Controvérsia Schwarcz/Beyoncé

sociabilidades antagonistas e direito ao debate

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i2.27659

Palabras clave:

discurso, antagonismo, Twitter, controvérsia Schwarcz-Beyoncé, Black is King

Resumen

Este artigo analisa a controvérsia no Twitter após a publicação da resenha de Lilia Schwarcz na Folha de S. Paulosobre o filme Black is King, de Beyoncé. Após situarmos a resenha, o filme e suas reverberações transmidiáticas, debatemos a controvérsia, por meio do exame do corpus de 667 tuítes, coletados no período de 10 dias após a publicação no jornal. Analisamos os discursos que sustentam a controvérsia e classificamos as mensagens em 10 grupos temáticos, marcando os pontos nodais que costuram os discursos, bem como seus percursos passionais. Laclau fundamenta a análise discursiva e Greimas o mapeamento dos percursos passionais. Concluímos as análises classificando as posições discursivas em três categorias, situando as posições de sujeito, os percursos passionais e as posições frente ao antisujeito. Finalizamos com uma reflexão sobre os efeitos no debate democrático desses antagonismos passionalizados.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Jose Luiz Aidar Prado, Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP

Professor do Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP, pesquisador do CNPq, editor da revista Galáxia, autor dos livros Habermas com Lacan, Convocações biopolíticas dos dispositivos comunicacionais e co-autor de Sintoma e fantasia no capitalismo comunicacional. 

Bruna Luiza de Camillo Allegretti, Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP

Mestranda no Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Bolsista Capes.

Rafael Giovannini, Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP

Mestrando no Programa de Estudos Pós-graduados em Comunicação e Semiótica da PUC-SP. Bolsista CNPq.

Citas

ANDERSON, Chris. A Cauda Longa: a nova dinâmica de marketing e vendas. Rio de Janeiro: Elsevier, 2006

BROWN, Wendy. Politics out of history. Princeton: Princeton University Press, 2001.

DEAN, Jodi. Communicative capitalismo: circulation and the foreclosure of politics. Cultural Politics. V.1. N. 1. Duke University Press, março 2005. p. 51-73.

DURÃO, Gustavo de Andrade. Intelectuais africanos e pan-africanismo: uma narrativa póscolonial. Tempo e Argumento, Florianópolis, v. 10, n. 25, p. 212 - 242, jul./set. 2018.

FECHINE, Y. Cultura participativa e interação. Uma abordagem sociossemiótica da propagação em redes sociais digitais. São Paulo: CPS, 2019.

FONTANILLE, Jacques. Semiótica do discurso. 2.ed. São Paulo: Contexto, 2019.

GREIMAS, A.J. Sobre o sentido II. São Paulo, Edusp, 2014.

IRAKOZE, Judicaelle. Why We Must Be Careful When Watching Beyoncé’s ‘Black Is King’. Essence. Ago. 2020. Disponível em: < https://www.essence.com/amp/entertainment/only-essence/beyonces-black-is-king-criticism/>. Acesso em: 05 set. 2020.

JENKINS, Henry. Convergence culture: where old and new media collide. Nova Iorque: New York University Press, 2006.

_______________. Transmedia 202: Further Reflections. Henryjenkins.org. Jul. 2011. Disponível em: <http://henryjenkins.org/blog/2011/08/defining_transmedia_further_re.html> Acesso em: 03 set. 2020.

LACLAU, E.; MOUFEE, C. Hegemonia e estratégia socialista. SP: Intermeios, 2015.

LANDOWSKI, E. Para uma semiótica sensível. Revista Educação & Realidade, XXX, 2, Porto Alegre, 2005 Disponível em: < https://www.seer.ufrgs.br/educacaoerealidade/article/view/12417>. Acesso em 2 jan.2021.

MOUFFE, C. Sobre o político. São Paulo: Martins Fontes, 2015.

OLIVEIRA, Dennis. Sobre identitarismos, antirracismos e lugares de fala. Jornal da USP. Set. 2020. Disponível em: < https://jornal.usp.br/artigos/sobre-identitarismos-antirracismos-e-lugares-de-fala/>. Acesso em: 5 set. 2020.

ORTELLADO, Pablo; RIBEIRO, Márcio Monteiro. Maping Brazil’s Political Polarization Online. The conversation. Ago. 2018. Disponível em: <https://theconversation.com/mapping-brazils-political-polarization-online-96434>. Acesso em: 03 set. 2020.

PRADO, J.L.A. Capitais de midiatização: da circulação à propagação interativa. In: Questões transversais, v.8, n.16, pp.1-20, jul-dez 2020.

PRADO, J.L.A; PRATES, V. (org.) Sintoma e fantasia no capitalismo comunicacional. São Paulo: Estação das Letras e Cores, 2017.

RECUERO, Raquel da Cunha; ZAGO, Gabriela; BASTOS, Marco Toledo. O Discurso dos #ProtestosBR: análise de conteúdo do Twitter. Galáxia. Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Semiótica. ISSN 1982-2553, [S.l.], n. 28, dez. 2014. ISSN 1982-2553. Disponível em: <https://revistas.pucsp.br/galaxia/article/view/17911>. Acesso em: 03 set. 2020.

RIBEIRO, Djamila. O que é lugar de fala? Belo Horizonte: Letramento: Justificanto, 2017.

SCHUCMAN, Lia. Lia Vainer Schucman fala dos privilégios da branquitude. Entrevista concedida a Ricardo Alexino Ferreira. Jornal da USP. Disponível em: < https://jornal.usp.br/radio-usp/programas/lia-vainer-schucman-fala-dos-privilegios-da-branquitude/>. Acesso em: 05 set. 2020.

SCHWARCZ, Lilia M. Filme de Beyoncé erra ao glamorizar negritude com estampa de oncinha. Folha de S. Paulo, 3/8/2020.

ŽIŽEK, S. O mais sublime dos histéricos. Hegel com Lacan. RJ: Zahar, 1992.

Publicado

2021-11-30

Cómo citar

Prado, J. L. A., Allegretti, B. L. de C., & Giovannini, R. (2021). Controvérsia Schwarcz/Beyoncé: sociabilidades antagonistas e direito ao debate. Revista Eco-Pós, 24(2), 226–251. https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i2.27659