Um outro olhar sobre as periferias: a cobertura jornalística de revistas semanais brasileiras frente à emergência das práticas colaborativas na rede
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v16i3.833Resumo
O artigo analisa a cobertura jornalística brasileira sobre periferias reconhecendo um projeto editorial comum à mídia semanal de referência do país. Analisando a presença de ambivalências significacionais nos temas de fronteiras internacionais e de favelas nas revistas Veja, Época e IstoÉ, evidencia-se uma cobertura em totalidade na qual se sintetizam informações e busca-se manifestá-las com exatidão, no afã de verossimilhança. O agenciamento jornalístico mantém a noticiabilidade sobre as periferias numa condição discursiva ambígua que enquadra os acontecimentos ou como alarmes de incêndio ou como dispositivos panópticos que alertam continuamente a comunidade nacional/local para seus perigos. Seu estudo pela perspectiva do dispositivo panóptico de Jeremy Bentham apresenta-se assim apropriado como metáfora para a diversidade de situações de controle social na qual os controladores não se encontram expostos frente aos controlados. Questiona-se a voz corrente quando ela supõe que, com a proliferação das redes e mídias sociais, a metáfora do panóptico estaria desatualizada. Tecem-se algumas considerações sobre como a emergência de práticas colaborativas e de redes sociais está posicionando-se enquanto outra face da prática jornalística de referência. As mudanças nas práticas discursivas convertem-se numa nova ordem, em um contexto no qual os discursos profissionais e não profissionais encontram-se articulados por um conjunto de condições que lhes permitem existir.
Palavras-chave: cobertura jornalística; periferias; práticas colaborativas.
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