Etnografia em uma "cidade em movimento": O evento Picnik e a ocupação do espaço público em Brasília

Autores/as

  • Fernanda Casagrande Martinelli Universidade de Brasília (UnB)
  • Alice Roberte de Oliveira Universidade de Brasília (UnB)

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v22i3.27421

Resumen

O artigo é uma reflexão sobre a economia criativa enquanto um fenômeno urbano, que emerge da interação constante e intensa entre indivíduos. Viver na cidade é participar de uma multiplicidade de hierarquias e de sistemas, de temporalidades e de situações, de agitações e de estímulos, que condicionam estilos de vida, conforme George Simmel (1987) descreve. Através de etnografia no evento Picnik, observamos de que forma a sociabilidade e a ocupação do espaço público brasiliense são favorecidas pela economia criativa. 

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Fernanda Casagrande Martinelli, Universidade de Brasília (UnB)

Professora da Faculdade de Comunicação da UnB (Universidade de Brasília), doutora em Comunicação e Cultura pela ECO/UFRJ (2011) e mestre em Comunicação e Cultura pela mesma instituição (2006). Líder do grupo de pesquisa Consumo e Cultura Material (UnB/CNPq) e pesquisadora associada da Coordenação Interdisciplinar de Estudos Contemporâneos (CIEC / UFRJ / CNPq). Foi coordenadora da linha de pesquisa Jornalismo e Sociedade do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da FAC/UnB (2015-2017), e coordenadora de Extensão da Faculdade de Comunicação da UnB (2015). Em 2018, assumiu a coordenação do GT Consumos e Processos de Comunicação, da Compós - Encontro Nacional de Programas de Pós-Graduação em Comunicação, do qual foi vice-coordenadora no biênio 2017-2018. Tem experiência em ensino e pesquisa nas áreas de consumo e cultura material, estudos culturais, moda, pirataria, publicidade, representações sociais e etnografias urbanas, e atuação profissional nas áreas de publicidade (criação e redação publicitária) e pesquisa (pesquisa de mercado e etnografia).

Alice Roberte de Oliveira, Universidade de Brasília (UnB)

Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (PPGFAC/UnB), na linha Jornalismo e Sociedade. A pesquisa em andamento é intitulada "Geração Fazedores: O trabalho na Indústria Criativa do Distrito Federal", e qualificada em dezembro de 2017. O objetivo da pesquisa é entender o microcosmo de empreendedores criativos para compreender valores, práticas e relações simbólicas que perpassam identidades que interagem no espaço urbano. Graduada em Comunicação Social - Publicidade e Propaganda pela mesma universidade (2014). Experiência profissional em marketing, produção de conteúdo, mídias digitais e arts marketing.

Citas

British Council. Guia prático para o mapeamento das indústrias criativas. Série Economia Criativa e Cultural/2. BOP Consulting. Londres, 2010.

BORGES, Antonádia. Brasília: Misses and misfits in the Satellite-Cities. The Funambulist, v. 2, nov./dez. 2015. Suburban Geographies.

BOURDIEU, Pierre. O habitus e o espaço dos estilos de vida. p. 162-166. In: A Distinção: crítica social do julgamento. Porto Alegre: Zouk, 2007.

BURGOS, Pedro. Picnik mostra a força da economia criativa de Brasília. In: Draft. Publicado em 09/09/2014. Disponível em: https://bit.ly/2J6dk0m. Acessado em: 01/07/2018.

CARDOSO de Oliveira, Roberto. O trabalho do antropólogo. 3 Ed. Brasília: Paralelo 15; São Paulo: Unesp, 2006.

Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento das Nações Unidas (UNCTAD). Relatório de Economia Criativa 2010/economia criativa: uma opção de desenvolvimento. 2010. Disponível em: http://unctad.org/pt/docs/ditctab20103_pt.pdf (último acesso 02/07/2017).

DOUGLAS, Mary; ISHERWOOD, Baron. O Mundo dos Bens: para uma antropologia do consumo. Rio de Janeiro: UFRJ, 2004.

PINHEIRO, Mirelle. Seguranças são presos por furto de celulares em festa no Lago Sul. In: Metrópoles. 25/02/2018. Disponível em: https://bit.ly/2zkq9V5

Distrito Cultural - Aniversário de Brasília 21/04/2018. TV Globo. Brasília. 1h duração. Exibido em 11/05/2018. Disponível em: https://globoplay.globo.com/v/6730242/

DUVIVIER, Gregorio. Pardon anything. In: Jornal Folha de São Paulo, 09/06/2014. Disponível em: https://www1.folha.uol.com.br/colunas/gregorioduvivier/2014/06/1466925-pardon-anything.shtml?loggedpaywall#_=_

HALL, Stuart. Notas sobre a desconstrução do popular. In: Da diáspora: Identidades e mediações culturais. Org. Liv Sovik; Tradução Adelaine Resende. Belo Horizonte: Editora UFMG; Brasília: Representação da UNESCO no Brasil, 2003.

HOLSTON, James. A cidade de Brasília: uma crítica de Brasília e sua utopia. São Paulo: Companhia das Letras, 1993.

JACOBS, Jane. Part One. The peculiar Nature of Cities. In: JACOBS, Jane. The Death and Life of Great American Cities. NY: Vintage Books, 1961, p. 29-142.

KUSCHNIR, Karina. Desenhando Cidades. Sociol. Antropol., Rio de Janeiro, v.2, n.4, p. 295-314, dez. 2012.

LASEVITZ, Rafael Simões. O jogo das cadeiras: o aqui fora e o lá dentro no pontão do Lago Sul. 2008. Monografia (Bacharelado em Ciências Sociais). Universidade de Brasília, Brasília, 2008.

MACHADO, Lia Zanotta; MAGALHÃES, Themis Quezado. Imagens do espaço: imagens de vida. In: PAVIANI, Aldo (Org.). Brasília, ideologia e realidade: o espaço urbano em questão. Brasília: UnB, 2 Ed, 2010. P. 285 - 321

MAGNANI, José Guilherme Cantor. De perto e de dentro: notas para uma etnografia urbana. Rev. bras. Ci. Soc. [online]. 2002, vol.17, n.49, pp.11-29.

MAUSS, Marcel. Ensaio sobre a Dádiva. Sociologia e Antropologia. 2 ed. São Paulo: Cosac & Naify, 2007.

MILLER, Daniel. A antropologia digital é o melhor caminho para entender a sociedade moderna. In: Entrevista de Monica com Daniel Miller. Revista Z Cultural. Ano X, 01. 1˚ semestre de 2015. Disponível em: https://bit.ly/2m48g3z

______________ et al. How The world changed social media. Londres: UCL Press, 2016.

MILLER, Toby. From creative to cultural industries: not all industries are cultural, and no industries are creative. In: Cultural Studies Vol. 23, No 1 January 2009, pp. 88-99. Disponível em http://dx.doi.org/10.1080/09502380802326660

OLIVEIRA, Alice Roberte de. Indústria Criativa: Trabalho e estilo de vida em Brasília. In: XV IBERCOM 2017, 2018, Lisboa. ANAIS IBERCOM 2017 - Comunicação Diversidade e Tolerância. São Paulo: Serviço de Biblioteca e Documentação. Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo, 2017. p. 1575-1594. Disponível em: www.assibercom.org/ebook-ibercom-2017.pdf.

PATRIOTA DE MOURA, Cristina. O urbano e suas múltiplas dimensões. Anuário Antropológico, v. 38, n. 2, p. 9-15, dez. 2013.

QUEIROZ, Adirley. A cidade é uma só? Documentário. Brasília. 2011.

RIBEIRO, Gustavo Lins. O capital da esperança: a experiência dos trabalhadores na construção de Brasília. Brasília: Editora Universidade de Brasília, 2008.

SIMMEL, George. As Grandes Cidades e a Vida do Espírito. In: Mana: estudos de antropologia social, vol. 11, n. 2, out 2005, p. 577-592. Rio de Janeiro: Programa de Pós-graduação em Antropologia Social do Museu nacional do Rio de Janeiro – UFRJ, 2005.

VELHO, Gilberto. Observando o familiar. In: A aventura sociológica. Nunes, Edson de oliveira (org.). Rio de Janeiro, Zahar Editores. 1978.

YÚDICE, George. A conveniência da cultura: usos da cultura na era global. Tradução: Marie-Anne Kremer. 2 ed. Belo Horizonte: UFMG, 2013.

Capa: ©Joana Traub Csekö

Descargas

Publicado

2019-12-19

Cómo citar

Martinelli, F. C., & Oliveira, A. R. de. (2019). Etnografia em uma "cidade em movimento": O evento Picnik e a ocupação do espaço público em Brasília. Revista Eco-Pós, 22(3), 281–307. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v22i3.27421

Número

Vol. 22 Núm. 3 (2019): Espaço Urbano e Imaginação Cultural

Sección

Perspectivas

Licencia

 

Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.

Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.

O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.

De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.

Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.