Vigilância festiva: O Rio dos megaeventos
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v19i1.2224Resumo
Centro privilegiado do signo, da mídia e do código, a cidade é o lugar do consumo visual por excelência, proporcionando uma sensação de simultaneidade e de interconexão global. Verificamos isso particularmente em tempos de megaeventos, quando as cidades-sede recebem um influxo extraordinário de visitantes estrangeiros e entram num transe hiper-mediático. Em preparação para os megaeventos de 2014 e 2016, a cidade do Rio de Janeiro tem experimentado um choque de agenda permanente, caracterizado por importantes projetos de renovação urbana, acompanhados por remoções e pacificação de favelas. À afirmação oficial do Rio como cidade global e de megaeventos (esportivos e outros) corresponde uma vontade hegemônica de misturar espaço público festivo e publicidade. A partir dos trabalhos de Sharon Zukin e de David Harvey sobre consumo visual e controle social, questionamos a produção desse modelo de cidade festiva. No Rio de Janeiro mais particularmente, a festa hegemônica aparece como o lugar da resolução negativa, ou seja de uma negação dos conflitos.
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