Mídia ativista e ação política na internet: a experiência do Centro de Mídia Independente

Autores

  • Kelly Cristina de Souza Prudencio Universidade Federal do Paraná
  • Marcelo Batalha Universidade de Campinas

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v12i3.934

Resumo

O surgimento do Centro de Mídia Independente, em 1999, representa um momento importante no ativismo político. Concebido como espaço para uma comunicação mais democrática, o CMI ou Indymedia coloca-se como adversário de um jornalismo padrão, o qual é acusado de fazer parte do projeto de globalização neoliberal, ao qual se opõem os chamados movimentos por justiça global (ou antiglobalistas, anticapitalistas e altermundistas). Oferece cobertura dos protestos, combina uma linguagem militante com a estrutura formal do jornalismo, resultando disso uma prática aqui chamada de "jornativismo". O artigo procura evidenciar como essa linguagem é construída estrategicamente, primeiro para agendar os temas dos ativistas na esfera pública, via mídia padrão, e segundo para firmar-se como interlocutores válidos no debate político sobre a globalização. Afirmamos que a comunicação do Indymedia não provoca apenas um ato ilocutório - produz o fato ao dizê-lo - mas também produz um ato perlocutório - os enunciados provocam transformações na realidade. Uma manifestação de sem-teto, em Goiânia, mostra como a ação do Indymedia participou da orientação e desfecho de uma desocupação.

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Biografia do Autor

Kelly Cristina de Souza Prudencio, Universidade Federal do Paraná

Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFPR

Marcelo Batalha, Universidade de Campinas

Mestrando em Ciência Política pela Unicamp

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Publicado

24-03-2010

Como Citar

Prudencio, K. C. de S., & Batalha, M. (2010). Mídia ativista e ação política na internet: a experiência do Centro de Mídia Independente. Revista Eco-Pós, 12(3). https://doi.org/10.29146/eco-pos.v12i3.934