Revista Eco-Pós https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos Revista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRJ Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro pt-BR Revista Eco-Pós 2175-8689 <p> </p> <p>Aos autores pertence o direito exclusivo de utilização ou reprodução.</p> <p>Você tem o direito de:<br />- Compartilhar — copie e redistribua o material em qualquer meio ou formato.<br />- Adaptar — remixar, transformar e construir sobre o material para qualquer filme, mesmo comercial.</p> <p>O licenciante não pode revogar esses direitos, desde que você respeite os termos da licença.</p> <p>De acordo com os seguintes termos:<br />- Atribuição — Você deve dar o devido crédito, fornecer um link para a licença e indicar se essas alterações foram feitas. Você pode fazê-lo de qualquer maneira razoável, mas não de maneira que sugira que o licenciante endosse ou aprove seu uso.<br />- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos legais ou medidas de natureza tecnológica que restrinjam legalmente outros de fazer algo que a licença permite.</p> <p><span style="font-family: Verdana;"><span style="font-size: small;">Aviso: A licença pode não fornecer todas as permissões necessárias para o uso pretendido. Por exemplo, outros direitos, como publicidade, privacidade ou direitos morais, podem limitar a maneira como você usa o material.</span></span></p> Alfabetização Midiática por uma sociedade mais inclusiva e sustentável https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28540 <p>Neste artigo, defendemos a alfabetização midiática como um elemento essencial para a saúde do ecossistema de comunicação, mapeando o campo para uma teoria da mudança. Este artigo compartilha um elemento do projeto mais amplo, pelo qual a teoria da mudança foi utilizada para avaliar a última década de intervenções do letramento midiático para o governo do Reino Unido e em colaboração com o regulador britânico Ofcom. Argumentamos que as pessoas que utilizam o seu letramento midiático para obter consequências positivas podem melhorar a saúde do ecossistema, mas, por meio desta pesquisa, vemos a necessidade de o campo da alfabetização midiática reivindicar menos para mudar mais.</p> Julian McDougall Julia Weiss Copyright (c) 2025 Julian McDougall, Julia Weiss https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 19 48 10.29146/eco-ps.v28i1.28540 Letramento em Ecomídia https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28541 <p>Este artigo apresenta o campo emergente do letramento<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a> em ecomídia, que explora as complexas relações entre mídia, tecnologias de informação e comunicação (TIC) e sustentabilidade ambiental. O letramento ecomidiático investiga tanto as consequências ecológicas dos sistemas e tecnologias (“pegadas ecológicas”) [“ecomedia footprint"] quanto o papel da mídia na formação da consciência ambiental, crenças, narrativas e ações (seu <em>mindset</em> ou sua “mentalidade ecológica”) [“ecomedia mindprint”]. Esta introdução fornece uma visão geral dos principais conceitos, estruturas analíticas e objetivos de aprendizagem do letramento em ecomídia, demonstrando sua relevância em diversas disciplinas acadêmicas e seu potencial para promover práticas midiáticas mais sustentáveis e equitativas.</p> Antonio López Copyright (c) 2025 Antonio López https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 49 64 10.29146/eco-ps.v28i1.28541 Estudos de literacia midiática: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28477 <p>A ausência de consenso na tradução de <em>media literacy</em> gera inquietações conceituais. Em interface com o campo da Educação, sob a perspectiva da Comunicação e sua construção teórica e epistemológica, realizou-se um levantamento bibliográfico no banco de periódicos da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes). Concentrou-se em artigos cujos títulos incluíssem os principais termos utilizados para se referir à literacia midiática. Com o objetivo de compreender como esses termos são aplicados, quais são suas bases teóricas, os procedimentos metodológicos adotados nas pesquisas e suas relações com os estudos de recepção. Os principais resultados revelam a aplicação de diferentes nomenclaturas; o predomínio de autores e autoras internacionais na fundamentação conceitual; além da prevalência de pesquisas bibliográficas e estudos de caso como metodologias empregadas</p> Egle Muller Spinelli Isabela Afonso Portas Copyright (c) 2025 Egle Muller Spinelli, Isabela Afonso Portas https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 65 85 10.29146/eco-ps.v28i1.28477 Alfabetização midiática https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28459 <p><em><span style="font-weight: 400;">Este artigo objetiva realizar uma revisão sistemática da literatura (RSL) de trabalhos publicados de 2016 até 07/02/2025 acerca da Alfabetização Midiática (AM). Utilizou-se bases de dados “Portal de Periódicos da CAPES” e “SciELO” e o descritor “alfabetização midiática”. Com base nos critérios de exclusão e inclusão, foram selecionados nove artigos para a RSL. As análises apontam como enfoques dos estudos: a importância para a formação dos professores, o consumo consciente de mídia, o combate à desinformação, o exercício da cidadania e a leitura feminista da mídia. E o uso dos termos AM e alfabetização midiática e informacional (AMI) com sentidos quase parecidos para abranger todas as dimensões da mídia. Os resultados destacam a importância da AM para a formação de cidadãos críticos e participativos na sociedade mediada pela mídia e a necessidade do esforço conjunto de diferentes atores sociais para a implementação da AM no contexto escolar ou não.&nbsp;</span></em></p> Nathan Nguangu Kabuenge Ivana Cláudia Guimarães de Oliveira Thiago Almeida Barros Alda Cristina Silva da Costa Luna Carvalho de Lucena Copyright (c) 2025 Nathan Nguangu Kabuenge, Ivana Cláudia Guimarães de Oliveira, Thiago Almeida Barros, Alda Cristina Silva da Costa, Luna Carvalho de Lucena https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 86 109 10.29146/eco-ps.v28i1.28459 Letramento Midiático, Algorítmico e Inteligência Artificial https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28452 <p>A ascensão da Inteligência Artificial Generativa (IAG) está redefinindo a pesquisa acadêmica, automatizando a curadoria do conhecimento com ferramentas como ChatGPT, DeepSeek, Consensus e Research Rabbit. Essa mediação algorítmica exige novas competências, especialmente em letramento midiático e algorítmico. Este estudo propõe uma reflexão e analisa como agentes inteligentes transformam o papel do pesquisador, deslocando a pesquisa da seleção ativa de fontes para sistemas curados por algoritmos opacos. Argumenta-se a necessidade de um letramento crítico para o uso dessas tecnologias. Além disso, este artigo fundamenta uma pesquisa empírica em andamento, cujos resultados serão divulgados posteriormente, ampliando a compreensão dos impactos da IAG na produção acadêmica.</p> Raquel Timponi Raquel Lobão Evangelista Copyright (c) 2025 Raquel Timponi, Raquel Lobão Evangelista https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 110 132 10.29146/eco-ps.v28i1.28452 O Letramento Midiático e a Curricularização da Extensão na Pós-graduação em Comunicação https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28440 <p>O artigo destaca a importância do debate sobre a curricularização da extensão na pós-graduação. Apresenta como estudo de caso a disciplina “<em>Media literacy</em> e a gestão do conhecimento midiático: do consumidor ao cidadão”, ofertada pelo Programa de Pós-Graduação em Comunicação da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), campus Bauru (SP). A proposta mostra-se relevante por estar em seu segundo ano, com resultados favoráveis, interligando o letramento midiático às práticas extensionistas na pós-graduação. O percurso metodológico adota pesquisa participante, em abordagem de ação-reflexão, e pesquisa bibliográfica sobre letramento midiático. Os resultados indicam que a curricularização da extensão não deve se limitar à existência de disciplinas, mas contribuir com novos procedimentos de ensino-aprendizagem no ensino superior, provocando reflexões sobre o impacto social.</p> Roseane Andrelo Aline Lisboa Copyright (c) 2025 Roseane Andrelo, Aline Lisboa https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 133 156 10.29146/eco-ps.v28i1.28440 Tendências da Educomunicação Socioambiental https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28461 <p style="margin: 0cm; text-align: justify;">Este artigo objetiva identificar as mais recentes tendências das práticas de intervenção social da Educomunicação Socioambiental e os aportes conceituais provenientes de relatos produzidos sobre elas. Procedeu-se com análise documental sobre o conteúdo disponibilizado no site da Associação Brasileira de Pesquisadores e Profissionais em Educomunicação (ABPEducom) e posterior pesquisa bibliográfica para aprofundamento. O texto aborda os precursores, a sistematização e a consolidação do conceito. Na sequência, apresenta as cinco tendências identificadas: (i) nos ecossistemas costeiros e marinhos; (ii) em articulação com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável; (iii) em interface com a Divulgação Científica; (iv) em interface com o campo da Comunicação e Saúde; e (v) em interface com a Educação Ambiental Climática. Por fim, constata a diversidade epistemológica que tem caracterizado essas práticas.</p> Felipe Saldanha Copyright (c) 2025 Felipe Saldanha https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 157 180 10.29146/eco-ps.v28i1.28461 A Literacia Midiática e o Combate à Desinformação https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28458 <p>Os desafios sociais tais como as mudanças climáticas, a sobrecarga de sistemas de saúde, as disparidades de acesso à educação, a precarização do trabalho, entre outros, são agravados pela desinformação, que compromete a interpretação dos fatos e a tomada de decisões. Esta investigação propõe um estudo comparativo entre Brasil e Portugal, realizado por meio de revisão integrativa da literatura, a fim de compreender o conceito de literacia midiática, analisando iniciativas para minimizar as implicações da desinformação, um dos maiores desafios sociais da atualidade. Os resultados mostram diversidade nas estratégias e recursos utilizados, destacando um consenso: apenas uma postura crítica torna a sociedade mais resistente às manipulações que favorecem interesses ilegítimos.</p> Ana Daniele Maciel Sara Balonas Aline Moreno Carolina Toscano Copyright (c) 2025 Ana Daniele Maciel, Sara Balonas, Aline Moreno, Carolina Toscano https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 181 208 10.29146/eco-ps.v28i1.28458 Desinformação e adversarial abuse online https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28475 <p>Este texto apresenta e aprofunda o debate em torno da desinformação e do adversarial abuse online focando em abordagens que os classificam ora como conceitos, ora como fenômenos. No mesmo caminho e objetivando dar uma maior base ao texto, o lócus de potencialização da desinformação e das práticas de polarização e desentendimento, é exposto a partir das estruturas algorítmicas que permeiam a opacidade das plataformas digitais e que são guiadas a partir de seus modelos de negócios. Por fim, ações e iniciativas de enfrentamento aos fenômenos são apresentadas. O processo metodológico é marcado por rigorosa revisão de literatura, como também, guiado pela hermenêutica da consciência histórica (Ricoeur, 2010).</p> Ana Regina Rêgo Copyright (c) 2025 Ana Regina Rêgo https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 209 230 10.29146/eco-ps.v28i1.28475 Cidadania comunicacional em ambientes digitais https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28474 <p><span style="font-weight: 400;">Por meio da análise da Estratégia Brasileira de Educação Midiática (EBEM) e do relato de experiência do projeto Educom.ComCom, este trabalho busca refletir sobre a educação midiática como um direito intrínseco à cidadania comunicacional no contexto dos ambientes digitais. Para isso, discute a historicidade das iniciativas de educação midiática no Brasil e em outros países. Pode-se concluir </span><span style="font-weight: 400;">que a experiência de construção de uma proposta de educação midiática como processo de educação midiática sobre e a partir dos ambientes digitais evidenciam a potencialidade do </span><em><span style="font-weight: 400;">aprender fazendo </span></em><span style="font-weight: 400;">e seus impactos na formulação, implementação e avaliação de políticas públicas voltadas para a Alfabetização Midiática e Informacional (AMI).</span></p> Fernando Oliveira Paulino Mariana Ferreira Lopes Milena dos Santos Marra Renata Monteiro Luiggi Oliveira Fontenele Copyright (c) 2025 Fernando Oliveira Paulino, Mariana Ferreira Lopes, Milena dos Santos Marra, Renata Monteiro, Luiggi Oliveira Fontenele https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 231 252 10.29146/eco-ps.v28i1.28474 Alfabetização midiática baseada em crítica de mídia e ética jornalística https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28436 <p>A desinformação ameaça a vida coletiva ao alimentar o negacionismo científico, o ceticismo político e o niilismo existencial. Seus impactos incluem o aumento da desconfiança institucional, a erosão democrática e o enfraquecimento do tecido social. Entre as estratégias de combate, destaca-se a educação midiática. Apesar dos esforços do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Brasil ainda carece de uma política pública nacional consolidada nessa área. Este artigo propõe um programa de alfabetização midiática fundamentado em dois pilares: a crítica contínua da mídia e a ética jornalística como guia para a produção de conteúdos e práticas educativas.</p> Rogério Christofoletti Copyright (c) 2025 Rogério Christofoletti https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 253 281 10.29146/eco-ps.v28i1.28436 Contribuições da alfabetização midiática para a credibilidade do jornalismo https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28476 <p>O artigo parte do cenário comunicacional atual, em que o ecossistema da desinformação afeta a credibilidade dos meios de comunicação profissionais, para discutir as contribuições da alfabetização midiática para reconstruir a confiança no jornalismo. Fundamentado nos conceitos de news literacy e na reflexão teórica sobre a credibilidade e confiança no jornalismo, o texto toma como base as duas dimensões da credibilidade (constituída e percebida) propostas por Lisboa e Benetti (2015, 2017), para propor uma terceira dimensão (a da credibilidade construída), resultado do processo de alfabetização jornalística. Nessa proposta, sugere-se interconectar indicadores aparentemente desconexos — os de credibilidade, do The Trust Project, e os de literacia midiática elaborados por Ferrés e Piscitelli (2012) —, como caminho para incrementar a credibilidade jornalística.</p> Marli dos Santos Mônica Pegurer Caprino Copyright (c) 2025 Marli dos Santos, Mônica Pegurer Caprino https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 282 305 10.29146/eco-ps.v28i1.28476 Letramento midiático em desertos de notícias https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28441 <p>O Nordeste é a região com o maior número de desertos de notícias no Brasil, com o Piauí e do Rio Grande do Norte liderando em municípios classificados como vazios noticiosos. A ausência dessa cobertura local favorece a (re)circulação de conteúdos não verificados, tornando iniciativas como a COAR Notícias ( de fact-checking de incentivo ao letramento midiático) necessárias e urgentes. Este artigo objetiva aplicar o Arriégua: Manual de Checagem Nordestina em salas de aula da cidade de Itaueira (Piauí), categorizada como um deserto de notícias. Para tanto, foi realizado um estudo deste caso a partir de uma pesquisa <em>survey</em> com 53 estudantes e professores deste município. O estudo revelou que quase metade não possui o letramento necessário para compreender o processo de produção da notícia, a importância de ferramentas acessíveis de checagem, sobretudo em coberturas locais.</p> Juliana Fernandes Teixeira Cristiane Portela de Carvalho Marta Thais Alencar Copyright (c) 2025 Juliana Fernandes Teixeira, Cristiane Portela de Carvalho, Marta Thais Alencar Cosme https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 306 331 10.29146/eco-ps.v28i1.28441 Letramentos e integridade da informação https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28470 <p>Os letramentos (Kleiman, 1995) e a integridade da informação (Santos, 2024) consolidam-se como direitos essenciais na sociedade audiovisual e digital. Enquanto expressão da cultura da conexão, os letramentos midiáticos e informacionais (Unesco, 2021) são fundamentais para garantir o pleno exercício da cidadania, capacitando indivíduos a discernir entre informação e desinformação (Wardle; Derakshan, 2017). O artigo analisa o midiativismo informacional, abordando o papel como processo, resultado e perspectiva no jornalismo (Braighi; Câmara, 2021). São examinadas três reportagens da Agência Lupa sobre as enchentes no Rio Grande do Sul em 2024, selecionadas por suas estratégias de combate à desinformação e educação midiática. Além de relatar os fatos, essas matérias fortalecem a integridade informacional, promovem mobilização comunitária e impulsionam a inovação tecnológica-social.</p> Cátia Lassalvia Marco Túlio Câmara Maristella Gabardo Copyright (c) 2025 Cátia Lassalvia, Marco Túlio Câmara, Maristella Gabardo https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 332 359 10.29146/eco-ps.v28i1.28470 Alfabetização Midiática e News Literacy https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28543 <p>Editorial do dossiê "Alfabetização Midiática e News Literacy"</p> Beatriz Becker Cláudia Thomé Copyright (c) 2025 Beatriz Becker, Cláudia Thomé https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 1 11 10.29146/eco-ps.v28i1.28543 Apresentação editorial e expediente https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28542 <p>Apresentação editorial e expediente&nbsp;<br>Revista Eco-Pós, v. 28, n. 1, 2025</p> Antonio Fatorelli Isabel Travancas Lucas Murari Copyright (c) 2025 Antonio Fatorelli, Isabel Travancas, Lucas Murari https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 12 18 10.29146/eco-ps.v28i1.28542 Entre vestígios e zonas de opacidade https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28151 <p>Partindo da análise do documentário 108: Cuchillo de Palo (Costa, 2010), discute-se como a realizadora busca, a partir da ausência e recorrendo a testemunhos, documentos e reminiscências, apreender algo da existência fugaz de seu tio Rodolfo, homossexual preso durante a ditadura paraguaia. Destacamos a relevância que adquirem, nesse contexto, as situações de interlocução e confronto entre Costa e seu pai, discurso que condensa as dinâmicas de ordem familiar pautada pelo contexto repressivo que marca a vida política e cultural do país. Considerando as potencialidades políticas e estéticas produzidas pelo estatuto do vestígio e das lacunas como componentes de uma poética do documentário, busca-se elaborar uma leitura a partir das marcas que o longa-metragem apresenta. Analisamos como as estratégias empregadas respondem às circunstâncias específicas pela constituição do discurso fílmico.</p> Fabio Allan Mendes Ramalho Maria Clara Rodrigues Arbex Copyright (c) 2025 Fabio Allan Mendes Ramalho, Maria Clara Rodrigues Arbex https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 401 426 10.29146/eco-ps.v28i1.28151 Revisitando a noção de solidão negra a partir de canções da música negra brasileira https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28172 <p>Este artigo discute e atualiza a noção da solidão negra a partir de conflitos racializados e genderizados com parceiros afetivo-sexuais representados em canções da música popular e pop negra brasileira. Para isto, discuto pesquisas anteriores sobre o conceito, contribuições dos sambas de mulheres negras para pensar o fenômeno da solidão feminina negra e as relações com vivências de homens gays negros. Em seguida, analiso as implicações deste conceito para as bichas pretas a partir da canção Última Vez, de Rico Dalasam, em diálogo com a discussão teórica e com a noção de duplo vínculo no contexto das relações raciais brasileiras. Por fim, evidencio a solidão negra como uma dinâmica contraditória de atração e repulsa, que também reproduz assimetrias de gênero racializadas entre casais inter-raciais homoafetivos.</p> Lucianna Furtado Copyright (c) 2025 Lucianna Furtado https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 427 447 10.29146/eco-ps.v28i1.28172 Jornalismo Antirracista e Decolonial no Brasil https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28154 <p>O artigo reflete sobre os elementos teóricos e empíricos de um jornalismo antirracista e decolonial, em um estudo teórico, com uma análise qualitativa, das linhas editoriais e de matérias publicadas pela <em>Folha de S. Paulo</em> e pela <em>Ponte Jornalismo</em> sobre os mesmos fatos. Baseados nas teorias do "contrato racial" e da "colonialidade do poder", e suas relações com a esfera pública e o jornalismo, os autores analisam as linhas editoriais de cada veículo e matérias sobre o assassinato de João Alberto Silveira, homem negro, por seguranças do Carrefour, e a perseguição armada de deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) ao jornalista negro Luan Araújo. A metodologia é inspirada no método reconstrutivo da teoria crítica e na análise integrada de conteúdo. Os resultados indicam que o posicionamento e a contextualização são cruciais para a distinção entre um jornalismo antirracista e decolonial e o jornalismo hegemônico.</p> Vitor Souza Lima Blotta Edilaine Felix Copyright (c) 2025 Vitor Souza Lima Blotta, Edilaine Felix https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 448 473 10.29146/eco-ps.v28i1.28154 Carolina Maria de Jesus na "nuvem de gafanhotos de escrituras" https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28087 <p>O artigo analisa <em>Quarto de despejo: diário de uma favelada</em>, de Carolina Maria de Jesus, à luz da proposição de Walter Benjamin sobre o "fim do livro". O livro de Carolina reflete o ambiente comunicacional de sua época, estabelecendo uma relação intensa com a cidade e os meios editoriais e midiáticos. A hipótese aqui apresentada sugere que a obra é modulada por elementos que Benjamin sintetiza na metáfora de "nuvens de gafanhotos de escrituras”, relacionados às mídias, e que contribuem para o declínio da forma tradicional do livro. A interpretação de Benjamin pode ser lida em sintonia com seu projeto de crítica radical ao historicismo e a escritos sujeitos a um racionalismo pretensamente universal. Mas <em>Quarto de despejo,</em> inspirado justamente nas “nuvens de gafanhotos de escritura", reafirma a força do livro de forma não tradicional. </p> Rachel Bertol Copyright (c) 2025 Rachel Bertol https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 474 494 10.29146/eco-ps.v28i1.28087 Futebol, imprensa e literatura https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28288 <p>Este artigo propõe fazer uma breve análise da recepção crítica da primeira edição do livro O Negro no Futebol Brasileiro (1947), de Mário Filho. Os textos críticos mais relevante foram publicados no jornal dos Sports, entre 1947 e 1948, tendo sido assinadas por renomados escritores e intelectuais. Esse fato em especial confere singularidade à obra de Mário Filho, sobretudo, se consideramos o âmbito de produção de livros sobre futebol da época. Uma possível explicação para esse fenômeno pode ser encontrada no prefácio escrito por Gilberto Freyre ao livro e que foi, frequentemente, referenciado no conjunto de textos críticos aqui analisados. O trabalho também busca investigar as interpretações atribuídas à obra, identificando os autores envolvidos e as relações de proximidade entre aqueles que transformaram a primeira edição de Negro no Futebol Brasileiro em um objeto hermenêutico.</p> Leda Maria da Costa Ronaldo George Helal Copyright (c) 2025 Leda Maria da Costa, Ronaldo Helal https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 495 521 10.29146/eco-ps.v28i1.28288 Inundação em Porto Alegre https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28276 <p>Este estudo mapeia as editoras de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, especialmente as situadas em áreas de risco de inundação, a fim de registrar e mensurar as consequências diretas (estoque/mobiliário/equipamentos/pessoal) e indiretas (logística/ fornecedores) do desastre causado pelas enchentes em maio de 2024 para a indústria editorial. A pesquisa visa não só medir os prejuízos, mas também entender a colaboração dentro da economia criativa em momentos de crise. A pesquisa quanti-qualitativa identificou 41 empresas ligadas ao setor, 23 delas sediadas em um território chamado de 4º Distrito: editoras, distribuidoras e gráficas (exceto livrarias). Foram contatadas 35 das 41 empresas do setor, e os resultados preocupam: 51,43% sofreram perdas materiais diretas e todas relataram danos indiretos.</p> Marilia de Araujo Barcellos Ana Clara Lima Ribeiro Copyright (c) 2025 Marilia de Araujo Barcellos, Ana Ribeiro https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 522 547 10.29146/eco-ps.v28i1.28276 Tem final feliz? https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28269 <p>Assim como outras redes sociais, o TikTok consolidou-se como ambiente de interação e discussão entre leitores, formando a comunidade BookTok. Apesar de tradicionalmente associado a prejuízos à experiência literária, o <em>spoiler</em> (revelação de desfechos) emerge na plataforma como prática integrada à dinâmica algorítmica. Este artigo, portanto, tem o objetivo de compreender como a prática de <em>spoiler</em> é desenvolvida na interação entre leitores a partir do ambiente algorítmico do TikTok. Para isso, utilizamos uma metodologia para estudo de aplicativos (método <em>walkthrough</em>) como forma de explorar a plataforma e tornar visíveis os conteúdos e relações entre leitores em torno de <em>spoilers</em> de livros. Demonstramos que esta prática de <em>spoiler</em> torna-se parte de uma filtragem de opções de leitura, além de constituir fator relevante na experiência e interação entre leitores no TikTok.</p> Leonardo Pastor Lisane Rocha Copyright (c) 2025 Leonardo Pastor, Lisane Rocha https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 548 571 10.29146/eco-ps.v28i1.28269 Fake news e sustentabilidade: https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28217 <p>Argumenta que as <em>fake news</em> sobre queimadas pioram a qualidade informativa do debate público sobre sustentabilidade e produzem impactos ambientais. Para tanto, considera-se a materialidade da informação e de objetos infocomunicacionais, perspectiva fundamentada em Buckland, Parrika e Latour. É realizada a análise de referências de 56 conteúdos falsos sobre queimadas e de 50 checagens sobre o tema desenvolvidas por Aos Fatos e Lupa. Os resultados destacam a baixa qualidade informativa de conteúdos falsos e uma fundamentação tautológica das checagens. Por fim, o artigo discute o duplo impacto ambiental dos conteúdos falsos e destaca a participação das plataformas neste contexto.</p> Frederico Oliveira Janinne Barcelos Cairê Antunes Dantas Marcel Garcia de Souza Copyright (c) 2025 Frederico Oliveira, Janinne Barcelos, Cairê Antunes Dantas, Marcel Garcia de Souza https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 572 594 10.29146/eco-ps.v28i1.28217 Inteligência artificial e educação midiática https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28430 <p>A resenha discute a obra <em>Inteligência artificial e pensamento crítico: caminhos para a educação midiática</em>, de Alexandre Le Voci Sayad, que propõe uma abordagem crítica e educativa sobre os impactos da inteligência artificial (IA) na sociedade. Combinando teoria e prática, o autor apresenta estratégias que aliam IA e pensamento crítico na formação cidadã, abordando temas como desinformação, bolhas informacionais, viés algorítmico e vigilância digital. A resenha destaca o papel da educação midiática como ferramenta essencial para promover autonomia intelectual, inclusão social e responsabilidade ética no uso da tecnologia, especialmente em contextos educacionais. A obra é indicada para educadores, gestores e pesquisadores que desejam compreender e aplicar, de forma crítica, os recursos digitais na formação de cidadãos conscientes.</p> Paulo Antonio de Sousa Marquêz Copyright (c) 2025 Paulo Antonio de Sousa Marquêz https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 595 602 10.29146/eco-ps.v28i1.28430 O mapa das mediações algorítmicas https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28444 <p>Nesta resenha, a nova ecologia midiática é refletida a partir da adoção de uma perspectiva crítica dos estudos de plataformas e algoritmos, conforme se acompanha nas páginas do livro <em>Mediações algorítmicas: articulação entre as dimensões simbólicas e materiais das tecnologias digitais</em>, de Kérley Winques (2024). Após a exposição desse cenário, a pesquisadora apresenta os estudos culturais latino-americanos trazendo as versões do Mapa de Martín-Barbero para, em seguida, esboçar o seu próprio, que não deseja superar o anterior e nem ser um modelo cristalizado, mas um desenho vivo para lidar com o atual cenário digital.</p> Gabriel Bhering Copyright (c) 2025 Gabriel Bhering https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 603 610 10.29146/eco-ps.v28i1.28444 Sociabilidade em métricas https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28399 <p>A presente resenha da obra <em>Recognition in the Age of Social Media</em>, de Bruno Campanella (2024), intenta reunir os principais pontos defendidos pelo autor acerca da problemática do funcionamento das mídias sociais e seus algoritmos sob formas contemporâneas de reconhecimento e identificação. Partindo de um olhar histórico para as pesquisas sobre a atuação na mídia na constituição de habitus, o autor avança para discutir seus próprios conceitos de <em>habitus</em> datificado e reconhecimento datificado — condições inerentes às relações e interações construídas com e sobre as mídias sociais digitais. Campanella nos desafia a pensar nas potencialidades de nossos objetos comunicacionais sem desconsiderar as lentes do funcionamento estrutural das mídias digitais e sua governança.</p> Daniela Borges de Oliveira Copyright (c) 2025 Daniela Borges de Oliveira https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 611 619 10.29146/eco-ps.v28i1.28399 Alfabetização midiática, midiativismo e a escuta do Sul Global: entrevista com Andrea Medrado https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28479 <p>A professora Andrea Medrado é diretora de pesquisas em Comunicação e professora associada da Universidade de Exeter, no Reino Unido. Também é docente adjunta da Universidade Federal Fluminense (UFF), no Estado do Rio de Janeiro, Brasil<a href="#_ftn1" name="_ftnref1">[1]</a>. O seu livro mais recente, <em>Media Activism, Artivism and the Fight Against Marginalisation in the Global South: South-to-South Communication</em>, escrito em coautoria com Isabella Rega, recebeu o prêmio ICA Outstanding Book Award 2024 e tem contribuído para debates inovadores sobre relações entre alfabetização midiática e ativismo social. Nesta entrevista à Revista Eco-pós, ela aborda a relevância do letramento midiático no contexto do Sul Global e a potência do artivismo, práticas artísticas associadas ao ativismo como instrumento de combate às desigualdades estruturais no acesso e na produção de conhecimento. Ela também reflete sobre a importância da literacia de proteção e segurança de dados articulada à alfabetização midiática e sobre integração entre ensino, pesquisa e extensão nas universidades para a transformação social.</p> Beatriz Goes Copyright (c) 2025 Beatriz Goes https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 360 379 10.29146/eco-ps.v28i1.28479 Big Techs e Desinformação: entrevista com Marie Santini https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28478 <p>Rose Marie Santini é uma das maiores especialistas em Estudos de Internet e Redes Sociais do Brasil reconhecida por prestigiadas organizações internacionais. Ela é Professora Associada da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO-UFRJ) e Fundadora e diretora do Laboratório NetLab<a href="#_ftn1" name="_ftnref1"><sup>[1]</sup></a>. Segundo Santini, a internet, a falta de transparência dos protocolos das big techs e a atuação de segmentos de extrema direita na disseminação de discurso de ódio em ambientes digitais exercem papel central no agravamento dos fenômenos de desinformação. Ela reconhece a alfabetização midiática como fundamental para o combate à desinformação. No entanto, ressalta que a educação midiática deve focar mais no letramento, no uso das plataformas e no entendimento de seus modelos de negócios do que em conteúdos e fontes específicas. Nesta entrevista, ela destaca que, a despeito da importância dos meios de comunicação de massa no agendamento de pautas noticiosas, a compreensão do cenário midiático contemporâneo requer o entendimento de dinâmicas de persuasão nas redes sociais que mobilizam a opinião pública.</p> <p><a href="#_ftnref1" name="_ftn1"><sup>[1]</sup></a> Laboratório de Pesquisa da Escola de Comunicação da URFJ (NETLab). Disponível em: <a href="https://netlab.eco.ufrj.br/">Home | NetLab UFRJ</a> Acesso em 19 mar. 2025.</p> André Luís Pires Pelliccione Copyright (c) 2025 André Luís Pires Pelliccione https://creativecommons.org/licenses/by-nc-nd/4.0 2025-06-19 2025-06-19 28 1 380 400 10.29146/eco-ps.v28i1.28478