Revista Eco-Pós
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Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRJEscola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiropt-BRRevista Eco-Pós2175-8689<p> </p> <p>Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.</p> <p>Você tem o direito de:<br />- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.<br />- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.</p> <p>O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.</p> <p>De acordo com os seguintes termos:<br />- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.<br />- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.</p> <p><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: small;">Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.</span></span></p>Alfabetização Midiática por uma sociedade mais inclusiva e sustentável
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<p>Neste artigo, defendemos a alfabetização midiática como um elemento essencial para a saúde do ecossistema de comunicação, mapeando o campo para uma teoria da mudança. Este artigo compartilha um elemento do projeto mais amplo, pelo qual a teoria da mudança foi utilizada para avaliar a última década de intervenções do letramento midiático para o governo do Reino Unido e em colaboração com o regulador britânico Ofcom. Argumentamos que as pessoas que utilizam o seu letramento midiático para obter consequências positivas podem melhorar a saúde do ecossistema, mas, por meio desta pesquisa, vemos a necessidade de o campo da alfabetização midiática reivindicar menos para mudar mais.</p>Julian McDougallJulia Weiss
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2025-06-192025-06-19281194810.29146/eco-ps.v28i1.28540Letramento em Ecomídia
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<p>Este artigo apresenta o campo emergente do letramento<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a> em ecomídia, que explora as complexas relações entre mídia, tecnologias de informação e comunicação (TIC) e sustentabilidade ambiental. O letramento ecomidiático investiga tanto as consequências ecológicas dos sistemas e tecnologias (“pegadas ecológicas”) [“ecomedia footprint"] quanto o papel da mídia na formação da consciência ambiental, crenças, narrativas e ações (seu <em>mindset</em> ou sua “mentalidade ecológica”) [“ecomedia mindprint”]. Esta introdução fornece uma visão geral dos principais conceitos, estruturas analíticas e objetivos de aprendizagem do letramento em ecomídia, demonstrando sua relevância em diversas disciplinas acadêmicas e seu potencial para promover práticas midiáticas mais sustentáveis e equitativas.</p>Antonio López
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2025-06-192025-06-19281496410.29146/eco-ps.v28i1.28541Estudos de literacia midiática:
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<p>A ausência de consenso na tradução de <em>media literacy</em> gera inquietações conceituais. Em interface com o campo da Educação, sob a perspectiva da Comunicação e sua construção teórica e epistemológica, realizou-se um levantamento bibliográfico no banco de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Concentrou-se em artigos cujos títulos incluíssem os principais termos utilizados para se referir à literacia midiática. Com o objetivo de compreender como esses termos são aplicados, quais são suas bases teóricas, os procedimentos metodológicos adotados nas pesquisas e suas relações com os estudos de recepção. Os principais resultados revelam a aplicação de diferentes nomenclaturas; o predomínio de autores e autoras internacionais na fundamentação conceitual; além da prevalência de pesquisas bibliográficas e estudos de caso como metodologias empregadas</p>Egle Muller SpinelliIsabela Afonso Portas
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2025-06-192025-06-19281658510.29146/eco-ps.v28i1.28477Alfabetização midiática
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<p><em><span style="font-weight: 400;">Este artigo objetiva realizar uma revisão sistemática da literatura (RSL) de trabalhos publicados de 2016 até 07/02/2025 acerca da Alfabetização Midiática (AM). Utilizou-se bases de dados “Portal de Periódicos da CAPES” e “SciELO” e o descritor “alfabetização midiática”. Com base nos critérios de exclusão e inclusão, foram selecionados nove artigos para a RSL. As análises apontam como enfoques dos estudos: a importância para a formação dos professores, o consumo consciente de mídia, o combate à desinformação, o exercício da cidadania e a leitura feminista da mídia. E o uso dos termos AM e alfabetização midiática e informacional (AMI) com sentidos quase parecidos para abranger todas as dimensões da mídia. Os resultados destacam a importância da AM para a formação de cidadãos críticos e participativos na sociedade mediada pela mídia e a necessidade do esforço conjunto de diferentes atores sociais para a implementação da AM no contexto escolar ou não. </span></em></p>Nathan Nguangu KabuengeIvana Cláudia Guimarães de OliveiraThiago Almeida BarrosAlda Cristina Silva da CostaLuna Carvalho de Lucena
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2025-06-192025-06-192818610910.29146/eco-ps.v28i1.28459Letramento Midiático, Algorítmico e Inteligência Artificial
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<p>A ascensão da Inteligência Artificial Generativa (IAG) está redefinindo a pesquisa acadêmica, automatizando a curadoria do conhecimento com ferramentas como ChatGPT, DeepSeek, Consensus e Research Rabbit. Essa mediação algorítmica exige novas competências, especialmente em letramento midiático e algorítmico. Este estudo propõe uma reflexão e analisa como agentes inteligentes transformam o papel do pesquisador, deslocando a pesquisa da seleção ativa de fontes para sistemas curados por algoritmos opacos. Argumenta-se a necessidade de um letramento crítico para o uso dessas tecnologias. Além disso, este artigo fundamenta uma pesquisa empírica em andamento, cujos resultados serão divulgados posteriormente, ampliando a compreensão dos impactos da IAG na produção acadêmica.</p>Raquel TimponiRaquel Lobão Evangelista
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2025-06-192025-06-1928111013210.29146/eco-ps.v28i1.28452O Letramento Midiático e a Curricularização da Extensão na Pós-graduação em Comunicação
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<p>O artigo destaca a importância do debate sobre a curricularização da extensão na pós-graduação. Apresenta como estudo de caso a disciplina “<em>Media literacy</em> e a gestão do conhecimento midiático: do consumidor ao cidadão”, ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), campus Bauru (SP). A proposta mostra-se relevante por estar em seu segundo ano, com resultados favoráveis, interligando o letramento midiático às práticas extensionistas na pós-graduação. O percurso metodológico adota pesquisa participante, em abordagem de ação-reflexão, e pesquisa bibliográfica sobre letramento midiático. Os resultados indicam que a curricularização da extensão não deve se limitar à existência de disciplinas, mas contribuir com novos procedimentos de ensino-aprendizagem no ensino superior, provocando reflexões sobre o impacto social.</p>Roseane AndreloAline Lisboa
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2025-06-192025-06-1928113315610.29146/eco-ps.v28i1.28440Tendências da Educomunicação Socioambiental
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<p style="margin: 0cm; text-align: justify;">Este artigo objetiva identificar as mais recentes tendências das práticas de intervenção social da Educomunicação Socioambiental e os aportes conceituais provenientes de relatos produzidos sobre elas. Procedeu-se com análise documental sobre o conteúdo disponibilizado no site da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom) e posterior pesquisa bibliográfica para aprofundamento. O texto aborda os precursores, a sistematização e a consolidação do conceito. Na sequência, apresenta as cinco tendências identificadas: (i) nos ecossistemas costeiros e marinhos; (ii) em articulação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; (iii) em interface com a Divulgação Científica; (iv) em interface com o campo da Comunicação e Saúde; e (v) em interface com a Educação Ambiental Climática. Por fim, constata a diversidade epistemológica que tem caracterizado essas práticas.</p>Felipe Saldanha
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2025-06-192025-06-1928115718010.29146/eco-ps.v28i1.28461A Literacia Midiática e o Combate à Desinformação
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<p>Os desafios sociais tais como as mudanças climáticas, a sobrecarga de sistemas de saúde, as disparidades de acesso à educação, a precarização do trabalho, entre outros, são agravados pela desinformação, que compromete a interpretação dos fatos e a tomada de decisões. Esta investigação propõe um estudo comparativo entre Brasil e Portugal, realizado por meio de revisão integrativa da literatura, a fim de compreender o conceito de literacia midiática, analisando iniciativas para minimizar as implicações da desinformação, um dos maiores desafios sociais da atualidade. Os resultados mostram diversidade nas estratégias e recursos utilizados, destacando um consenso: apenas uma postura crítica torna a sociedade mais resistente às manipulações que favorecem interesses ilegítimos.</p>Ana Daniele MacielSara BalonasAline MorenoCarolina Toscano
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2025-06-192025-06-1928118120810.29146/eco-ps.v28i1.28458Desinformação e adversarial abuse online
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<p>Este texto apresenta e aprofunda o debate em torno da desinformação e do adversarial abuse online focando em abordagens que os classificam ora como conceitos, ora como fenômenos. No mesmo caminho e objetivando dar uma maior base ao texto, o lócus de potencialização da desinformação e das práticas de polarização e desentendimento, é exposto a partir das estruturas algorítmicas que permeiam a opacidade das plataformas digitais e que são guiadas a partir de seus modelos de negócios. Por fim, ações e iniciativas de enfrentamento aos fenômenos são apresentadas. O processo metodológico é marcado por rigorosa revisão de literatura, como também, guiado pela hermenêutica da consciência histórica (Ricoeur, 2010).</p>Ana Regina Rêgo
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2025-06-192025-06-1928120923010.29146/eco-ps.v28i1.28475Cidadania comunicacional em ambientes digitais
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<p><span style="font-weight: 400;">Por meio da análise da Estratégia Brasileira de Educação Midiática (EBEM) e do relato de experiência do projeto Educom.ComCom, este trabalho busca refletir sobre a educação midiática como um direito intrínseco à cidadania comunicacional no contexto dos ambientes digitais. Para isso, discute a historicidade das iniciativas de educação midiática no Brasil e em outros países. Pode-se concluir </span><span style="font-weight: 400;">que a experiência de construção de uma proposta de educação midiática como processo de educação midiática sobre e a partir dos ambientes digitais evidenciam a potencialidade do </span><em><span style="font-weight: 400;">aprender fazendo </span></em><span style="font-weight: 400;">e seus impactos na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas voltadas para a Alfabetização Midiática e Informacional (AMI).</span></p>Fernando Oliveira PaulinoMariana Ferreira LopesMilena dos Santos MarraRenata MonteiroLuiggi Oliveira Fontenele
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2025-06-192025-06-1928123125210.29146/eco-ps.v28i1.28474Alfabetização midiática baseada em crítica de mídia e ética jornalística
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<p>A desinformação ameaça a vida coletiva ao alimentar o negacionismo científico, o ceticismo político e o niilismo existencial. Seus impactos incluem o aumento da desconfiança institucional, a erosão democrática e o enfraquecimento do tecido social. Entre as estratégias de combate, destaca-se a educação midiática. Apesar dos esforços do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil ainda carece de uma política pública nacional consolidada nessa área. Este artigo propõe um programa de alfabetização midiática fundamentado em dois pilares: a crítica contínua da mídia e a ética jornalística como guia para a produção de conteúdos e práticas educativas.</p>Rogério Christofoletti
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2025-06-192025-06-1928125328110.29146/eco-ps.v28i1.28436Contribuições da alfabetização midiática para a credibilidade do jornalismo
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28476
<p>O artigo parte do cenário comunicacional atual, em que o ecossistema da desinformação afeta a credibilidade dos meios de comunicação profissionais, para discutir as contribuições da alfabetização midiática para reconstruir a confiança no jornalismo. Fundamentado nos conceitos de news literacy e na reflexão teórica sobre a credibilidade e confiança no jornalismo, o texto toma como base as duas dimensões da credibilidade (constituída e percebida) propostas por Lisboa e Benetti (2015, 2017), para propor uma terceira dimensão (a da credibilidade construída), resultado do processo de alfabetização jornalística. Nessa proposta, sugere-se interconectar indicadores aparentemente desconexos — os de credibilidade, do The Trust Project, e os de literacia midiática elaborados por Ferrés e Piscitelli (2012) —, como caminho para incrementar a credibilidade jornalística.</p>Marli dos SantosMônica Pegurer Caprino
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2025-06-192025-06-1928128230510.29146/eco-ps.v28i1.28476Letramento midiático em desertos de notícias
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28441
<p>O Nordeste é a região com o maior número de desertos de notícias no Brasil, com o Piauí e do Rio Grande do Norte liderando em municípios classificados como vazios noticiosos. A ausência dessa cobertura local favorece a (re)circulação de conteúdos não verificados, tornando iniciativas como a COAR Notícias ( de fact-checking de incentivo ao letramento midiático) necessárias e urgentes. Este artigo objetiva aplicar o Arriégua: Manual de Checagem Nordestina em salas de aula da cidade de Itaueira (Piauí), categorizada como um deserto de notícias. Para tanto, foi realizado um estudo deste caso a partir de uma pesquisa <em>survey</em> com 53 estudantes e professores deste município. O estudo revelou que quase metade não possui o letramento necessário para compreender o processo de produção da notícia, a importância de ferramentas acessíveis de checagem, sobretudo em coberturas locais.</p>Juliana Fernandes TeixeiraCristiane Portela de CarvalhoMarta Thais Alencar
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2025-06-192025-06-1928130633110.29146/eco-ps.v28i1.28441Letramentos e integridade da informação
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28470
<p>Os letramentos (Kleiman, 1995) e a integridade da informação (Santos, 2024) consolidam-se como direitos essenciais na sociedade audiovisual e digital. Enquanto expressão da cultura da conexão, os letramentos midiáticos e informacionais (Unesco, 2021) são fundamentais para garantir o pleno exercício da cidadania, capacitando indivíduos a discernir entre informação e desinformação (Wardle; Derakshan, 2017). O artigo analisa o midiativismo informacional, abordando o papel como processo, resultado e perspectiva no jornalismo (Braighi; Câmara, 2021). São examinadas três reportagens da Agência Lupa sobre as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, selecionadas por suas estratégias de combate à desinformação e educação midiática. Além de relatar os fatos, essas matérias fortalecem a integridade informacional, promovem mobilização comunitária e impulsionam a inovação tecnológica-social.</p>Cátia LassalviaMarco Túlio CâmaraMaristella Gabardo
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2025-06-192025-06-1928133235910.29146/eco-ps.v28i1.28470Alfabetização Midiática e News Literacy
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<p>Editorial do dossiê "Alfabetização Midiática e News Literacy"</p>Beatriz BeckerCláudia Thomé
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2025-06-192025-06-1928111110.29146/eco-ps.v28i1.28543Apresentação editorial e expediente
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28542
<p>Apresentação editorial e expediente <br>Revista Eco-Pós, v. 28, n. 1, 2025</p>Antonio FatorelliIsabel TravancasLucas Murari
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2025-06-192025-06-19281121810.29146/eco-ps.v28i1.28542Entre vestígios e zonas de opacidade
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<p>Partindo da análise do documentário 108: Cuchillo de Palo (Costa, 2010), discute-se como a realizadora busca, a partir da ausência e recorrendo a testemunhos, documentos e reminiscências, apreender algo da existência fugaz de seu tio Rodolfo, homossexual preso durante a ditadura paraguaia. Destacamos a relevância que adquirem, nesse contexto, as situações de interlocução e confronto entre Costa e seu pai, discurso que condensa as dinâmicas de ordem familiar pautada pelo contexto repressivo que marca a vida política e cultural do país. Considerando as potencialidades políticas e estéticas produzidas pelo estatuto do vestígio e das lacunas como componentes de uma poética do documentário, busca-se elaborar uma leitura a partir das marcas que o longa-metragem apresenta. Analisamos como as estratégias empregadas respondem às circunstâncias específicas pela constituição do discurso fílmico.</p>Fabio Allan Mendes RamalhoMaria Clara Rodrigues Arbex
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2025-06-192025-06-1928140142610.29146/eco-ps.v28i1.28151Revisitando a noção de solidão negra a partir de canções da música negra brasileira
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28172
<p>Este artigo discute e atualiza a noção da solidão negra a partir de conflitos racializados e genderizados com parceiros afetivo-sexuais representados em canções da música popular e pop negra brasileira. Para isto, discuto pesquisas anteriores sobre o conceito, contribuições dos sambas de mulheres negras para pensar o fenômeno da solidão feminina negra e as relações com vivências de homens gays negros. Em seguida, analiso as implicações deste conceito para as bichas pretas a partir da canção Última Vez, de Rico Dalasam, em diálogo com a discussão teórica e com a noção de duplo vínculo no contexto das relações raciais brasileiras. Por fim, evidencio a solidão negra como uma dinâmica contraditória de atração e repulsa, que também reproduz assimetrias de gênero racializadas entre casais inter-raciais homoafetivos.</p>Lucianna Furtado
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2025-06-192025-06-1928142744710.29146/eco-ps.v28i1.28172Jornalismo Antirracista e Decolonial no Brasil
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28154
<p>O artigo reflete sobre os elementos teóricos e empíricos de um jornalismo antirracista e decolonial, em um estudo teórico, com uma análise qualitativa, das linhas editoriais e de matérias publicadas pela <em>Folha de S. Paulo</em> e pela <em>Ponte Jornalismo</em> sobre os mesmos fatos. Baseados nas teorias do "contrato racial" e da "colonialidade do poder", e suas relações com a esfera pública e o jornalismo, os autores analisam as linhas editoriais de cada veículo e matérias sobre o assassinato de João Alberto Silveira, homem negro, por seguranças do Carrefour, e a perseguição armada de deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao jornalista negro Luan Araújo. A metodologia é inspirada no método reconstrutivo da teoria crítica e na análise integrada de conteúdo. Os resultados indicam que o posicionamento e a contextualização são cruciais para a distinção entre um jornalismo antirracista e decolonial e o jornalismo hegemônico.</p>Vitor Souza Lima BlottaEdilaine Felix
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2025-06-192025-06-1928144847310.29146/eco-ps.v28i1.28154Carolina Maria de Jesus na "nuvem de gafanhotos de escrituras"
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28087
<p>O artigo analisa <em>Quarto de despejo: diário de uma favelada</em>, de Carolina Maria de Jesus, à luz da proposição de Walter Benjamin sobre o "fim do livro". O livro de Carolina reflete o ambiente comunicacional de sua época, estabelecendo uma relação intensa com a cidade e os meios editoriais e midiáticos. A hipótese aqui apresentada sugere que a obra é modulada por elementos que Benjamin sintetiza na metáfora de "nuvens de gafanhotos de escrituras”, relacionados às mídias, e que contribuem para o declínio da forma tradicional do livro. A interpretação de Benjamin pode ser lida em sintonia com seu projeto de crítica radical ao historicismo e a escritos sujeitos a um racionalismo pretensamente universal. Mas <em>Quarto de despejo,</em> inspirado justamente nas “nuvens de gafanhotos de escritura", reafirma a força do livro de forma não tradicional. </p>Rachel Bertol
Copyright (c) 2025 Rachel Bertol
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2025-06-192025-06-1928147449410.29146/eco-ps.v28i1.28087Futebol, imprensa e literatura
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28288
<p>Este artigo propõe fazer uma breve análise da recepção crítica da primeira edição do livro O Negro no Futebol Brasileiro (1947), de Mário Filho. Os textos críticos mais relevante foram publicados no jornal dos Sports, entre 1947 e 1948, tendo sido assinadas por renomados escritores e intelectuais. Esse fato em especial confere singularidade à obra de Mário Filho, sobretudo, se consideramos o âmbito de produção de livros sobre futebol da época. Uma possível explicação para esse fenômeno pode ser encontrada no prefácio escrito por Gilberto Freyre ao livro e que foi, frequentemente, referenciado no conjunto de textos críticos aqui analisados. O trabalho também busca investigar as interpretações atribuídas à obra, identificando os autores envolvidos e as relações de proximidade entre aqueles que transformaram a primeira edição de Negro no Futebol Brasileiro em um objeto hermenêutico.</p>Leda Maria da CostaRonaldo George Helal
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2025-06-192025-06-1928149552110.29146/eco-ps.v28i1.28288Inundação em Porto Alegre
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28276
<p>Este estudo mapeia as editoras de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, especialmente as situadas em áreas de risco de inundação, a fim de registrar e mensurar as consequências diretas (estoque/mobiliário/equipamentos/pessoal) e indiretas (logística/ fornecedores) do desastre causado pelas enchentes em maio de 2024 para a indústria editorial. A pesquisa visa não só medir os prejuízos, mas também entender a colaboração dentro da economia criativa em momentos de crise. A pesquisa quanti-qualitativa identificou 41 empresas ligadas ao setor, 23 delas sediadas em um território chamado de 4º Distrito: editoras, distribuidoras e gráficas (exceto livrarias). Foram contatadas 35 das 41 empresas do setor, e os resultados preocupam: 51,43% sofreram perdas materiais diretas e todas relataram danos indiretos.</p>Marilia de Araujo BarcellosAna Clara Lima Ribeiro
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2025-06-192025-06-1928152254710.29146/eco-ps.v28i1.28276Tem final feliz?
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28269
<p>Assim como outras redes sociais, o TikTok consolidou-se como ambiente de interação e discussão entre leitores, formando a comunidade BookTok. Apesar de tradicionalmente associado a prejuízos à experiência literária, o <em>spoiler</em> (revelação de desfechos) emerge na plataforma como prática integrada à dinâmica algorítmica. Este artigo, portanto, tem o objetivo de compreender como a prática de <em>spoiler</em> é desenvolvida na interação entre leitores a partir do ambiente algorítmico do TikTok. Para isso, utilizamos uma metodologia para estudo de aplicativos (método <em>walkthrough</em>) como forma de explorar a plataforma e tornar visíveis os conteúdos e relações entre leitores em torno de <em>spoilers</em> de livros. Demonstramos que esta prática de <em>spoiler</em> torna-se parte de uma filtragem de opções de leitura, além de constituir fator relevante na experiência e interação entre leitores no TikTok.</p>Leonardo PastorLisane Rocha
Copyright (c) 2025 Leonardo Pastor, Lisane Rocha
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2025-06-192025-06-1928154857110.29146/eco-ps.v28i1.28269Fake news e sustentabilidade:
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28217
<p>Argumenta que as <em>fake news</em> sobre queimadas pioram a qualidade informativa do debate público sobre sustentabilidade e produzem impactos ambientais. Para tanto, considera-se a materialidade da informação e de objetos infocomunicacionais, perspectiva fundamentada em Buckland, Parrika e Latour. É realizada a análise de referências de 56 conteúdos falsos sobre queimadas e de 50 checagens sobre o tema desenvolvidas por Aos Fatos e Lupa. Os resultados destacam a baixa qualidade informativa de conteúdos falsos e uma fundamentação tautológica das checagens. Por fim, o artigo discute o duplo impacto ambiental dos conteúdos falsos e destaca a participação das plataformas neste contexto.</p>Frederico OliveiraJaninne BarcelosCairê Antunes DantasMarcel Garcia de Souza
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2025-06-192025-06-1928157259410.29146/eco-ps.v28i1.28217Inteligência artificial e educação midiática
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28430
<p>A resenha discute a obra <em>Inteligência artificial e pensamento crítico: caminhos para a educação midiática</em>, de Alexandre Le Voci Sayad, que propõe uma abordagem crítica e educativa sobre os impactos da inteligência artificial (IA) na sociedade. Combinando teoria e prática, o autor apresenta estratégias que aliam IA e pensamento crítico na formação cidadã, abordando temas como desinformação, bolhas informacionais, viés algorítmico e vigilância digital. A resenha destaca o papel da educação midiática como ferramenta essencial para promover autonomia intelectual, inclusão social e responsabilidade ética no uso da tecnologia, especialmente em contextos educacionais. A obra é indicada para educadores, gestores e pesquisadores que desejam compreender e aplicar, de forma crítica, os recursos digitais na formação de cidadãos conscientes.</p>Paulo Antonio de Sousa Marquêz
Copyright (c) 2025 Paulo Antonio de Sousa Marquêz
https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0
2025-06-192025-06-1928159560210.29146/eco-ps.v28i1.28430O mapa das mediações algorítmicas
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28444
<p>Nesta resenha, a nova ecologia midiática é refletida a partir da adoção de uma perspectiva crítica dos estudos de plataformas e algoritmos, conforme se acompanha nas páginas do livro <em>Mediações algorítmicas: articulação entre as dimensões simbólicas e materiais das tecnologias digitais</em>, de Kérley Winques (2024). Após a exposição desse cenário, a pesquisadora apresenta os estudos culturais latino-americanos trazendo as versões do Mapa de Martín-Barbero para, em seguida, esboçar o seu próprio, que não deseja superar o anterior e nem ser um modelo cristalizado, mas um desenho vivo para lidar com o atual cenário digital.</p>Gabriel Bhering
Copyright (c) 2025 Gabriel Bhering
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2025-06-192025-06-1928160361010.29146/eco-ps.v28i1.28444Sociabilidade em métricas
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28399
<p>A presente resenha da obra <em>Recognition in the Age of Social Media</em>, de Bruno Campanella (2024), intenta reunir os principais pontos defendidos pelo autor acerca da problemática do funcionamento das mídias sociais e seus algoritmos sob formas contemporâneas de reconhecimento e identificação. Partindo de um olhar histórico para as pesquisas sobre a atuação na mídia na constituição de habitus, o autor avança para discutir seus próprios conceitos de <em>habitus</em> datificado e reconhecimento datificado — condições inerentes às relações e interações construídas com e sobre as mídias sociais digitais. Campanella nos desafia a pensar nas potencialidades de nossos objetos comunicacionais sem desconsiderar as lentes do funcionamento estrutural das mídias digitais e sua governança.</p>Daniela Borges de Oliveira
Copyright (c) 2025 Daniela Borges de Oliveira
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2025-06-192025-06-1928161161910.29146/eco-ps.v28i1.28399Alfabetização midiática, midiativismo e a escuta do Sul Global: entrevista com Andrea Medrado
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28479
<p>A professora Andrea Medrado é diretora de pesquisas em Comunicação e professora associada da Universidade de Exeter, no Reino Unido. Também é docente adjunta da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Estado do Rio de Janeiro, Brasil<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>. O seu livro mais recente, <em>Media Activism, Artivism and the Fight Against Marginalisation in the Global South: South-to-South Communication</em>, escrito em coautoria com Isabella Rega, recebeu o prêmio ICA Outstanding Book Award 2024 e tem contribuído para debates inovadores sobre relações entre alfabetização midiática e ativismo social. Nesta entrevista à Revista Eco-pós, ela aborda a relevância do letramento midiático no contexto do Sul Global e a potência do artivismo, práticas artísticas associadas ao ativismo como instrumento de combate às desigualdades estruturais no acesso e na produção de conhecimento. Ela também reflete sobre a importância da literacia de proteção e segurança de dados articulada à alfabetização midiática e sobre integração entre ensino, pesquisa e extensão nas universidades para a transformação social.</p>Beatriz Goes
Copyright (c) 2025 Beatriz Goes
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2025-06-192025-06-1928136037910.29146/eco-ps.v28i1.28479Big Techs e Desinformação: entrevista com Marie Santini
https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28478
<p>Rose Marie Santini é uma das maiores especialistas em Estudos de Internet e Redes Sociais do Brasil reconhecida por prestigiadas organizações internacionais. Ela é Professora Associada da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) e Fundadora e diretora do Laboratório NetLab<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a>. Segundo Santini, a internet, a falta de transparência dos protocolos das big techs e a atuação de segmentos de extrema direita na disseminação de discurso de ódio em ambientes digitais exercem papel central no agravamento dos fenômenos de desinformação. Ela reconhece a alfabetização midiática como fundamental para o combate à desinformação. No entanto, ressalta que a educação midiática deve focar mais no letramento, no uso das plataformas e no entendimento de seus modelos de negócios do que em conteúdos e fontes específicas. Nesta entrevista, ela destaca que, a despeito da importância dos meios de comunicação de massa no agendamento de pautas noticiosas, a compreensão do cenário midiático contemporâneo requer o entendimento de dinâmicas de persuasão nas redes sociais que mobilizam a opinião pública.</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"><sup>[1]</sup></a> Laboratório de Pesquisa da Escola de Comunicação da URFJ (NETLab). Disponível em: <a href="https://netlab.eco.ufrj.br/">Home | NetLab UFRJ</a> Acesso em 19 mar. 2025.</p>André Luís Pires Pelliccione
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2025-06-192025-06-1928138040010.29146/eco-ps.v28i1.28478