Mágica, poesia e espetáculo: “Viagem à Lua” e uma ubiquidade moderna

Autores

  • Gustavo Castro Silva Universidade de Brasília
  • Ciro Inácio Marcondes Universidade de Brasília / Sorbonne- Paris IV

DOI:

https://doi.org/10.29146/eco-pos.v18i1.1950

Resumo

Viagem à Lua, o famoso filme de Georges Méliès, captura a essência da era moderna e do que o cinema em si se transformaria em três frentes que podem ser identificadas tanto na trajetória comercial do filme quanto nos temas que trabalha: primeiro, uma filiação à arte-espetáculo, reconhecendo-se como tal e incapaz de distinguir uma coisa da outra; em segundo lugar, o reconhecimento da própria condição técnico-industrial da modernidade, sendo o filme um inventário de temas positivistas, colonialistas, progressistas; por último, o filme aponta para uma dimensão mais autoral e artística do cinema, através de sua relação com a mágica, a magia e a poesia. 

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Biografia do Autor

Gustavo Castro Silva, Universidade de Brasília

Poeta, escritor, jornalista, doutor em antropologia pela Pontifícia universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), professor de estética da graduação e da pós-graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília (UnB).

Ciro Inácio Marcondes, Universidade de Brasília / Sorbonne- Paris IV

Atualmente cursa Doutorado na linha Imagem e Som no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Comunicação da Universidade de Brasília. Entre 2014-15, realiza o Doutorado-Sanduíche no Centre des Recherches Interdisciplinaires sur les Mondes Ibériques Contemporains (CRIMIC) na Université Paris IV-La Sorbonne, em Paris. É mestre em Literatura, tendo defendido a dissertação "Limite: o poema em filme" pelo Programa de Pós-Graduação em Literatura do Departamento de Teoria Literária e Literaturas da Universidade de Brasília (UnB). Possui graduação em Letras - Português, licenciatura pela Universidade de Brasília (2005).

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Publicado

20-07-2015

Como Citar

Silva, G. C., & Marcondes, C. I. (2015). Mágica, poesia e espetáculo: “Viagem à Lua” e uma ubiquidade moderna. Revista Eco-Pós, 18(1), 104–119. https://doi.org/10.29146/eco-pos.v18i1.1950