O paradoxal retorno do concreto
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v19i1.3349Abstract
Os cinco degraus da abstração do ser humano em relação ao mundo são bem conhecidos pelos especialistas na obra flusseriana. O objetivo deste artigo é defender a proposta de que esses graus de abstração podem ser tomados como um desenho conceitual para o desenvolvimento de uma antropologia cultural que abrange dos primatas até a humanidade atual imersa nos ambientes digitais. Para isso, o artigo busca discutir em alguns detalhes cada um dos graus da abstração que partem do mero estar no mundo e passam pela tri-bi e unidimensionalidade até alcançar a zerodimensionaliadade dos cálculos computacionais atuais. Detalhando com mais cuidado este último estágio da ausência de dimensionalidade, defende-se a ideia de que, sob a aparência do zero ou do nada, consuma-se aí um paradoxal retorno do concreto.
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