quilombismo: documentos de uma militância pan-africanista. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2019.
NASCIMENTO, B. O conceito de quilombo e a resistência cultural negra. In: RATTS, A. Eu sou Atlântica. São Paulo: Instituto Kuanza, 2006. p. 117-125.
O´HARA, C. A Filosofia Do Punk - Mais Do Que Barulho. [s.l.] Radical Livros, 2005.
OBICI, G. L. Condições de escuta: mídias e territórios sonoros. Rio de Janeiro: 7Letras, 2008.
OLIVEIRA, L. X. A cena musical da Black Rio: estilo e mediações nos bailes soul dos anos 1970. Salvador: EDUFBA, 2018.
OLIVEIRA, L. X.. Bata o seu koo: corpo, gênero e performances de racialidade em uma festa negra LGBTQIA+. Revista Famecos, Porto Alegre, v. 29, p. e42438, 2022. DOI: https://doi.org/10.15448/1980-3729.2022.1.42438. Disponível em: https://revistaseletronicas.pucrs.br/index.php/revistafamecos/article/view/42438. Acesso em: 18 jul. 2024.
PIRES, V. Salas de estar como territórios sonoros: considerando outras territorialidades da música ao vivo. Logos, Rio de Janeiro, v. 25, n. 1, p. 138–153, 2018. DOI: https://doi.org/10.12957/logos.2018.35645. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/logos/article/view/35645. Acesso em: 18 jul 2024.
PIRES, V. O tempo da escuta musical: o ao vivo na música a partir da dimensão temporal da escuta conexa. InTexto, Porto Alegre, v. 55, p. 1-20, 2023. DOI: https://doi.org/10.19132/1807-8583.55.130524. Disponível em: https://seer.ufrgs.br/index.php/intexto/article/view/130524. Acesso em: 18 julho 2024.
PIRES, V; JANOTTI JR., J. “Listening is everything”: percursos de escuta conexa nas articulações entre playlists, pre-saves e recomendações musicais no Spotify. Culturas Midiáticas, João Pessoa, v. 16, p. 171-188, 13 dez. 2022. DOI: https://doi.org/10.22478/ufpb.2763-9398.2022v16n.60663. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/cm/article/view/60663. Acesso em: jul. 2024.
QUEIROZ, T. Teresa Cristina e suas lives - sobre modos de ver e tornar-se negra. Revista da ABPN, Curitiba, v. 15, n. 43, p. 196-216, 2024. DOI: 10.31418/2177-2770.2024.v.15.n.43. Disponível em: https://abpnrevista.org.br/site/article/view/1476. Acesso em: 5 jul. 2024.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4. ed. São Paulo: EDUSP, 2002.
SCHAEFFER, P.; NORTH, C.; DACK, J. Treatise on musical objects: essays across disciplines. Oakland, California: University of California Press, 2017.
SILVA, C. Des-embranquecendo a cidade convida: Cidinha da Silva. Entrevista. Terra Preta Cidade. [S. l.], 24 jun. 2020. Disponível em: https://terrapretacidade.medium.com/des-embranquecendo-a-cidade-convida-cidinha-da-silva-13e84d18843a. Acesso em: 14 ago. 2023.
SILVA, C. Tecnologias ancestrais de produção de infinito. Goiânia: Martelo, 2022.
SODRÉ, M. Pensar Nagô. Petrópolis: Vozes, 2017.
SODRÉ, M. O fascismo da cor. Petrópolis: Vozes, 2023.
SOUTO, S. É tempo de aquilombar: da tecnologia ancestral à produção cultural contemporânea. Políticas Culturais Em Revista, Salvador, v. 14, n. 2, p. 142-159, 2021. DOI: https://doi.org/10.9771/pcr.v14i2.44151. Disponível em: https://periodicos.ufba.br/index.php/pculturais/article/view/44151. Acesso em: 13 ago. 2023.
TENÓRIO, W. Senta a bunda: a bunda performática em videoclipes de funk como indicativo de disputas interseccionais e de gênero musical. In: Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, 44, 2021, evento virtual. Anais [...]. São Paulo: Intercom, 2021. v. 1. p. 1-15.
Downloads
Published
How to Cite
Issue
Section
License
Copyright (c) 2024 Tobias Queiroz, Victor de Almeida Nobre Pires
This work is licensed under a Creative Commons Attribution-NonCommercial-NoDerivatives 4.0 International License.
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.
