https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/issue/feedRevista Eco-Pós2024-12-19T00:40:59-03:00Revista ECO-Pósecopos.ufrj@gmail.comOpen Journal SystemsRevista do Programa de Pós-Graduação em Comunicação da UFRJhttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28423Preta e mulher2024-12-19T00:33:13-03:00Lídia Michelle Azevedoecopos.ufrj@gmail.com<p>No livro <em>Preta e Mulher</em> (2023), Tsitsi Dangarembga entrelaça a sua história de vida com o contexto histórico do Zimbábue, seu país de natal, e com as estratégias usadas pelo colonizador para construir o caminho que a faz se auto titular escritora, cineasta, feminista e ativista. Primeira mulher negra daquele país a publicar um livro em inglês. A autora relata como as estratégias de dominação colonizadora influenciaram a maneira como ela se enxergava no mundo, como a escrita a salvou, ao entender que saber usar as palavras é poder, e fala também sobre a necessidade da descolonização do pensamento.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lídia Michelle Azevedohttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28424A vitória da oralidade nas histórias de Mãe Beata de Yemonjá2024-12-19T00:40:59-03:00Andréia Lagoandreiamlago@gmail.com<p>Esta resenha aborda os contos escritos pela Ialorixá Mãe Beata de Yemonjá reunidos na obra <em>Caroço de Dendê</em>: <em>a sabedoria dos terreiros</em>, em sua terceira edição pela editora Pallas. O livro resgata a tradição oral dos povos africanos por meio de histórias contadas e recontadas no cotidiano mítico dos terreiros de candomblé. Nos 43 contos reunidos na obra, a autora recupera histórias ouvidas na infância, passada entre ex-escravizados e seus descendentes nos engenhos do Recôncavo Baiano. Em contos breves, numa linguagem que lembra fábulas infantis, Mãe Beata liberta dos limites físicos dessas comunidades um mundo de saberes, memórias, mitos e valores que dialogam diretamente com a cultura dos afro-brasileiros e das religiões de matriz africana.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Andréia Lagohttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/27987"Mulher bonita é mulher que luta"2024-03-25T21:36:16-03:00Tess Chamuscatesschamusca@gmail.com<p>Os feminismos têm sido pauta constante na construção da identidade do GNT como canal voltado ao público feminino. O artigo discute como GNT se relaciona com as lutas feministas, percurso que traz pistas das mudanças nas percepções sobre o tema no Brasil. A identidade de um canal é compreendida como resultado da interação entre discursos e práticas do campo da produção e da recepção em contextos específicos. O corpus inclui programas, vinhetas e matérias sobre o canal e depoimentos de gestoras e apresentadores. São analisadas a estreia do <em>Saia Justa</em> (2002), a parceria com a ONU Mulheres (2015), e a promessa de um canal da diversidade (2017). Ao transitar de uma recusa dos feminismos para a afirmação de uma mulher feminina e feminista, o GNT promove uma celebração das diferenças que avança pouco na problematização da mútua constituição dos sistemas de opressão que atingem as mulheres.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tess Chamuscahttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28166"Quem é você?"2024-03-08T11:39:13-03:00Marcos Vinicius Meigre e Silvamarcosmeigre@gmail.com<p><em>Este artigo discute a caracterização de identidades de personagens atrelados a mediunidade em telenovelas espíritas da TV Globo. Tendo como corpus eventos narrativos de A Viagem, Alma Gêmea e Além do Tempo, discuto o contexto latino no qual desponta a telenovela brasileira e a importância da atenção às imagens em sua completude. Tomo a televisualidade conjugada ao estilo televisivo como aporte teórico-metodológico e, nas análises, identifico recursos da montagem, atuação dos atores e trilhas figurando as tensões identitárias abordadas nas tramas quanto a mediunidade: desde os enfrentamentos e teor destrutivo visto nas obras iniciais (A Viagem e Alma Gêmea) até a naturalização da mediunidade (Além do Tempo). Concluo pela presença de um percurso que parte do tom didático em torno do tema mediúnico, com abordagem inicialmente literal, até a chegada à figuração da mediunidade como fenômeno fluido e da cotidianidade.</em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marcos Vinicius Meigre e Silvahttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28212Ascensão da China e outras perspectivas de mundo2024-03-28T16:38:03-03:00Mayara Araujomsoareslpa@yahoo.com.brAlana Camoçaalanacamoca@gmail.com<p>O artigo traz uma reflexão a respeito da hegemonia estadunidense em diálogo com a ascensão chinesa no século XXI. Utilizamos o caso do filme chinês Terra à Deriva (2019), que oferece uma visão alternativa de mundo, alinhada aos valores e interesses chineses, para explorar a interseção entre geopolítica e ficção. Buscamos compreender como a China vem afirmando a sua identidade e investindo na construção de um imaginário a respeito de sua influência global. Atentamos, portanto, ao valor das narrativas ficcionais para se discutir dinâmicas geopolíticas mais abrangentes.</p> <p><em> </em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Mayara Araujo, Alana Camoçahttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28107Marcas culturais da Amazônia2024-03-18T20:54:57-03:00Alda Cristina Silva da Costaaldacristinacosta@gmail.comPaulo Jorge Martins Nunespontedogalo3@gmail.comVânia Maria Torres Costavaniatorres@ufpa.br<p>A cultura, como tecido social, nos identifica, nos aproxima e nos faz sentir pertencentes ao grupo, lugar e espaço sociais. Refletimos: o que é a Amazônia? Quais as marcas culturais presentes nas vozes daqueles que a enunciam? O objetivo é analisar os elementos mobilizadores que constroem o sentido cultural da Amazônia, na interseção entre as linguagens televisiva e literária. Como escopo de análise, selecionamos o romance <em>Dois Irmãos</em>, adaptado pela TV Globo, em minissérie exibida em 2017. Milton Hatoum narra os dramas de uma família de origem libanesa em Manaus. Analisamos a adaptação, marcado pelo dialogismo e pela polifonia, numa aproximação entre linguagens, que evidenciam elementos culturais de interpretação do local. Na análise, o rio é metáfora de existência humana, é nele que o fluxo de vida, indicador de serenidade e angústia, tensão e inquietação, memória e construção cultural.</p> <p><em> </em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Alda Cristina Silva da Costa, Paulo Jorge Martins Nunes, Vânia Maria Torres Costahttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28170“Mais um dia no barraco...”2024-02-23T20:31:27-03:00Carla Barrosbarros.carla@uol.com.br<p>O artigo tem como objetivo compreender como o perfil @thallitaxavier divulga o veganismo, estilo de vida que surge junto aos grupos mais abastados, se apropriando desse modo de vida para seu universo social de origem. Foram observados os elementos acionados para essa <em>tradução</em> e as construções identitárias presentes em um fluxo de mediação cultural (Velho; Kuschnir, 2001). Através de pesquisa etnográfica, foram analisados conteúdos publicados pela influenciadora digital Thallita Xavier no TikTok e Instagram. Entre os resultados, seu papel como <em>tradutora</em> entre dois mundos, o uso da alimentação como elemento classificatório da <em>pobreza</em> e as disputas acerca da <em>autenticidade</em> do pertencimento às classes populares.</p> <p><em> </em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Carla Barroshttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28209Cenas de leitura em grafites paulistanos2024-02-25T09:14:26-03:00Sandra Reimaosandra.reimao@gmail.comJane Aparecida Marquesjanemarq@usp.brManuella Vieira Realemanureale@gmail.comGabriella Lopes Mariano de Matosgabriellamariano@usp.brBeatriz Pavani Cherobinbeatrizcherobin@usp.br<p>Este texto apresenta resultados de um trabalho que teve por objetivo identificar cenas de leitura em grafites paulistanos em espaços públicos e buscar compreender que tipos de associações essas imagens poderiam propiciar. A questão analítica na abordagem desses grafites é a da busca das possíveis conotações dessas imagens no que diz respeito a propiciar a disponibilidade do receptor para o ato de ler. Está dividido em duas partes: na primeira realizamos uma breve cronologia de alguns destaques da história do grafite em São Paulo; na segunda analisamos alguns grafites paulistanos com cenas de leitura.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Sandra Reimao, Jane Aparecida Marques, Manuella Vieira Reale, Gabriella Lopes Mariano de Matos, Beatriz Pavani Cherobinhttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28285Concurso Nacional de Literatura Infantil “João de Barro”2024-06-05T16:32:57-03:00Fabíola Ribeiro Fariasfabiolarfarias@gmail.com<p>Este artigo se propõe a registrar a criação e a trajetória do Concurso Nacional de Literatura Infantil <em>João de Barro</em> no âmbito das políticas culturais, especialmente na área de livro, leitura e literatura, da capital mineira, Belo Horizonte. Para isso, apresenta breve panorama sobre livros e literatura para crianças no país, discute os prêmios literários na ordem das políticas públicas culturais, apontando a ausência de iniciativas voltadas para a criação literária para crianças e adolescentes, e apresenta o <em>João de Barro</em> em distintos momentos, de sua criação até 2024, com destaque para a revisão pela qual passou em 2011. </p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Fabíola Ribeiro Fariashttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28096‘Programados pela testosterona’2024-04-15T15:19:12-03:00Tatiana SicilianoTatiana.sicilianopuc@gmail.comValmir Moratellivmoratelli@gmail.comBruna Aucarbrunaaucar@gmail.com<p>O artigo discute as representações da masculinidade no audiovisual, utilizando o conceito de Stuart Hall (2016), a partir de três personagens, pertencentes a uma mesma família estadunidense de elite, situados em gerações distintas, retirados da segunda temporada da série The White Lotus, produzida em 2022 e disponível na HBO. A questão que guia a discussão é como como a narrativa ficcional, com seus signos dialógicos e imagéticos, descreve os personagens masculinos da família Di Grasso e como, nas tramas, os significados masculinos relacionados à virilidade e ao poder são apresentados, marcando continuidades estruturais da dominação masculina (Bourdieu, 2005) e diferenças geracionais na condução das relações. A investigação se apoiará, mais especificamente, em duas cenas da segunda temporada – nos episódios 1 e 3.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tatiana Siciliano, Valmir Moratelli, Bruna Aucarhttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28422As várias dimensões de implicabilidade: Entrevista com Denise Ferreira da Silva2024-12-18T13:56:51-03:00Pollyane Belopollyanebelo@gmail.com<p>Nesta entrevista, a professora do Departamento de Espanhol e Português da Universidade de Nova York, Denise Ferreira da Silva, oferece contribuições generativas para o deslocamento epistêmico a partir de reflexões sobre colonialidade e racialidade. Entre os temas abordados, a filósofa e artista discute como a figura da "corpo cativa ferida na cena da subjugação" desvela o capital global como uma arquitetura política e gramática ética, figura que a acompanha em sua crítica à interseccionalidade. Ela também analisa o cenário nacional, refletindo sobre a instrumentalização da mulher não-branca para o velado projeto eugenista brasileiro contido na ideia de “democracia racial”. Por fim, Ferreira da Silva propõe uma visão radical de comunalidade e reflete sobre os limites da imaginação na construção de um novo projeto político e filosófico.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Pollyane Belohttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28362“Branco sai, preto fica”2024-10-21T14:32:51-03:00Renata Nascimentorenascsilva1@gmail.comJosé Messiasjose.cmsf@ufma.br<p>O presente artigo faz uma crítica da ideia de meritocracia e das hierarquias cognitivas modernas que a sustentam por meio do conceito de cosmopolíticas da racialidade, a partir de uma discussão sobre a intensa visibilidade da negritude e da invisibilidade do privilégio branco como política identitária. Localizadas no eixo da colonialidade do poder (Quijano, 2005), as questões aqui expostas no campo da educação e do saber visam propor e/ou recuperar programas de intervenção ontoepistemológica que, identificando a agência do que Sueli Carneiro chamou de dispositivo de racialidade (2005), acionam pontos de ruptura próprias da condição racializada.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Renata Nascimento, José Carlos Messiashttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28357Forjar escuta pelo encantamento do olhar2024-10-16T22:25:27-03:00Luciana de Oliveiraluciana.lucyoli@gmail.comBárbara Regina Altivobarbaraltivo@gmail.com<p>As lutas indígenas contemporâneas no Brasil para a reconquista e defesa de territórios originários somam esforços no espectro de um triplo labor: a invenção da cultura ou dos modos de vida em contínua e longa ação de contra-colonização; a defesa das duras formas da violência moderno-colonial do Estado-Capital (genocídio-epistemicídio-cosmicídio) e suas consequências existenciais cotidianas; e a comunicação intermundos que envolve uma dimensão cosmopolítica por meio de conversações/negociações com o mundo espiritual como também a necessidade de dar-a-ver ao mundo não-indígena, em atitude de desejo relacional, tanto a beleza da criação da vida quanto a dureza do contínuo enfrentamento da máquina de morte. No artigo, nos indagamos como o terceiro movimento, imantado dos outros dois, tem operado no campo das imagens - nos dedicamos especialmente à fotografia - constituindo, em sua materialidade e modos de circulação, fóruns cosmopolíticos.</p> <p><em><span style="font-weight: 400;"> </span></em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luciana de Oliveira, Bárbara Regina Altivohttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28361Mulheres Indígenas em Comunicação2024-09-27T11:05:36-03:00Lorena Cruz Estevesestevesjornalismo@gmail.comDanila Gentil Caldanila@ufpa.br<p>Este artigo propõe a compreensão dos sentidos produzidos por mulheres indígenas, com relação aos seus processos de resistência, frente à crise humanitária, agravada com as crises política e sanitária, entre 2019 a 2022. Compõe o corpus da pesquisa cinco lives do Acampamento Terra Livre (ATL), além da rodadas de diálogo realizadas com quatro mulheres indígenas que participaram do ATL. As lentes de análise foram: o Feminismo Decolonial; a Interseccionalidade e a Teoria Decolonial; Epistemologias não hegemônicas que lançam luz; Críticas e modos outros de compreender os fenômenos sociais. A metodologia propõe: <em>desengajamento epistemológico</em> e o reconhecimento de <em>outros</em> saberes subalternizados. Conclui-se que os processos de resistência dessas mulheres são inerentemente interseccionais e estão no âmbito de um movimento declaradamente decolonial, em defesa do sagrado Território-Corpo-Espírito.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Lorena Cruz Esteves, Danila Calhttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28325Por uma epistemologia do barranco como afronta do saber2024-08-23T13:46:32-03:00William David Vieirawilliamdavidvieira@gmail.com<p>Poderiam ser tomadas, como fenômenos comunicacionais de saberes localizados, as rememorações de um sujeito-pesquisador acerca de seu passado? Neste texto, de tom mais ensaístico e redigido em bloco único, utilizo o relato de um índice de subjetividade sobre minha infância em uma periferia como estratégia de “escrevivência” (Evaristo, 2018), a trafegar por três materialidades que saltam dos escritos: o amor, a nostalgia e o sonho. Pensando minhas vivências em meio a uma geografia do barranco, lanço-me na empreitada de alçar essa categoria – o barranco – a uma dimensão de epistemologia que afronte formas ortodoxas de saber, responsáveis por anularem outras mais dissonantes e preteridas nos eixos chancelados de conhecimento. Pelo caminho traçado, este texto experimenta ser uma metodologia em andamento de sua própria proposta, chamando ainda para a conversa referenciais que andam de mãos dadas com esse saber periférico.</p> <p><em> </em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 William David Vieirahttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28336Transmetodologias e disputas epistêmicas em processos de investigações comunicacionais compromissados com a cidadania, emancipação e bem-viver2024-08-26T10:44:09-03:00Alberto Efendy Maldonadoefendymaldonado@gmail.comFelipe Collar Bernifelipecollar@gmail.comLuan Correia Cunha Santosluanjack@gmail.comPedro Henrique Andradepedroandradejornalismo@gmail.com<p>Revisitamos, através de uma apropriação e desconstrução crítica, investigações que valeram-se da transmetodologia na construção do conhecimento junto ao campo da comunicação nos últimos dez anos. Esse movimento compreende as contribuições da perspectiva transmetodológica como um deslocamento epistêmico em/para comunicação (Maldonado, 2013a; 2013b; 2015; 2022; 2024), ao mesmo tempo em que projeta incitações para futuras empreitadas no campo. Reitera, assim, a potencialidade de naturezas coletivas na produção do saber, a vigilância epistemológica crítica (Bachelard, 2005; 2006; Japiassu, 1988), e assume a pesquisa como eixo central para culturas científicas e cidadanias compromissadas com a conquista e experimentação de um mundo outro (Bonin, 2011; 2022). Celebra, ainda, a transmetodologia como potência criativa para produções epistemológicas da margem ao centro.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Alberto Efendy Maldonado, Felipe Collar Berni, Luan Correia Cunha Santos, Pedro Henrique Andradehttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28193O corpo comunicante e o fenômeno midiático-alimentar das quizilas no culto aos Orixás2024-08-23T13:34:29-03:00Florence Dravetflormd@gmail.comGustavo Castro Silvagustavodecastro@unb.br<p>Nas religiões afro-brasileiras, o alimento é um ser vivo que cumpre papel de mídia no processo de construção do pertencimento dos filhos de santo. Com Peter Sloterdijk (2016), Tobie Nathan (2017), Francesca Bassi (2012) e Miriam Rabelo (2013), entende-se o fenômeno alimentar como <em>intermediário</em>, <em>dinâmica relacional</em>, <em>verdade de incorporação</em>, <em>precaução</em> e <em>construção de pertencimento</em>. Estabelece-se um diálogo com o antropólogo Viveiros de Castro (2015) para tratar de uma metafísica canibal, baseada em relações de alianças entre seres vivos que estão na base da cultura ameríndia. Desta forma, diálogos entre fenômenos tradicionais e pensamento contemporâneo permitem pensar as relações de alteridade enquanto descentramento e ampliam o alcance do pensamento comunicacional à alimentação como mediação.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Florence Dravet, Gustavo Castro Silvahttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28371Decolonizar a palavra, a imagem e o fazer comunicacional2024-08-26T15:57:07-03:00Dina Tatiana Quinterodina.tatiana.quintero@gmail.comSofia Zanforlinsofia.zanforlin@ufpe.br<p>O artigo analisa a Ororubá Filmes, coletivo audiovisual da etnia Xucuru do Ororubá, no estado de Pernambuco, advogando a noção de <em>comunicação perspectivada</em>. O ponto de partida para a pesquisa situa-se nos processos relacionados à comunicação realizada pela Ororubá e o que ela gera à comunidade. Trabalha-se a partir da perspectiva das epistemologias do sul (Quijano, 1992; Torrico, 2019), bem como a comunicação comunitária brasileira (Peruzzo, 2009; Paiva, 2019). A metodologia adotada parte da etnografia e relaciona técnicas de observação participativa a entrevistas. Como apontamento da pesquisa, observa-se a necessidade de decolonizar a palavra, a imagem e o processo do fazer comunicacional, espelhando-nos no trabalho comunitário realizado pelos povos que praticam a etnocomunicação.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Dina Tatiana Quintero Quintero, Sofia Zanforlinhttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28348Entre a cova e o berço2024-07-19T06:36:00-03:00Bruna Távoratavora.bruna@gmail.comMarcelo Rangel marcelorangelaju@gmail.comAntônio Vinícius Gonçalves vinicius.socialismo@gmail.com<p>O artigo reflete a relação entre trabalho e modos de significação, observando a metáfora <em>Roça do Futuro</em> e a oposição entre as palavras <em>cova</em> e <em>berço</em>, utilizadas pelo agricultor Ivanilson Leal e sua família, que vivem no Assentamento Paulo Freire II, em Estância, Sergipe. Por meio de referências epistemológicas que entendem a comunicação para além do ato de transmissão de mensagens, analisando os aspectos ético, técnico e estético. A metodologia de coleta dos dados empregada: abordagem participativa, realizada em dois encontros: registro audiovisual no formato de entrevista, e, no segundo, validação dos resultados, além de inserir conteúdos solicitados pelos entrevistados. Os resultados apontam para a vinculação orgânica entre as práticas produtivas e os modos de significação, constituindo caminhos contracoloniais para pensar o futuro, tanto para a produção de ideias quanto de alimentos.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Bruna Távora, Marcelo Rangel , Vinícius Oliveira https://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28298Afro-surrealismo, insólito e desobediência epistêmica em Não! Não Olhe!2024-06-05T23:04:07-03:00Rodrigo Carreirorodrigo.carreiro@ufpe.brMarília de Orangemarilia.orange@ufpe.br<p>Esta comunicação propõe uma leitura do filme <em>Não, Não Olhe!</em> (2022), de Jordan Peele, como ato de desobediência epistêmica (Mignolo, 2008), interseccional e decolonial, que o associa ao projeto proposto pelo manifesto afro-surreal, uma estratégia subversiva que busca dar visibilidade a categorias sociais marginalizadas. Sugerimos que Peele utiliza, na construção narrativa do longa-metragem, algumas ferramentas estilísticas multissensoriais, que auxiliam no objetivo de acionar as categorias estéticas do insólito e do onírico, compondo uma estratégica que reforça o ato subversivo decolonial.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Marília de Orange, Rodrigo Carreirohttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28383Autodefinição contra o terrorismo cis heterossexista: 2024-07-22T23:24:30-03:00Pedro Augusto Elias Cardoso Pereirapedroaecp@gmail.comTamires Ferreira Coêlhotamiresfcoelho@gmail.com<p>Este artigo reúne elaborações teórico-metodológicas para analisar processos de saída do armário de bichas pretas no Projeto Guardei no Armário. Com base em uma perspectiva interseccional (Collins, 2016; 2017; 2019), partimos de um olhar bicha, um universo subjetivo viado, para as narrativas autobiográficas reunidas e compartilhadas, a partir da operacionalização analítica do conceito de autodefinição e de sua relação com outras referências. A escrevivência bicha, como fruto de uma subjetividade resistente (Lugones, 2019), se inscreve no âmbito infrapolítico, desafia as imagens controladoras cis heteronormativas e exige outras construções epistemológicas para discussão de sua existência política (corporal, discursiva, performativa) no campo comunicacional.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Pedro Augusto Pereira, Tamires Ferreira Coêlhohttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28379Láròyé Èsú! Odò Ìyá! Oore Yèyé Oò!2024-09-11T16:08:35-03:00Danilo Meirelesmeirelesdanilo9@gmail.comEmanuele Bazíliomanufreitas2@hotmail.comAlice Andradealiceandrade@live.com<p>A prática do aquilombamento na produção fotográfica de artistas visuais negros destaca a contravisualidade negra como forma de reescrever narrativas e desafiar estereótipos, positivando a cosmopercepção afrobrasileira em representações de orixás. O artigo tem como objetivo analisar como fotógrafos negros periféricos reconfiguram representações culturais e religiosas, desestabilizando estereótipos coloniais. A metodologia baseia-se em análises visuais e narrativas de fotografias contemporâneas do projeto de pesquisa Olhos Negros ON da UFRN. Entre os principais autores estão Santos (2019), Oyěwùmí (1997), Hooks (2019), Sealy (2016), Rufino (2018), Sodré (2014; 2017), entre outros. Sublinha-se a relevância da fotografia como prática quilombista e artivista de resistência que celebra a diversidade e a riqueza cultural negra, desafiando a hegemonia visual colonial.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Danilo Meireles, Emanuele Bazílio, Alice Andradehttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28354“Meu bem, é isso que eu mereço”? Jovelina Pérola Negra e modos de lembrar e esquecer no Youtube2024-09-22T20:57:49-03:00Luciana Xavier de Oliveiraluciana.oliveira@ufabc.edu.br<p><span style="font-weight: 400;">Este artigo apresenta algumas reflexões e discussões preliminares a respeito do lugar da obra e da figura da compositora e cantora Jovelina Pérola Negra (1944-1998) no Youtube, entendido aqui como repositório de arquivos digitais e como plataforma para a configuração de um espaço digital de memória coletiva. A partir de uma mirada interseccional (CARRERA, 2021; CRENSHAW, 1991), considerando as reconfigurações dos gêneros musicais e as dinâmicas de gosto e valor no universo da música popular massiva, o presente estudo tem como objetivo compreender as formas contemporâneas que a memória coletiva da música assume nas plataformas digitais, em especial no Youtube, onde é possível observar a reprodução de hierarquizações e desigualdades na produção de regimes de visibilidade e invisibilidade. </span></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Luciana Xavier de Oliveirahttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28351Territórios, terreiros e geopolíticas na escuta conexa2024-10-18T19:20:04-03:00Tobias Queiroztobiasqueiroz@uern.brVictor de Almeida Nobre Piresvictor.pires@delmiro.ufal.br<p>Pretendemos com o presente artigo trazer uma discussão preliminar sobre como a dimensão territorial e geopolítica podem ser entendidas e incorporadas nas análises da música ao vivo, a partir da noção de <em>escuta conexa</em>. Para tanto, propomos uma breve análise da trajetória do festival Afropunk Bahia 2022 para repensar algumas perspectivas do entendimento do território na música. Interessa-nos pensar como esta festividade parece evocar uma dimensão racializada, buscando compreender como o território pode ser atrelado aos modos de se consumir, escutar e viver o evento Afropunk Bahia.</p> <p><em> </em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tobias Queiroz, Victor de Almeida Nobre Pireshttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28365O que se fala, o que se escreve2024-09-27T11:05:55-03:00Tarcízio Macedotarciziopmacedo@gmail.com<p>Este artigo problematiza algumas experiências de pesquisa que atravessaram uma etnografia com 42 jogadores de um cenário comunitário de <em>esport</em> no Brasil. Examinando as transformações nas relações de saber-poder postas na condução daquele estudo, o trabalho explora o papel central desempenhado por deslocamentos epistêmico-metodológicos que demandaram pôr a pesquisa em movimento e discussões sobre uma etnografia <em>feita</em> decolonial. A partir de algumas experiências de campo que ilustram esses episódios, defende-se que essas vivências compartilhadas funcionaram como momentos formadores que, por essa razão, estimulam o trabalho de campo em <em>esports</em> como processo formativo e como encontro e diálogo (inter)epistêmico.</p> <p><em> </em></p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Tarcízio Macedohttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28330Jornalismo negro e história silenciada:2024-08-23T16:52:02-03:00Aíla Cristhie Cardosocristhieaila@gmail.comValéria Maria Vilas Bôaslelavbs@gmail.com<p>O artigo analisa a presença do <em>Jornalismo Negro</em> nos componentes curriculares das graduações em Jornalismo no Brasil, com o propósito de verificar se é, e como essa temática é retratada. Foram analisados Projetos Político Pedagógicos (PPP) e as Estruturas Curriculares das graduações em Jornalismo das 42 Universidades Federais, na busca por abordagens sobre Imprensa Negra, Jornalismo Negro (JN) e questões étnico-raciais. Parte-se da hipótese de que o JN é uma prática silenciada como tal por conta do racismo, embora haja registros de sua atuação há 200 anos. Os Estudos Culturais e, como metodologia, a Análise de Discurso de Foucault (1996) fundamentam o estudo. O artigo tensiona concepções hegemônicas de jornalismo questionando a não inclusão de um debate racial nos seus estudos, nas graduações e na academia, além de incentivar o combate ao epistemícidio nas graduações de jornalismo.</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Aíla Cristhie Cardoso, Valéria Maria Vilas Bôashttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28420Deslocamentos epistêmicos e as propostas de transgressão e desvio no campo da Comunicação2024-12-18T00:28:16-03:00Fernanda Carrerafernanda.carrera@eco.ufrj.brElane Abreuelane.abreu@ufca.edu.brAna Lúcia Nunesanabetune@gmail.com<p>Apresentaç˜ão editorial do dossiê "Deslocamentos epistêmicos em Comunicação: saberes em (des)construção"</p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Fernanda Carrera, Elane Abreu, Ana Lúcia Nuneshttps://revistaecopos.eco.ufrj.br/eco_pos/article/view/28421Apresentação editorial e expediente – “Deslocamentos epistêmicos em Comunicação: saberes em (des)construção”2024-12-18T07:07:40-03:00Antonio Fatorelliecopos.ufrj@gmail.comIsabel Travancasecopos.ufrj@gmail.comLucas Murarilucasmurari@gmail.com<p>Apresentação editorial e expediente – “Deslocamentos epistêmicos em Comunicação: saberes em (des)construção”</p> <p>Revista Eco-Pós, v. 27, n. 3, 2024</p> <p> </p>2024-12-19T00:00:00-03:00Copyright (c) 2024 Antonio Fatorelli, Isabel Travancas, Lucas Murari