A fotografia: um espelho da memória
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v12i2.954Resumo
As imagens especulares, como as refletidas no espelho, duram o tempo da própria reflexão. São imagens sem inscrição, sem registo. Mas toda imagem é idolatrada na medida em que nela prevalece a evencialidade do acto de presença. O mistério da presença, do toque, do ter estado lá, é a vulgar definição da imagem fotográfica. Aparentemente, a fotografia prolongaria o efeito especular na medida em que ela seria, tal como o espelho, um configurador de subjetividade. Sendo assim, o objetivo deste artigo é mostrar como a fotografia, definida como “espelho com memória”, não só leva aos limites sua própria fundamentação na reflexividade como o máximo de reflexividade coincide com a ruptura dessa mesma reflexividade para outros fluxos configuradores -- enceta uma outra configuração que poderíamos definir como objetualizante do corpo próprio refletido.Downloads
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