Beco das Artes: Festas, imaginários e ambiências subversivas na cidade do Rio de Janeiro.
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v22i3.27389Resumo
A partir das considerações de que a festa: a) é historicamente uma paisagem urbana; b) imputa à rua novos comportamentos e usos sociais; c) apresenta a transição de uma paisagem cotidiana para uma festiva, propondo certa ruptura; d) carrega em si um possível caráter transgressor mediado pela ambiência noturna, o presente artigo tem como objetivo analisar as experiências festivas noturnas de rua a partir de práticas subversivas que se intensificaram nos últimos 5 anos na cidade do Rio de Janeiro, especificamente no Beco das Artes. Para tanto, nos alicerçamos nas teorias e metodologias da percepção, dos sentidos e do imaginário social.Downloads
Referências
BARROSO, Flávia Magalhães & FERNANDES, Cíntia Sanmartin. Os limites da rua: uma discussão sobre regulação, tensão e dissidência das atividades culturais nos espaços públicos do Rio de Janeiro. POLÍTICAS CULTURAIS EM REVISTA, v. 11, p. 100-121, 2019.
BEZERRA, Amélia Cristina Alves et al. Festa e identidade: a busca da diferença para o mercado de cidades. In: ARAUJO, FG B, de; HAESBAERT, R.(Orgs.). Identidades e territórios: questões e olhares contemporâneos. Rio de Janeiro: Access, 2007.
BRUNET, Roger. Les mots de la géographie: dictionnaire critique. Montpellier: Reclus, 1992.
CLAVAL, Paul. A paisagem dos geógrafos. Geografia cultural: Uma antologia, v. 1, p. 245-276, 2012.
DUVIGNAUD, Jean. Festas e Civilizações. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1983.
EAGLETON, Terry. A ideia de cultura. São Paulo: Unesp, 2005.
ECKERT, Cornelia. As variações “paisageiras" na cidade e os jogos da memória. Iluminuras: série de publicações eletrônicas do Banco de Imagens e Efeitos Visuais, LAS, PPGAS, IFCH e ILEA, UFRGS. Porto Alegre, n. 20, p.12-27, 2008.
FERNANDES, Cíntia S. & BARROSO, Flávia. M. Presença e atuação de mulheres em espaços culturais no Rio de Janeiro do século XIX: o que podem as mulheres em festa? REVISTA CONTRACAMPO, v. 38, p. 1-21, 2019.
FERNANDES, Cíntia S. & HERSCHMANN, Micael (orgs.) Cidades Musicais: Comunicação, Territorialidade e Política. Porto Alegre: Ed. Sulinas, 2018.
FERNANDES, Cíntia Sanmartin. Música e sociabilidade: o samba e choro nas ruas-galerias do centro do Rio de Janeiro. In: HERSCHMANN, Micael (org.) Nas bordas e fora do mainstream. São Paulo: Editora Estação das Letras e das Cores, 2011.
______. Sociabilidade, Comunicação e Política: a Rede MIAC como provocadora de potencialidades estético-comunicativas na cidade de Salvador. Rio de Janeiro: E-papers, 2009.
FERREIRA, Alvaro. O projeto de revitalização da zona portuária do Rio de Janeiro: os atores sociais e a produção do espaço urbano. Scripta Nova: revista electrónica de geografía y ciencias sociales, n. 14, p. 31-46, 2010.
GROPPO, Luís Antonio. Juventude: ensaios sobre sociologia e história das juventudes modernas. São Paulo: Difel, 2000.
HERSCHMANN, Micael. Espetacularização e alta visibilidade. In: FREIRE FILHO, J. & HERSCHMANN, M. (Orgs.). Comunicação, cultura e consumo. Rio de Janeiro: Ed. E-Papers, 2005.
LA ROCCA, Fabio. A cidade em todas as suas formas. Porto Alegre: Sulina, 2018.
______. A encenação do corpo e suas formas expressivas na cidade. In: SIQUEIRA, Denise. (org.) A construção social das emoções. Porto Alegre: Sulinas, 2015.
______. Ambiências climatológicas urbanas: pensar a cidade pós-moderna. Comunicação e Sociedade, v. 18, p. 157-164, 2012.
LEFEBVRE, Henri; FORTUNA, Carlos. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.
LUCHIARI, Maria Tereza Duarte Paes. A (re) significação da paisagem no período contemporâneo. Paisagem, imaginário e espaço. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2001.
MAFFESOLI, Michel. Homo eroticus: comunhões emocionais. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 2014.
_____. O ritmo da vida: variações sobre o imaginário pós-moderno. Rio de Janeiro: Record, 2007.
¬¬¬¬¬_____. O imaginário é uma realidade. Revista FAMECOS: mídia, cultura e tecnologia, v. 1, n. 15, 2006.
_____. Sobre o Nomadismo: vagabundagens pós-modernas, Rio de Janeiro: Record, 2001.
_____. O tempo das tribos: o declínio do individualismo nas sociedades de massa. São Paulo: Forense universitária, 1998.
MERLEAU-PONTY, Maurice. O Olho e o Espírito. São Paulo: Cosac & Naify, 2004.
_____. Fenomenologia da Percepção. São Paulo: Martins Fontes,1999.
MUMFORD, Lewis. A cidade na história: suas origens, transformações e perspectivas. São Paulo: Martins Fontes, 1998.
SIMMEL, George. Filosofia da Moda e outros escritos. Lisboa: Texto & Gráfia, 2008.
______. Questões fundamentais da sociologia: indivíduo e sociedade. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 2006.
ZUMTHOR, Paul. Performance, recepção e leitura. São Paulo: EDUC, 2000.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.
Você tem o direito de:
- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.
- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.
O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os seguintes termos:
- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.
Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.