Semiotical blues: artifícios da temporalidade nostálgica

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DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v18i3.2490

Resumo

O artigo reflete sobre o artifício da temporalidade na cultura contemporânea. Partimos de um encontro “pré-etnográfico” com um baile da saudade, tradicionais festas da cidade de Belém, caracterizadas pela remasterização de musicas dos anos 1970 a 1990 e por modos peculiares de sociabilidade para discutir o a persistência de uma sensibilidade nostálgica, estruturante dos tecidos intersubjetivos contemporâneos. A partir de um tipo-ideal, ao qual chamamos de semiotical blues, procuramos compreender os elementos estruturantes dessa sensibilidade nostálgica: o artifício da sua temporalidade narrativa, ou melhor, a sua temporalidade como um artifício narrativo. Utilizamos como referenciais centrais, na condução de nossa reflexão, o pensamento de M. Heidegger sobre a temporalidade quotidiana, o de J. Derrida sobre a questão da “metafísica da presença” e a perspectiva fenomenológica de A. Schutz, na percepção das reservas de experiência e das estruturas de pertinência presentes nos processos intersubjetivos e que, assim, compõem a cultura.

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Biografia do Autor

Fabio Fonseca de Castro, Universidade Federal do Pará

Doutor em sociologia pela Universidade de Paris V e pós-doutor pela Universidade de Montreal. Professor do Programa de Pós-graduação Comunicação, Cultura e Amazônia e da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal do Pará.

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Publicado

28-12-2015

Como Citar

Fonseca de Castro, F. (2015). Semiotical blues: artifícios da temporalidade nostálgica. Revista Eco-Pós, 18(3), 103–115. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v18i3.2490