A fotografia: um espelho da memória

Autores

  • Maria Augusta Babo Universidade de Nova Lisboa

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v12i2.954

Resumo

As imagens especulares, como as refletidas no espelho, duram o tempo da própria reflexão. São imagens sem inscrição, sem registo. Mas toda imagem é idolatrada na medida em que nela prevalece a evencialidade do acto de presença. O mistério da presença, do toque, do ter estado lá, é a vulgar definição da imagem fotográfica. Aparentemente, a fotografia prolongaria o efeito especular na medida em que ela seria, tal como o espelho, um configurador de subjetividade. Sendo assim, o objetivo deste artigo é mostrar como a fotografia, definida como “espelho com memória”, não só leva aos limites sua própria fundamentação na reflexividade como o máximo de reflexividade coincide com a ruptura dessa mesma reflexividade para outros fluxos configuradores -- enceta uma outra configuração que poderíamos definir como objetualizante do corpo próprio refletido.

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Biografia do Autor

Maria Augusta Babo, Universidade de Nova Lisboa

Doutora em Comunicação Social, na área de especialidade em Semiologia, desde novembro de 1984, por equivalência ao Doctorat de 3ème cycle, obtido em Novembro de 1981, na Université de Paris VII -- Jussieu, sob a orientação de Julia Kristeva e a co-orientação de José Augusto Seabra. A tese, La Problématique du sujet dans le langage poétique, tem por objecto de análise o Livro do Desassossego, então inédito. Atualmente é professora associada da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Universidade de Nova Lisboa.

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Como Citar

Babo, M. A. (2009). A fotografia: um espelho da memória. Revista Eco-Pós, 12(2). https://doi.org/10.29146/eco-pos.v12i2.954