As potências da “nostalgia ativa” na luta pela salvaguarda do Cine Vaz Lobo
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i3.14476Resumo
O artigo se debruça sobre o caso do Movimento Cine Vaz Lobo, grupo de ativistas formado em 2010 por antigos frequentadores do Cine Vaz Lobo (1941-1982) e moradores da Baixada do Irajá (área do subúrbio do Rio de Janeiro onde a extinta casa exibidora se localiza), cujas ações evitaram a demolição deste cinema art-déco, que, a despeito da longa desativação, é um notável marco referencial – arquitetônico, identitário e afetivo – para essa região e seus habitantes. O edifício do Cine Vaz Lobo constava na lista de equipamentos a serem derrubados para a implantação do corredor do Bus Rapid Transit (BRT) - Transcarioca, um dos pilares do projeto de remodelação da cidade do Rio de Janeiro para a realização dos megaeventos Copa do Mundo de 2014 e Jogos Olímpicos de 2016. Diante desse cenário, temos como foco de análise os modos como a “memória da ida ao cinema” – e, mais especificamente, a “nostalgia ativa” – pode mobilizar e engajar as audiências em campanhas e lutas pela salvaguarda de cinemas de rua ameaçados de desaparição. Nesse sentido, cremos que as produções de memória associadas às atividades e práticas discursivas dos membros do Movimento Cine Vaz Lobo, apesar da não reativação do cinema até o momento, trabalham como importantes vetores em meio à resistência a determinadas soluções citadinas orientadas por planos neoliberais de desenvolvimento urbano.
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