“O pensamento de Simondon é uma fonte de invenção” Entrevista com Giovanni Carrozzini
DOI:
https://doi.org/10.29146/eco-pos.v20i1.10408Resumo
O filósofo italiano Giovanni Carrozzini é um dos mais importantes especialistas na obra de Gilbert Simondon. Ele publicou Gilbert Simondon: per un'assiomatica dei saperi. Dall'«ontologia dell'individuo» alla filosofia della tecnologia1 (2006) aos 25 anos de idade. Em seguida, organizou, com Vincent Bontems, o Atelier Simondon, grupo de pesquisa que, no encontro com Jean-Hugues Barthélémy e na revista Cahiers Simondon, tornou-se a referência obrigatória, na Europa e talvez no mundo inteiro, no corpus dos estudos sobre o filósofo francês atualmente na moda. Mais recentemente, em 2011, publicou Gilbert Simondon. Filosofo della mentalité technique2. No mesmo ano, publicou a edição completa em língua italiana de L'individuation à la lumière des notions de forme et d'information3, com traduções e notas críticas e biográficas de sua autoria. Em relação à Itália, logo após a morte de Simondon, Paolo Virno tinha levado a cabo a tradução de L'individuation psychique et collective4, que é, paradoxalmente, a obra menos considerada pelo próprio autor. Sabe-se bem que, graças a Virno e a amigos do autonomismo italiano (Toni Negri, Maurizio Lazzarato, Christian Marazzi, Franco Berardi etc.), as reflexões de Simondon adquiriram uma dimensão política quase insólita, considerando-se, sobretudo, suas preocupações tecnológicas. É, sem dúvida, a obra de Andrea Bardin -- presente neste dossiê da revista Eco-Pós com um texto esclarecedor -- que recupera as questões políticas possíveis na obra de Simondon com mais detalhe e precisão conceitual. Carrozzini, Bardin e os autonomistas, apesar de suas consideráveis diferenças, contribuíram amplamente para o conhecimento mundial de Simondon. Pode-se ver Carrozzini em uma longa entrevista a Pascal Chabot no começo de Simondon du désert5 (2013), filme de François Lagarde (https://vimeo.com/156520798). É possível sentir sua paixão por Simondon e pelo pensamento filosófico, assim como seguir com ele os caminhos de uma descoberta, porque é claro que o filósofo francês, morto em 1989, é uma das principais novidades do pensamento contemporâneo.Downloads
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