Caçando capivara: com o cinema-morcego dos TikmÅ©'Å©n

Autores

  • André Brasil Universidade Federal de Minas Gerais

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v19i2.3262

Resumo

O artigo aborda o filme Caçando capivara (2009), realizado pela comunidade TikmÅ©'Å©n (Maxakali) da Aldeia Vila Nova, em Minas Gerais, atentando-se ao modo como traços do xamanismo tikmÅ©'Å©n inscrevem-se concretamente nas imagens. O filme acompanha um grupo de caçadores (cineastas-caçadores, caçadores-cineastas) que, junto aos yãmÄ©yxop (povos-espíritos com os quais mantêm aliança), saem em busca da capivara (animal tornado raro na região, outrora rica em diversidade). Para que a quase impossibilidade da caçada se transforme em possibilidade, é preciso que a dimensão fenomenológica do cinema se altere, seja habitada, por uma dimensão cosmológica; que a paisagem desertificada seja povoada por afetos, agências e seres existentes e extintos, visíveis e invisíveis. Tomando emprestada sua dinâmica aos cantos xamânicos dos TikmÅ©'Å©n, Caçando capivara sugere a possibilidade de um “cinema-morcego”, que aciona, quem sabe, uma outra modalidade de visão.

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Biografia do Autor

André Brasil, Universidade Federal de Minas Gerais

Departamento de Comunicação Social da UFMG

Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFMG

Grupo de Pesquisa Poéticas da Experiência

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Publicado

16-09-2016

Como Citar

Brasil, A. (2016). Caçando capivara: com o cinema-morcego dos TikmÅ©’Å©n. Revista Eco-Pós, 19(2), 140–153. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v19i2.3262