A fábula da câmera invisível na escola e o regime contemporâneo de imagens
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v18i2.2286Resumo
Resumo
Um menino de nove anos rouba a carteira de um colega dentro de sala e sua professora, como solução ao problema de indisciplina, inventa uma câmera invisível. Como base nesse evento, o artigo discute de que modo o atual regime das imagens participa, de modo importante, da crise de instituições disciplinares como a escola, relacionando mecânicas de confinamento -- que tradicionalmente caracterizavam tal instituição -- às dinâmicas fluidas, efetivadas nos territórios fora dos muros escolares. A “fábula da câmera-invisível” -- sustentada nessa escola pela justificativa de uma espécie de estado de exceção produzido por um pequeno furto -- abre, dentro da perspectiva apresentada, reflexões e questionamentos não apenas acerca dos diagramas atuais da vigilância (dentro da escola), mas de que modo tais modulações deslocam e transformam aquilo que foi possível pensar como regime moderno de visibilidade.
Palavras- chave: escola- vigilância distribuída -visibilidade
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