O ofício do invisível:
uma análise da presença de mulheres na obra História das livrarias cariocas de Ubiratan Machado até a década de 1970
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-ps.v27i2.28245Palavras-chave:
livrarias, mulheres livreiras, mercado editorial, História das livrarias, ApagamentoResumo
No trabalho propõe-se a mapear e analisar a presença das mulheres, na principal fonte histórica já compilada sobre livrarias brasileiras, em História das livrarias cariocas (2012), Machado, até a década de 1970. Breve panorama do cenário no período estabelecido que tem como marco o Estatuto da Mulher Casada que vigorava até 1962. Identificamos uma exposição da atividade livreira no Rio de Janeiro, a partir de uma narrativa histórica com relatos de casos corriqueiros e personalidades que frequentavam os estabelecimentos. Sessenta e cinco mulheres mencionadas nominalmente, pesquisadoras, escritoras, esposas, viúvas proprietárias, familiares, atendentes e atuantes em outros ofícios. As tipologias de Ribeiro (2020) foram utilizadas para analisar o apagamento sistemático desses agentes. Questionamentos advindos do feminismo decolonial que ratificam o modos patriarcal nos circuitos livrarias.
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