O jogo bonito: futebol na Inglaterra e no Brasil dos anos 50 e 60

Autores

  • Kevin Foster

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v5i1.1153

Resumo

Quando a Inglaterra, no dia 17 de junho, derrotou a Alemanha em Charleroi, na Eurocopa 2000, pareceu, pelo menos aos ingleses, que a ordem natural do futebol europeu - se não a ordem natural do mundo - finalmente havia sido restaurada. Os meios de comunicação britânicos têm descrito, com freqüência, as competições esportivas contra a Alemanha - sobretudo as partidas de futebol - como decisões
tomadas a título de reforçar as polaridades morais da Primeira e da Segunda Guerras Mundiais. Este caso não foi diferente. A eficiência mecânica das equipes alemães - que conseguiram êxito nos anos 70, 80 e 90 - havia substituído o fanatismo desafortunado do nazismo como o emblema da outra Alemanha. Contudo, derrotar a Alemanha no futebol significava uma volta aos dias gloriosos da temporada pósguerra, quando, apesar da austeridade inglesa e dos crescentes indícios de marginalização desta nação no contexto da guerra fria, se deleitavam com a refulgência de suas reivindicações morais e militares. Ao derrotar a Alemanha no futebol, a seleção inglesa ofereceu uma confirmação fugaz e ilusória de que Deus, certamente inglês, estava no céu, e que tudo estava em ordem no mundo.

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Publicado

05-04-2009

Como Citar

Foster, K. (2009). O jogo bonito: futebol na Inglaterra e no Brasil dos anos 50 e 60. Revista Eco-Pós, 5(1). https://doi.org/10.29146/eco-pos.v5i1.1153