“Não estamos aqui para brincar”

Considerações sobre transfeminismos, materialidades e audiovisibilidades do Projeto Existimos no Instagram

Autores

DOI:

https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i3.27588

Palavras-chave:

Liminaridades, Transfeminismo, Materialidades, Audiovisibilidades, Projeto Existimos

Resumo

O presente texto tem como objetivo principal problematizar o Projeto Existimos, perfil do Instagram que traz relatos de pessoas trans em situação de rua em São Paulo no período da pandemia do Covid-19. Fizemos uso   dos seguintes operadores conceituais: liminaridades, transfeminismo, materialidades, audiovisibilidades e utilizamos a Cartografia dos Sentidos como método de pesquisa.  O intuito é de iluminar o campo  da comunicação a partir de cruzamentos epistemológicos e teóricos radicados nos estudos de gênero, nos estudos feministas e na antropologia urbana.

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Biografia do Autor

Thiago Tavares das Neves, ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing

Doutor e mestre em Ciências Sociais (UFRN), fez estágio pós-doutoral em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM-SP). Possui graduação em Rádio e TV e em Jornalismo (UFRN). É vice-coordenador do GP Comunicação e Culturas Urbanas da Intercom. Participa do grupo Estudos Transdisciplinares em Comunicação e Cultura – Marginália e é pesquisador do GP Juvenália. Atualmente, cursa Licenciatura em Letras - Inglês (Estácio/RN). Tem experiência na área de Comunicação, com ênfase em corpo, afetos, festas de música eletrônica, tecnologia, educação a distância, antropologia urbana, filosofia pós-estruturalista, estudos de gênero.

Gabriela Cleveston Gelain, ESPM - Escola Superior de Propaganda e Marketing

Jornalista (UFSM), mestra em Comunicação (UNISINOS) e pesquisadora. Atualmente é doutoranda em Comunicação no PPGCOM em Comunicação e Práticas de Consumo (ESPM-SP), com apoio da CAPES. Mestra em Ciências da Comunicação (2017) pelo Programa de Pós-Graduação em Ciências da Comunicação da Universidade do Vale do Rio dos Sinos (UNISINOS). Ao longo do mestrado, também foi bolsista pela CAPES. Em 2020 tornou-se pesquisadora associada na rede de investigação latino-americana CLACSO, no GT Infancias y Juventudes e tornou-se membro da comitê científico da Punk Scholars Network (PSN) Brasil. Desde 2016, integra a equipe executiva do Congresso Internacional Keep It Simple, Make it Fast (KISMIF Conference) em Portugal, coordenado pela professora Paula Guerra (Universidade do Porto - FLUP). É pesquisadora no grupo de pesquisa Juvenália (PPGCOM/ESPM), coordenado por Rose de Melo Rocha e no grupo de pesquisa URBESOM (PPG UNIP-SP). 

Milene Migliano Gonzaga, UNIP

Professora do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), pesquisadora do Grupo de Estudos em Experiência Estética: Comunicação e Artes (GEEECA) da UFRB e também do Grupo de Pesquisa Juvenália: questões estéticas, geracionais, raciais e de gênero em comunicação e consumo do Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Consumo (PPGCOM) da ESPM/SP. Doutora em Arquitetura e Urbanismo, na linha Processos Urbanos Contemporâneos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Publicou Entre a Praça e a Internet: outros imaginários políticos possíveis na Praia da Estação, pela Editora UFRB, em 2020.

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Publicado

20-12-2021

Como Citar

Neves, T. T. das, Gelain, G. C., & Gonzaga, M. M. (2021). “Não estamos aqui para brincar”: Considerações sobre transfeminismos, materialidades e audiovisibilidades do Projeto Existimos no Instagram. Revista Eco-Pós, 24(3), 328–354. https://doi.org/10.29146/ecopos.v24i3.27588