Revista Eco-Pós
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Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRJEscola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiropt-BRRevista Eco-Pós2175-8689<p> </p> <p>Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.</p> <p>Você tem o direito de:<br />- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.<br />- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.</p> <p>O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.</p> <p>De acordo com os seguintes termos:<br />- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.<br />- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.</p> <p><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: small;">Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.</span></span></p>Necroinfância:
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<p>O objetivo deste texto é discutir algumas estratégias midiáticas que favorecem política de morte contra as crianças negras. Resgatamos a noção de dispositivos de Foucault e abordamos as mídias como parte dos dispositivos, por seu potencial de interlocução de longo alcance. Mostramos como a sociedade brasileira é engendrada pelo dispositivo de racialidade, o qual produz uma heterogeneidade de práticas racistas que se articulam e se realinham para cumprir o objetivo de eliminar – pela necropolítica e pelo epistemicídio – os sujeitos negros. O texto traz uma análise comparativa das coberturas do <em>Caso Henry</em> e do caso dos <em>Meninos desaparecidos de Belford Roxo</em>, realizadas pelo programa Fantástico, durante um ano. O estudo mostra como a mídia atua em prol do dispositivo de racialidade promovendo comoção em torno do caso que envolve uma criança branca, mas não no caso das crianças negras.</p>Pâmela Guimarães da Silva
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2024-10-072024-10-0727232735110.29146/eco-ps.v27i2.27997Consumo de Jornalismo Imersivo
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<p>O presente estudo investiga a compreensão e a apreensão do consumo da peça jornalística imersiva em 360 graus <em>Rio de Lama: a maior tragédia ambiental do Brasil</em>. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, por meio de um estudo de caso, no qual cinco consumidores realizaram o consumo imersivo da peça com óculos de realidade virtual e fones de ouvido, com posterior análise de conteúdo. A fundamentação teórica se baseia em Witmer e Singer, 1998; Slater e Wilbur, 1997; Aronsonrath <em>et al.</em>, 2015, Domínguez, 2013a; De La Peña <em>et al</em>., 2010; Slater e Wilbur, 1997) e Domínguez, 2013a; Sirkkunen <em>et al</em>., 2016; Steinfeld, 2019; Bujic <em>et al</em>., 2020. Os resultados indicam mudança na compreensão do acontecimento. Assim como a sensação de presença e empatia foram responsáveis por gerar contextualização, conexão e sensibilidade com o acontecimento.</p>Angelo Eduardo RochaPaula Melani Rocha
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2024-10-072024-10-0727235237710.29146/eco-ps.v27i2.28127Vício nas telas, tempo de sono e a crise do pensamento simbólico
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28065
<div> <p>No presente artigo refletimos sobre a conexão entre o vício nas telas e a crise do pensamento simbólico. Essa dependência patológica retroalimenta a substituição do tempo de contato com as imagens oníricas, que deveria se dar durante o sono, pelo tempo de utilização da internet. Partindo da revisão bibliográfica interdisciplinar como recurso metodológico, utilizamos dados da comunicação, neurociência, psicologia e sociologia, para aprofundarmos a discussão sobre a importância do sono e do sonho para o processo de desenvolvimento cognitivo e comunicacional, tanto do ponto de vista individual, como do coletivo e discutimos como a utilização ideológica capitalista e predatória do imaginário, através de práticas que visam privar as pessoas, cada vez mais, de suas capacidades simbólicas e reflexivas, afastam o indivíduo do tempo-espaço de um dos últimos redutos da expressão das imagens endógenas: o sonho.</p> </div>José Luiz Balestrini JuniorSandra Helena Vieira MaiaMalena Contrera
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2024-10-072024-10-0727237839810.29146/eco-ps.v27i2.28065A semiótica da ironia nos videogames
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28070
<p>O presente artigo propõe um modelo analítico a partir do qual a ironia pode ser empregada como ferramenta de análise formal da poética dos videogames. No tocante ao conceito de ironia verbal e/ou visual, recorremos ao aporte teórico proporcionado por Ducrot (1987), Brait (2008) e Scott (2004); e às especificidades composicionais dos jogos, exploramos à teoria sobre procedimentalidade elaborada por Bogost (2007, 2008) para propor uma forma de analisar a ironia nos videogames a partir da articulação entre as três linguagens que julgamos mais significativas para sua composição: a verbal, a (audio)visual e a procedimental. Testamos a proposta aplicando-a à análise da ironia no videogame Orgasm simulator (Molleindustria, 2003). Conclui-se que a ironia é construída e marcada pela combinação de sistemas semióticos variados, e que sua linguagem procedimental é capaz de significar ironicamente.</p>Natalia CorbelloMárcio Roberto do Prado
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2024-10-072024-10-0727239942110.29146/eco-ps.v27i2.28070Visualidades e construção identitária cotidiana
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28105
<p>O objetivo deste estudo é compreender que a construção da identidade por meio da imagem faz parte da linguagem cotidiana em um contexto cultural visual. A imagem pode ser relida como parte de uma identidade visual voltada ao consumo, conforme Lefebvre, e publicizada como mercadoria, em uma perspectiva historiográfica das práticas cotidianas de subjetivação. Articulamos que a imagem expressa uma linguagem capaz de compor e publicizar a identidade nas plataformas sociais, que esta representação pode se comportar como mercadoria e que a constante releitura dos modos de expressão social é importante para a conformação da imagem histórica que a sociedade faz de si mesma. Observamos ainda que a performatividade de si, mediada por e limitada às possibilidades vernaculares das plataformas, cria maneiras de existir e se mostrar que alteram as práticas de sociabilidade. Com isso, apontamos o papel historiográfico dos estudos visuais para pensar a produção ideológica imagética nas construções narrativas da sociedade pictórica.</p>Jader Lúcio da Silva Jr. Alexandre FarbiarzMichele Pucarelli
Copyright (c) 2024 Jader Lúcio da Silva Jr. , Alexandre Farbiarz, Michele Pucarelli
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2024-10-072024-10-0727242244110.29146/eco-ps.v27i2.28105Mirando montagens nas encarnações da Secca de 1877/78 em fotografias de corpos flagelados
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<p>O conjunto fotográfico em carte-de-visite intitulado <em>Secca de 1877/78</em>, realizado em colaboração entre José do Patrocínio e Joaquim Antônio Corrêa, mobiliza corpos de retirantes em Fortaleza para compor imaginários sobre os flagelos da fome e da miséria que assolavam a região em período de estiagem. Em conjunto com relatos jornalísticos, as imagens de corpos flagelados constituíram-se como testemunhos visuais da barbárie frente aos moradores da Guanabara que se recusavam a acreditar nas narrativas partilhadas por jornais e por parlamentares demandando políticas de assistência. Associadas a frases que propõem sentidos às imagens, retomamos estas proposições tomando-as como ‘montagens’ pelas quais nos propomos a discutir sobre as relações com o corpo no ato fotográfico a partir das inscrições emergentes naquele contexto e nas composições de arquivo em que as acessamos.</p>Daniel MacêdoPoliana SalesCaroline Vieira Sant'Anna
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2024-10-072024-10-0727244246110.29146/eco-ps.v27i2.28184Inimigas naturais dos livros
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28297
<p>Esta resenha crítica visita a primeira publicação brasileira do livro <em>Inimigas Naturais dos Livros: uma história conturbada das mulheres na impressão e na tipografia</em>, publicado pelo Clube do Livro do Design, em 2022, examina a complexa e frequentemente negligenciada participação das mulheres na história da impressão e da tipografia. O livro destaca as barreiras enfrentadas por mulheres em uma indústria tradicionalmente dominada por homens, revelando de que formas contribuíram significativamente para o campo, apesar das adversidades. A obra explora as histórias de mulheres pioneiras que desafiaram as normas de gênero para fazer suas marcas na tipografia e na impressão, e que muitas vezes foram apagadas ou subestimadas na narrativa histórica oficial.</p>Raissa Baptista
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2024-10-072024-10-0727246246910.29146/eco-ps.v27i2.28297O vício dos livros
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28249
<p>Resenha de obra do multiartista português Afonso Cruz, O vício dos livros (2024), um conjunto de ensaios que tematizam os meandros, confluências e atravessamentos entre o livro e a pessoa leitora/escritora para além da singularidade da experiência individual.</p>Sabrina Paixão Brésio
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2024-10-072024-10-0727247047710.29146/eco-ps.v27i2.28249Apresentação – “O livro hoje: leitura e diversidade”
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28402
<p>Editorial - Revista Eco-Pós<strong>, </strong>v. 27, n. 2, 2024</p> <p>Ana Elisa Ribeiro (CEFET-MG) <br>Isabel Travancas (ECO-UFRJ)</p> <p> </p> <p> </p>Ana Elisa RibeiroIsabel Travancas
Copyright (c) 2024 Ana Elisa Ribeiro, Isabel Travancas
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2024-10-072024-10-072721310.29146/eco-ps.v27i2.28402Editorial e expediente
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28403
<p>Revista Eco-Pós<strong>,</strong> v. 27, n. 2, 2024</p> <p>Antonio Fatorelli, Isabel Travancas, Lucas Murari <br>Com a colaboração da equipe da Revista Eco-Pós</p>Antonio FatorelliIsabel TravancasLucas Murari
Copyright (c) 2024 Antonio Fatorelli, Isabel Travancas, Lucas Murari
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2024-10-072024-10-0727241010.29146/eco-ps.v27i2.28403Entrevista com Laurence Hallewell
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28405
<p>Nesta breve conversa com o historiador inglês Laurence Hallewell autor da maior obra sobre a história do livro no país – <em>O livro no Brasil </em>– ele conta que, graças ao seu emprego como bibliotecário na universidade, começou sua pesquisa. Ela foi uma forma de preencher a ausência de estudos e obras sobre a edição de livros no Brasil. Um dos seus desafios foi melhorar o conhecimento da língua portuguesa para estudar e conhecer a história do país. Hallewell destaca também a importância e a necessidade de escrever sobre os editores e outros envolvidos com a edição no Brasil. Ao final da entrevista chama a atenção para que a cultura se afaste do autoritarismo.</p> <p><strong> </strong></p>Ana Elisa RibeiroIsabel Travancas
Copyright (c) 2024 Ana Elisa Ribeiro, Isabel Travancas
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2024-10-072024-10-0727230731110.29146/eco-ps.v27i2.28405Discurso e poder
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28216
<p>Teun A. van Dijk é considerado um dos pioneiros nos Estudos Críticos do Discurso (ECD), que analisa a relação entre cognição, discurso e sociedade, tendo como foco principal o abuso de poder e a desigualdade social. Com mais de 30 livros publicados, é fundador do Centre of Discourse Studies, em Barcelona. Nesta entrevista, o linguista aborda, entre outros aspectos, o avanço da extrema direita e as adaptações discursivas realizadas em diferentes países. E aponta também para a esperança através da educação e da pesquisa.</p>Rosangela Fernandes
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2024-10-072024-10-0727231232610.29146/eco-ps.v27i2.28216Relações entre design e livro nas modulações gráfico-editoriais da obra Bibi, de Gustavo Piqueira, publicada pela editora Lote 42
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28224
<p>O estudo explora as modulações gráfico-editoriais no livro <em>Bibi</em>, de Gustavo Piqueira, a partir das especificações técnicas de cada caderno da brochura e suas relações com a construção literária e o desenvolvimento da narrativa. Ao explorar a metalinguagem, nos faz pensar sobre a natureza dos livros. Ao contrário da tendência predominante, no qual os paratextos servem ao texto na construção da obra, a proposta celebra o espaço de experimentação gráfica em que a tradicional hierarquia entre literatura e design se desfaz na experiência poética da narrativa. Em um movimento interno, a reordenação da edição, assim como uma reestruturação do fluxo editorial, os lugares do editor, do autor, do designer, do impressor se confundem e ora se amalgamam; e, em um movimento externo. Vemos o livro como produto de um meio heterogêneo que se expressa pela refração do mundo político no campo editorial.</p>Tarcísio Martins FilhoHelena de Barros Ezequiel
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2024-10-072024-10-07272112410.29146/eco-ps.v27i2.28224Cenário Editorial em Alagoas
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28255
<p>Este artigo discute dados parciais da pesquisa <em>Pensar edição em Alagoas: o cenário editorial alagoano a partir das editoras independentes e de processos de autopublicação</em>, em andamento no Instituto Federal de Alagoas. O objetivo é analisar o cenário editorial alagoano e os impactos provocados pelas editoras independentes (Muniz Júnior, 2020) e pelas estratégias de autopublicação (Vechio, 2020) para a literatura contemporânea em Alagoas. Destaca-se a importância de analisar o protagonismo de mulheres nesse cenário e a publicação de livros de autoria feminina e negra, com ênfase nos impactos da Lei Aldir Blanc (BRASIL, 2020), a partir do mapeamento das editoras independentes. As pesquisas bibliográfica e de campo com aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas foram adotadas. Os resultados parciais obtidos apontam uma mudança significativa no cenário editorial alagoano.</p>Elaine Rapôso
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2024-10-072024-10-07272254510.29146/eco-ps.v27i2.28255Aspectos históricos e mercado editorial contemporâneo
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28291
<p>O artigo apresenta um mapeamento das editoras no Rio Grande do Norte, compreendidas como instrumentos essenciais na difusão das diversas linguagens artísticas, do conhecimento, das humanidades e da filosofia. Ao mesmo tempo, esses empreendimentos se configuram como agentes relevantes na economia criativa, demandando políticas públicas específicas, sob o viés da cultura, do entretenimento e das indústrias criativas. O objetivo é enumerar e mapear as micro e pequenas empresas, além dos empreendedores individuais, que atuam no setor editorial. Empregando como metodologia pesquisa documental e levantamento de dados por intermédio de formulários respondidos por editores e responsáveis administrativos. Como resultado, verificou-se a existência de 69 empresas e agentes no Rio Grande do Norte, a maioria delas sediadas na Grande Natal.</p>Ruy Alkmim Rocha FilhoJosé Correia Torres Neto
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2024-10-072024-10-07272466810.29146/eco-ps.v27i2.28291Memória, experiência estética e modos de resistência no selo Andarilha Edições
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28243
<p>Este artigo analisa as estéticas visuais que compõem o selo editorial da Andarilha Edições e como essas acionam um diálogo entre memória, experiência estética e modos de resistência. Para tanto, propomos uma metodologia experimental de <em>andarilhagem</em>, buscando entender os processos envolvidos na materialização visual das literaturas. Em seguida, evidenciamos a maneira como a editora adota um movimento de andarilhar buscando observar as práticas sociais cotidianas, costurando e bordando esse espaço e dinâmicas em suas literaturas. Por fim, acionamos o termo Bahia-Recôncavo para apresentar o modo como a editora de livros promove uma espécie de dissenso e de partilha do sensível estético-política ao demarcar as características e especificidades culturais ligadas ao território do Recôncavo e a publicação de literaturas de comunidades minoritárias.</p>Tais Lima Gonçalves Amorim da SilvaDaniela Abreu Matos
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2024-10-072024-10-07272699210.29146/eco-ps.v27i2.28243A Editora Guaíra
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28257
<p>Este artigo examina a formação do editor Oscar Joseph de Plácido e Silva e as estratégias de estreia da Editora Guaíra. Fundada em 1939, a empresa superou a falta de tradição editorial do Paraná e alcançou relativo sucesso no mercado nacional ao publicar autores renomados. O estudo destaca a importância da rede de contatos e das coleções editoriais para a inserção no mercado competitivo do final da década de 1930 e anos iniciais da década de 1940. Conclui-se que a trajetória da Guaíra reflete as dinâmicas e desafios do mercado editorial brasileiro do século XX.</p> <p><span style="font-weight: 400;"> </span></p>Gilvana De Fátima Figueiredo Gomes
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2024-10-072024-10-072729311910.29146/eco-ps.v27i2.28257A edição como prática discursiva
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28234
<p>O artigo propõe a analisar a edição como prática discursiva a partir da Clima, livraria, gráfica e editora de Natal (RN). Sob o comando do jornalista Carlos Lima, entre 1978 e 1998, 195 títulos de norte-rio-grandenses foram publicados. Como recorte de uma pesquisa maior em andamento, o estudo toma como materiais de análise o catálogo dos títulos lançados e algumas matérias (notícias e resenhas) publicadas na imprensa. A partir da Análise do Discurso e da História da Cultura Escrita, busca-se aprender como o projeto editorial, nas décadas de 1980 a 1990, constituiu-se como prática discursiva no exercício de posições-sujeito implicadas em seu funcionamento e do uso de espaços e equipamentos da cidade ligados aos sujeitos e às ações da CLIMA. Pode-se afirmar que foi fundamental para consolidar uma comunidade discursiva de autores e leitores e o fortalecimento do campo editorial e literário.</p> <p><em> </em></p>Cellina Rodrigues MunizAnna Beatrys MouraGilvan Araújo de Almeida
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2024-10-072024-10-0727212013810.29146/eco-ps.v27i2.28234Leitura de livro digital
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28252
<p>O presente artigo busca refletir sobre a leitura de livro digital na contemporaneidade a partir do consumo realizado em meio a pirataria. Desse modo, será discutido sobre os impactos da Revolução Digital com base em John B. Thompson (2021, 2023) e a cultura da pirataria intrínseca nas práticas de consumo e acesso aos livros. A leitura de livro digital será ponderada com as racionalidades do consumo propostas por Néstor García Canclini (1991, 1997, 2008, 2014, 2015) e tencionada com os dados empíricos oriundos de uma pesquisa maior com estudantes universitários, a qual contou com questionários, registro de leituras e entrevistas no ano de 2023. Cabe ressaltar que o artigo não tem finalidade de realizar apontamentos éticos sobre essas práticas ilícitas, mas trazer visibilidade para um dos modos com que os livros digitais estão sendo consumidos atualmente.</p> <p><em> </em></p>Sandra DepexeLavínia Neres Feronato
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2024-10-072024-10-0727213916210.29146/eco-ps.v27i2.28252BookTok
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28273
<p>O BookTok emergiu como uma poderosa plataforma de recomendações literárias, redefinindo o panorama do mercado editorial, com potencial de influenciar os hábitos de leitura, especialmente entre os jovens. Inspirado em comunidades semelhantes como o BookTube e o Bookstagram, o BookTok se destaca no TikTok pela sua capacidade de engajar os usuários em vídeos curtos e lúdicos sobre livros. Este artigo parte da hipótese de que o BookTube apresenta-se como importante agente na promoção da leitura. A partir desse pressuposto, buscou-se mapear os principais tiktokers literários no país e identificar as características dessa prática de produção de conteúdo. Foram observadas as posições de leitores presentes nessas comunidades (leitor neófito informado; colecionador; lúdico; aspirante a especialista) e os gêneros dos vídeos, entre os quais resenhas, recomendações, resumos, vlogs, trends e aulas.</p>Issaaf KarhawiSarah Sofia Szabó IossiCarla Montuori Fernandes
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2024-10-072024-10-0727216319010.29146/eco-ps.v27i2.28273Instapoesia
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28228
<p>Partindo do fenômeno chamado de instapoesia, este artigo tem como objetivo comentar as dinâmicas dos usuários que utilizam o <em>Instagram</em> para se lançarem como poetas, com reflexões sobre as maneiras com as quais tais autores escrevem e interagem com os seguidores na mídia social. O percurso é iniciado com discussões sobre a própria definição de instapoesia, bem como a plataforma e suas affordances. Logo em seguida, são apresentados apontamentos a partir do estudo netnográfico (Montardo; Jung Rocha, 2005) do perfil dos artistas Rupi Kaur, Igor Pires, Atticus e Amanda Lovelace, que tiveram todas as suas postagens durante o primeiro trimestre de 2022 analisadas de modo a se observar as especificidades desse fazer instapoético em relação às demais emergências literárias dentro e fora dos artefatos digitais.</p>Helvio CaldeiraBruno Guimarães Martins
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2024-10-072024-10-0727219120710.29146/eco-ps.v27i2.28228O que Podem Anne Frank, a Escola e a Família?
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28264
<p>Neste trabalho propõe-se uma análise do crescente fenômeno de perseguição a livros no Brasil, partindo de casos recentes de suspensão da novela gráfica do <em>Diário de Anne Frank,</em> em duas escolas brasileiras. Assumindo que não existe livro fora de uma estrutura social, cultural e econômica, a investigação se constitui como um estudo de caso, voltado para a compreensão de como esse fenômeno interpela a ideia de censura não como a regulação do que pode ou não ser lido, mas desenvolve uma concepção de leitura que seja apropriada para crianças e adolescentes. O trabalho demonstra como ocorrências de banimento, cerceamento e controle em outros países se relacionam com o caso, reverberando, no nível local, as iniciativas do movimento antigênero em escala a global. Também se discute como essa ofensiva tem na família um papel central e cada vez mais inquestionado no controle sobre os livros.</p>Carolina Cavalcanti Falcão
Copyright (c) 2024 Carolina Cavalcanti Falcão
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2024-10-072024-10-0727220823010.29146/eco-ps.v27i2.28264Leituras na Penitenciária Feminina da Capital
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28250
<p>Este artigo trata das rodas de leitura realizadas na Penitenciária Feminina da Capital (PFC), em São Paulo, entre junho de 2023 e abril de 2024, sob responsabilidade da Associação Liberdades Poéticas. Tem como objetivo abordar como mediadores(as) estimulam a leitura entre pessoas privadas de liberdade, visando a educação criativa. Tem como eixos teóricos a literatura como direito humano e o paradigma da desistência do crime. Analisa dados derivados de registro de observação participante nas rodas de leitura na PFC como recorte do estudo de caso sobre remição de pena por leitura. Conclui que as práticas de leitura estimulam a aprendizagem, melhoram as relações interpessoais, reativam as memórias e ajudam a tolerar melhor a vida na prisão, fatores fundamentais nos processos da pós liberdade e de desistência do crime.</p>Barbara HellerRubens Heller MandelPriscila Ferreira PerazzoIsabel Cristina de Araújo Rodrigues
Copyright (c) 2024 Barbara Heller, Rubens Heller Mandel, Priscila Ferreira Perazzo, Isabel Cristina de Araújo Rodrigues
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2024-10-072024-10-0727223125310.29146/eco-ps.v27i2.28250O ofício do invisível:
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28245
<p>No trabalho propõe-se a mapear e analisar a presença das mulheres, na principal fonte histórica já compilada sobre livrarias brasileiras, em <em>História das livrarias cariocas </em>(2012), Machado, até a década de 1970. Breve panorama do cenário no período estabelecido que tem como marco o Estatuto da Mulher Casada que vigorava até 1962. Identificamos uma exposição da atividade livreira no Rio de Janeiro, a partir de uma narrativa histórica com relatos de casos corriqueiros e personalidades que frequentavam os estabelecimentos. Sessenta e cinco mulheres mencionadas nominalmente, pesquisadoras, escritoras, esposas, viúvas proprietárias, familiares, atendentes e atuantes em outros ofícios. As tipologias de Ribeiro (2020) foram utilizadas para analisar o apagamento sistemático desses agentes. Questionamentos advindos do feminismo decolonial que ratificam o modos patriarcal nos circuitos livrarias.</p>Leticia Santana GomesSamara Mírian Coutinho
Copyright (c) 2024 Leticia Santana Gomes, Samara Mirian Coutinho
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2024-10-072024-10-0727225427710.29146/eco-ps.v27i2.28245Femedição
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28404
<p>O objetivo deste trabalho é dar conta das mudanças materiais e simbólicas que ocorrem nos modos de produção e circulação da literatura em língua espanhola, quando as mulheres participam das equipes editoriais de editoras independentes. Trata-se então, de tornar visível o trabalho editorial cada vez mais notável que as mulheres estão a realizar na Ibero-América, bem como a multiplicação de rótulos feministas, ao mesmo tempo que, numa perspectiva de género, questiona a tradição associativa tradicional que vinculou editoras a certos gêneros, como a literatura infantil. Propõe-se uma reflexão sobre a relação específica entre feminismo (materialista) e publicação independente: em que consiste uma práxis editorial feminista? Parte-se de algumas categorias de Delphy, Gago e Kergoat para pensar como estão sendo desenvolvidas políticas editoriais “desobedientes” na América Latina e na Espanha.</p>Ana Gallego Cuiñas
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2024-10-072024-10-0727227830610.29146/eco-ps.v27i2.28404