“Cais do Corpo”: o poder de imagens e vozes dissonantes na ressignificação da prostituição
DOI:
https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i3.27756Palavras-chave:
Precariedade, Prostituição, Ressignificação, Imagem, VozResumo
Este artigo se apoia no trabalho audiovisual da artista brasileira Virgínia de Medeiros intitulado “Cais do Corpo” para abordar o tema da precarização das vidas e pensar em possibilidades de resistência a esse processo. O vídeo expõe os efeitos violentos e excludentes do processo de “revitalização” da Praça Mauá, no Rio de Janeiro, debruçando-se sobre as experiências de prostitutas que vivem e trabalham nessa região. A partir dele e de ideias trazidas por autores contemporâneos, o trabalho pretende, em primeiro lugar, desenvolver uma discussão crítica sobre a sociedade atual, especialmente a brasileira, com suas técnicas de silenciamento e de eliminação de populações consideradas não humanas. Em segundo lugar, defender que o trabalho artístico, ao apostar na potência de imagens e vozes dos próprios sujeitos subalternizados, configura-se hoje como um espaço importante para a ressignificação de identidades socialmente colocadas no lugar da abjeção e da exclusão, como a das prostitutas.
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