Cultura do consumo, Islã e a política do estilo de vida
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v6i1.1145Resumo
Desde o fim dos anos 1980, a estrutura econômica da Turquia vem sendo reformada paralelamente ao processo de integração do país na economia global de mercado. A adoção dos princípios de uma economia de mercado influenciou indivíduos e suas formas de se definir no dia-a-dia. Ao mesmo tempo, como conseqüência da cultura nacional e da identidade nacional homogeneizadas -- dois projetos da ideologia kemalista na qual o Estado-Nação foi baseado desde o estabelecimento da República Turca, em 1923 -- surge o problema da representação do “outro”. Duas tensões surgiram a partir de discussões sobre a representação dos “outros” marginalizados. A necessidade de definir o centro e a periferia provocou a primeira tensão, enquanto a segunda é resultado da busca de mecanismos de controle para fortalecer a ideologia do Estado-Nação, que tem o secularismo como um de seus princípios fundadores. O secularismo turco não é equivalente ao conceito de secularismo anglo-saxão, que inclui a “separação da Igreja e do Estado”. Na Turquia, secularismo é interpretado como a regulação e administração de práticas e instituições religiosas pelo Estado-Nação e seu agente, o Diretório Geral de Relações Religiosas. Desde a fundação da República Turca, esta interpretação de secularismo é chamada, na Constituição Turca, de laicismo, seguindo o modelo francês, com algumas restrições (G¶le, 1997: 64-5). Nos referimos à interpretação de secularismo da Republica Turca como “secularismo didático” e a definimos como moralista, pedagógica e também como um mecanismo de controle e ensino que concebe o secularismo como um estilo de vida ocidental.Downloads
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