Helena Ignez diretora

apropriações do arquivo-Belair na visualidade contemporânea

Authors

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i1.28075

Keywords:

Helena Ignez, Belair Filmes, apropriação, sobrevivência das imagens, imagem dialética

Abstract

This paper explores the work of Helena Ignez, considering her work as a film director and establishing the focus of analysis on the film Ralé (2015). One of the essential features in the filmmaker's filmography is the appropriation of Belair Filmes' images in her contemporary films, whether fiction or documentary. At first, we describe this appropriative gesture and the archive which it addresses. Then, we expose the notions of surviving image and dialectical image, which help in the observation of the relationship between images of different temporalities. Finally, we put together Ralé and Sem essa, Aranha (1970), highlighting the overlaps between appropriation, fragmentation and politics in Ignez's appropriative gesture.

Downloads

Download data is not yet available.

Author Biographies

Daniela Pereira Strack, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Mestra em Comunicação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com bolsa Capes, possui graduação em Produção Audiovisual - Cinema e Vídeo pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS). Integra o grupo de pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC). É assistente de direção cinematográfica, com destaque para o filme Tinta Bruta (2018) vencedor do Teddy Award de Melhor Longa-metragem e do CICAE Art Cinema Award no 68º Festival Internacional de Cinema de Berlim, além de Melhor Filme no Festival do Rio 2018

Bruno Bueno Pinto Leites, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Doutor em Comunicação pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), em Porto Alegre, RS, Brasil. Realizou estágio doutoral no Instituto de Pesquisa sobre o Cinema e o Audiovisual (IRCAV), na Universidade Sorbonne Nouvelle - Paris 3, na França. Professor do Departamento de Comunicação (DECOM) e do Programa de Pós-Graduação em Comunicação (PPGCOM) da UFRGS. Integra o grupo de pesquisa Semiótica e Culturas da Comunicação (GPESC).

References

A FAMÍLIA do Barulho. Júlio Bressane. 1970. (1h e 15 min.).

A ALEGRIA é a Prova dos Nove. Helena Ignez. 2023. (1h e 40 min.).

A MOÇA do Calendário. Helena Ignez. 2017. (86 min.).

A MISS e o Dinossauro – os bastidores da Belair. Direção: Helena Ignez. Brasil, 2005. (18min.).

ANDRADE, Patrícia Mourão de. Helena Ignez, an Incendiary Monster of Brazilian Cinema. Film Quarterly, [s. l.], v. 74, n. 3, p. 23–34, 2021.

BALALLAI, Anna Karinne Martins. O ator em ato: A dialética ator/personagem em Copacabana mon amour. 2016. 122 f. Dissertação (mestrado) - Instituto de Humanidade, Artes e Ciências, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2016. Disponível em: https://sucupira.capes.gov.br/sucupira/public/consultas/coleta/trabalhoConclusao/viewTrabalhoConclusao.jsf?popup=true&id_trabalho=2106519. Acesso em: 18 nov. 2020.

BARÃO Olavo, o horrível. Júlio Bressane. 1970. (1h e 12 min).

BENJAMIN, Walter. Baudelaire e a modernidade. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2015.

BENJAMIN, Walter. Passagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2018.

BESSA, Karla Adriana. Ralé (2015) ou o Poder dos Afetos: um cinema de Provocações. Imagofagia - Revista de la Asociación Argentina de Estudios de Cine y Audiovisual (AsAECA), [s. l.], v. 13, p. 1–13, 2016.

BRAGANÇA, Felipe. Júlio Bressane/preservação: pequeno dossiê panorâmico. Disponível em: http://www.contracampo.com.br/cinemainocente/preservacao.htm. Acesso em: 10 maio 2023.

CANÇÃO de Baal. Helena Ignez. Ano: 2008. (77min.).

CARNAVAL na Lama. Rogério Sganzerla. 1970. (1h e 20min.).

COPACABANA Mon Amour. Direção: Rogério Sganzerla. Brasil, 1970. (85min.).

CUIDADO Madame. Direção: Júlio Bressane. Brasil, 1970. (70min.).

DA SILVA NETO, Antonio Leão. Super-8 no Brasil: um sonho de cinema. São Paulo: Ed. do Autor, 2017.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Diante da Tempo: história da arte e anacronismo das imagens. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2015.

DIDI-HUBERMAN, Georges. A imagem sobrevivente: história da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Rio de Janeiro: Contraponto, 2013.

DIDI-HUBERMAN, Georges. Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011.

ELDUQUE, Albert. Dois movimentos como primeira aproximação aos filmes da Belair. Em: DE OLIVEIRA, Ana Balona; MAIA, Catarina; OLIVEIRA, Madalena (ed.). Atas do VI Encontro Anual da AIM. Lisboa: AIM – Associação de Investigadores da Imagem em Movimento, 2016. p. 165–175. E-book. Disponível em: https://aim.org.pt/atas/Atas-VIEncontroAnualAIM.pdf.

FAKIR. Helena Ignez. Ano: 2019. (1h. e 32 min.).

FEIO, eu? Helena Ignez. Ano: 2013. (70 min.).

FOGO Baixo, Alto Astral. Direção: Helena Ignez. Brasil, 2020. (5min.).

GAGNEBIN, Jeanne Marie. Lembrar esquecer escrever. São Paulo: Editora 34, 2006.

GIANORDOLI-NASCIMENTO, Ingrid Faria; MENDES, Bárbara Gonçalves; NAIFF, Denis Giovani Monteiro. “Salve a seleção”: ditadura militar e intervenções políticas no país do futebol / “Save the Brazilian Team”: Military regimen and political intervention in “soccer country”. Psicologia e Saber Social, [s. l.], v. 3, n. 1, p. 143–153, 2014.

GUIMARÃES, Pedro; OLIVEIRA, Sandro de. Helena Ignez: atriz experimental. São Paulo: Edições Sesc São Paulo, 2021.

GUIMARÃES, Pedro Maciel. Erigir novos corpos, reinventar personas: o ator moderno do cinema brasileiro. Revista Famecos, [s. l.], v. 21, n. 1, p. 287–307, 2014.

GUIMARÃES, Pedro Maciel. Helena Ignez: ator-autor entre a histeria e a pose, o satélite e a sedução. Em: Anais do VII Congresso da Abrace - Associação Brasileira de Pesquisa e Pós-Graduação em Artes Cênicas. tempos de memória: vestígios, ressonâncias e mutações. Porto Alegre: 2012. p. 5. E-book. Disponível em: https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/abrace/article/viewFile/2219/2319. Acesso em: 15 nov. 2019.

LÖWY, Michael. Walter Benjamin: aviso de incêndio - uma leitura das teses “Sobre o conceito de história”. 1.ed. São Paulo: Boitempo, 2005.

LUZ nas trevas: a volta do bandido da luz vermelha. Helena Ignez. Ano: 2010. (83 min.).

MACHADO JR., Rubens. Passos e descompassos à margem. Revista Alceu: de Comunicação, Cultura e Política, [s. l.], v. 8, n. 15, p. 164–172, 2007.

O BANDIDO da Luz Vermelha. Direção: Rogério Sganzerla. Brasil, 1968. (92min.).

O FIM de uma era. Bruno Safadi; Ricardo Safadi. 2013. (70 min.).

OLIVEIRA, Sandro de. A utopia matriarcal (re)encenada no tríptico brechtiano de Helena Ignez. Significação: Revista de Cultura Audiovisual, [s. l.], v. 49, n. 57, p. 309–329, 2022.

O RIO nos pertence. Bruno Safadi; Ricardo Pretti. 2013. (1h e 15 min.).

OSSOS. Helena Ignez. Ano: 2014. (19 min.).

O UIVO da Gaita. Bruno Safadi. 2013. (75 min.).

PODER dos afetos. Helena Ignez. Ano: 2013. (31 min).

PUPPO, Eugênio (Org.). Cinema marginal brasileiro e suas fronteiras: Filmes produzidos nos anos 60 e 70. Centro Cultural Banco do Brasil/ HECO Produções, 2012.

RALÉ. Direção: Helena Ignez. Brasil, 2015. (73min.).

RAMOS, Fernão Pessoa. Cinema Marginal (1968-1973): a representação em seu limite. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987.

REINVENÇÃO da rua. Helena Ignez. Ano: 2003. Duração: 27 min.

SEM Essa, Aranha. Direção: Rogério Sganzerla. Brasil, 1970. (102min).

TEIXEIRA, Felipe Charbel. Aby Warburg e a pós-vida das Pathosformeln antigas. História da Historiografia: International Journal of Theory and History of Historiography, [s. l.], v. 3, n. 5, p. 134–147, 2010.

TYLOR, Edward Brunett. Cultura Primitiva. [s.l]. 1977.

XAVIER, Ismail. Alegorias do subdesenvolvimento: cinema novo, tropicalismo e cinema marginal. São Paulo: Cosac Naify, 2012.

XAVIER, Ismail. O cinema brasileiro moderno. São Paulo: Paz e Terra, 2001.

XAVIER, Ismail. Troca de olhares, com o ouvido à espreita. In: VOROBOW, Bernardo; ADRIANO, Carlos (ed.). Júlio Bressane: cinepoética. Rio de Janeiro: Massao Ohno Editor, 1995. p. 75–80.

Published

2024-06-09

How to Cite

Pereira Strack, D., & Bueno Pinto Leites, B. (2024). Helena Ignez diretora: apropriações do arquivo-Belair na visualidade contemporânea. Revista Eco-Pós, 27(1), 71–94. https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i1.28075