Mídia e pandemia: Os sentidos do medo na cobertura de Influenza H1N1 nos jornais cariocas

Autores

  • Kátia Lerner Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (LACES/ICICT/FIOCRUZ)
  • Pedro de Andréa Gradella Laboratório de Pesquisa em Comunicação e Saúde do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (LACES/ICICT/FIOCRUZ)

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v14i2.1204

Resumo

Este artigo tem como objetivo refletir sobre os modos pelos quais os jornais O Globo e O Dia construíram sentidos relativos à Influenza H1N1 em 2009. Buscamos identificar como esta cobertura construiu a narrativa sobre a pandemia, quais os sentimentos mobilizados e as eventuais demandas suscitadas. Identificamos que um dos principais sentimentos encontrados foi o “medo”, devido ao caráter de “novidade”, “imprevisibilidade” e a forte expectativa de letalidade apresentada. Um outro ponto importante esteve vinculado à atuação do poder público no enfrentamento da pandemia , onde o medo ora servia como justificativa para a atuação das autoridades, ora era a base para a sua desqualificação, aparecendo como fonte mesma de insegurança. A ele estavam associados outros sentimentos, como desproteção e indignação, gerando demandas por ação. No entanto, tratava-se de uma reivindicação que desqualificava a esfera da política, reforçando o espaço dos jornais como o grande lugar legítimo para tal.

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Como Citar

Lerner, K., & Gradella, P. de A. (2014). Mídia e pandemia: Os sentidos do medo na cobertura de Influenza H1N1 nos jornais cariocas. Revista Eco-Pós, 14(2), 33–54. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v14i2.1204