Estraga-prazeres feministas (e outras sujeitas voluntariosas)

Autores

  • Sara Ahmed

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v23i3.27642

Resumo

Questionando da figura da “estraga-prazeres feminista”, este ensaio explora sua negatividade, bem como sua promessa de agência. Ao enquadrar o pensamento feminista como uma crítica da felicidade, sugere que a sujeita feminista deve ser entendida como uma “figura voluntariosa”. A obstinação feminista é, assim, entendida como o terreno incerto para uma política coletiva de tradução de emoções individuais, dor ou raiva diante das injustiças. Além disso, a figura feminista voluntariosa pode ajudar a compreender as formas pelas quais, nos espaços feministas, as mulheres negras foram reduzidas à sua raiva e designadas como causadoras das divisões produzidas pelo racismo. A posição de obstinação é, portanto, tanto um lugar de tensões políticas quanto um lugar de reivindicações.

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Biografia do Autor

Sara Ahmed

Estudiosa independente e escritora cujo foco passa por questões feministas, queer e raciais. Já foi professora em Lancaster University e Goldsmiths, University of London e professora visitante nas universidades de Cambridge (Inglaterra), Rutgers (EUA), Sidney e Adelaide (Austrália). É autora de uma dezena de livros, incluindo The Cultural Politics of Emotion (2004), Queer Phenomenology (2006), Willful Subjects (2014) e Living a Feminist Life (2017).

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Publicado

24-12-2020

Como Citar

Ahmed, S. (2020). Estraga-prazeres feministas (e outras sujeitas voluntariosas). Revista Eco-Pós, 23(3), 82–102. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v23i3.27642