A multidão e o comum da comunicação: Cordel dos Sem

Autores

  • Barbara Szaniecki

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v15i2.896

Resumo

Em sua trilogia (estou me referindo a Império, Multidão e Commonwealth, este último ainda não traduzido para o português), Antonio Negri e Michael Hardt apresentam suas ferramentas conceituais para apreender e lutar no atual contexto imperial erguido sob um tripé: a bomba, o dinheiro e o éter. Na globalização, a comunicação -- o éter -- adquiriu uma enorme importância a ponto de se confundir com o próprio processo imperial. Não há paz ou guerra que se sustente sem a comunicação. Não há boom ou crise econômica que não seja amplificada pela comunicação. Neste artigo pretendo desenhar um rápido panorama de como o tema da comunicação aparece na trilogia de Hardt e Negri para, uma vez analisado o contexto imperial e a constituição da multidão em luta, abordar mais especificamente a questão do “comum na comunicação” e pensar na constituição ou composição de uma alter-narrativa, ou seja, de uma narrativa dos movimentos urbanos como os dos Sem Teto, Sem Trabalho e Sem Mídia ou, como prefiro, Sem Máquinas Expressivas. Um SEM, contudo, que é um COM, ou seja, potência constituinte e não ausência ou falta: um Cordel dos Sem.

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Publicado

08-01-2013

Como Citar

Szaniecki, B. (2013). A multidão e o comum da comunicação: Cordel dos Sem. Revista Eco-Pós, 15(2), 4–15. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v15i2.896