Entre as alucinações do dia a dia: o tempo e a latinidade em Belchior

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v23i2.27474

Resumo

Neste artigo, a partir de uma leitura contextualizada, analisamos as relações entre o tempo e as marcas de latinidade engendradas no álbum Alucinação (1976), do cantor e compositor Belchior. O percurso metodológico é construído a partir da articulação de uma discussão sobre a cultura e o tempo social que se desdobra em três eixos analíticos: o debate sobre a contracultura articulada ao contexto de produção do álbum; a reflexão sobre as temporalidades sociais envoltas na obra e na dimensão poética das canções; e a emergência do prosaico como lugar de constituição da resistência. 

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Biografia do Autor

Denise Figueiredo Barros do Prado, Universidade Federal de Ouro Preto

Denise Prado é professora Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Doutora pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação Social da UFMG. É uma das líderes do GIRO – Grupo de Pesquisa em Mídia e Interações Sociais (UFOP/CNPq).

Cláudio Rodrigues Coração, Universidade Federal de Ouro Preto

Cláudio Coração é professor do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e do curso de Jornalismo da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP). Doutor em Comunicação: meios e processos audiovisuais pela ECA/USP. Coordenador do Grupo de Pesquisa 'Quintais: cultura da mídia, arte e política' (CNPq - UFOP)

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Publicado

21-11-2020

Como Citar

Prado, D. F. B. do, & Coração, C. R. (2020). Entre as alucinações do dia a dia: o tempo e a latinidade em Belchior. Revista Eco-Pós, 23(2), 255–278. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v23i2.27474

Edição

Seção

Perspectivas